sábado, 12 de novembro de 2011

A propósito de cortes
Estou a pensar que há cortes que não se podem simplemente fazer repentinamente, pois iriam agravar o desemprego numa escala muito mais grave daquela que existe e agravar a percariedade. O mal foi ao longo dos anos o Estado e as Empresas Públicas e Público/Privadas, terem sido sistemáticamente usadas como "almofada" para atenuar os efeitos nefastos das políticas económicas que se estavam praticando, além de servirem para colocar "boys" e darem de ganhar dinheiro aos amigalhaços da política. Agora não se pode cortar abruptamente sem mais nem menos. O desastre seria ainda maior. Mas suponho que a pouco e pouco se irá fazer, assim como os cortes nos ordenados chorudos dos administradores públicos e não só, nas reformas duplicadas e exageradas de certos senhores que, não indo resolver de imediato o nosso problema financeiro, serve, no mínimo, para criar uma sensação de melhor justiça, se é que assim se pode chamar. É certo que nem tudo está como queriamos que estivesse, eu próprio também sinto que queria vêr as coisas de outra maneira e algumas outras mais depressa feitas, mas não é de facto possível. A dimensão do desastre de mais de décadas de governação socialista e dos sucessivos erros de estratégia económico/financeira são tais que, como se sabe - nem sequer é só em Portugal -, atiraram-nos para um fosso demasiado fundo, do qual vai ser muito difícil sair, embora não seja impossivel. Temos que dar algum tempo ao Governo para mostrar o que vale. Uma vez que se deu tanto tempo a governos socialistas para nos destruirem, não será demais deixar este governar até ao fim da sua legislatura. Se bem que já estou adivinhando, este pede os sacrifícios, leva com a má fama e quando as coisas começarem a querer ficar melhores, por cansaço da população, vão outra vez pôr lá os socialista para estragarem tudo de novo. Esse é o meu maior medo. E, por arrasto, o CDS/PP vai levar com o epíteto de mau também, quando está a fazer um bom trabalho, podendo ser penalizado em próximos sufrágios.