EM
HORA DE REFLEXÃO
Não
vou querer comparar os nossos actuais e anteriores governantes com Stalin,
Hitler, Idi Amin, Mao-Tsé-Tung, Kadafi, Saddam Hussein, entre outros loucos
assassinos que este complicado Mundo tem produzido ao longo dos tempos, para
que eu ache que possam merecer todos os nomes com os quais, muitos de nós, os
temos vindo a brindar. Até de loucos assassinos já li de alguém que, dessa
forma exagerada, se referiu sobre os nossos governantes.
E,
embora ache que, tal pessoa, tem razão quando diz que os nossos governantes, ao
longo das décadas, foram destruindo o nosso País, acabando com as pequenas e médias
empresas num sucessivo rol de erros crassos, produto da falta de visão, que
acabaram por originar o desemprego sempre em aumento, apenas poderei dizer que,
no meu entender, o fracasso em que resultaram as sucessivas governações pós 25
de Abril, se deveu a que, normalmente, e a partir de determinada altura, com
mais notoriedade, essas mesmas governações estiveram entregues, nos mais
variados âmbitos da governação de um País, como o nosso, a incompetentes,
vaidosos, egoístas, a amigos por serem apenas amigos, a licenciados por apenas
serem licenciados, a advogados que, na generalidade, de outra coisa nada
percebem, a filhos de boas famílias sem experiência nenhuma de vida, a
lambe-botas da política e não só, a carreiristas vindos das juventudes
partidárias que nada percebem e que ainda, em grande parte dos casos, nem sequer
saíram debaixo das saias das mães, ou nem largaram as calças dos pais, não
percebendo, também eles, nada desta vida.
Enfim,
estivemos entregues a todo um rol de gente sem interesse nenhum para o bom
funcionamento das instituições, sem contar com uns traidores pelo caminho e uns
vendidos a todos os interesses e mais alguns, excepto os do próprio País, mais
uns quantos mafiosos corruptos que formaram quadrilhas ao longo dos anos para
defenderem os seus próprios interesses, sendo que, estes, formam um grupo bem
mais perigoso que o anterior mas que, ainda assim, não consigo comparar (talvez
eu esteja a ser demasiado ingénuo) com outros referidos ao início, de forma a
poder apelidá-los, como disse já ter lido, de loucos assassinos.
Obviamente,
perante esse assalto ao poder, executado durante décadas, cada vez foi sobrando
menos espaço, até que acabou mesmo por não sobrar espaço nem lugar, para os
verdadeiros Homens e Mulheres, honestos, competentes, patriotas, etc., ainda
que estes e estas, não fossem licenciados, filhos de boas famílias, lambe-botas
e carreiristas das juventudes partidárias, o que, perante a existência de
governantes, na sua maioria pertencentes ao primeiro grupo, o dos incompetentes
e afins, meninos da mamã, etc.,, o segundo grupo, bem mais perigoso, o dos
mafiosos, traidores e afins, aproveitando-se do momento e do espaço vazio,
criado pela falta de Homens e Mulheres competentes, patriotas, desligados do
poder do dinheiro para poderem ser comprados por outros interesses que não os
do País, e de outros atributos necessários para uma boa governação, foram ocupando
a pouco e pouco, o espaço possível a todos os níveis do Estado, corrompendo
aqui, ali e acolá, comprando poder num sítio e noutro, afastando quem podia
fazer sombra aos seus desígnios e entrando nos partidos, a partir dos quais se
ia tornando mais fácil concretizar os seus intentos, aproveitando os mesmos, os
partidos, para se catapultarem na vida política, acabando por afastar os poucos
honestos, competentes e patriotas que ainda pudessem haver.
Essa
situação, ao longo dos tempos, levou a que cada vez mais, as pessoas honestas
se fossem afastando da política, ao ponto de termos nas eleições, um sinal claro
disso mesmo, uma cada vez maior abstenção, sem contar que, nos dias de hoje, o
respeito pela política e pelos políticos, está num nível que nunca pensei poder
ver, o que ajuda também, a quem tenha um pouco de vergonha na cara, que não
goste de ser injustiçado e acusado do que quer que seja sem culpa nenhuma, que
preze o seu bom nome, a se afastar.
Nisso
a nossa imprensa sido uma ajuda fundamental, quando acusa sem provas, deixando
a justiça cair na rua, enlameando o nome de quem quer que seja, fazendo
precisamente o jogo dos que pertencem ao segundo grupo.
Mas,
como sempre ouvi dizer que o mal só vence quando os bons nada fazem, está na
hora de todos os que se acham e se consideram gente honesta, anticorrupção,
patriotas, que não se deixam comprar pelo poder do dinheiro e que estão
verdadeiramente interessados em que isto acabe bem, em que este País tenha uma
solução viável para os nossos filhos e netos, como dizia, está na hora de dar
um passo em frente, e lutar pelos ideais que defende, em vez de ficar apenas
chamando nomes aos nossos governantes e criticar apenas pela critica.
O
País precisa de todos os que podem fazer alguma coisa por ele, os nossos filhos
esperam que sejamos nós a resolver o que deixamos estragar, e os nossos netos
querem ter um futuro promissor que, neste momento, não vejo que possam ter.
Alguém
disse: “O Mundo não é uma herança deixada pelos nosso pais, é um empréstimo
feito pelos nossos filhos”.
Na
óptica desse pensamento, com o qual concordo, não vamos continuar a esbanjar o
que os nossos pais deixaram, coisa que já fizemos bem demais. Vamos, neste
momento, e já estamos atrasados, começar a gerir bem o empréstimo que os nossos
filhos nos fizeram. Eles merecem, o País merece e todos os que virão no futuro
precisam que, agora, neste momento, seja feita alguma coisa por eles.
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