sábado, 4 de fevereiro de 2012

PARA MEDITAR

É curioso como ao fim de tantos anos, especialmente 37 anos após o 25 de Abril, façam tanto sentido as declarações feitas por Salazar, de quem tanta gente fala mal, ao Diário de Notícias de 2 de Fevereiro de 1929 em que diz, referindo-se aos anos anteriores, durante a 1ª República: "O Estado estava sendo, pela irregularidade da sua vida administrativa, o maior inimigo da economia nacional; e era um caso de salvação pública que quanto antes deixasse de sê-lo". A 24 de Agôsto diz: "Eu tenho de pedir humildemente perdão aos discordantes da minha orientação financeira por as contas da gerência finda em 30 de Junho não se limitarem a confirmar o equilíbrio previsto no orçamento, mas apresentarem um saldo positivo de cerca de 300.000 contos". Depois afirma: " Agora, que já começamos a ter algum dinheiro, já podemos começar a fazer alguma política". Claro que sendo ainda e só Ministro das Finanças, a questão do "podemos começar a fazer alguma política" era do ponto de vista doutrinário. Mas, mais tarde, como 1º Ministro veio a implementar muitas das suas idéias, tirando o País da pobreza extrema e da banca rota a que a 1ª República nos tinha trazido. Dizem que no tempo de Salazar não havia isto, não havia aquilo, não havia mais não sei o quê. Pelo que leio, não havia mesmo nada, mas foi antes de ele ir para o Governo, depois, após muitos sacrifícios, sem contar com uma 2ª Guerra Mundial pelo caminho a atrapalhar, é que se foram conseguindo fazer algumas coisas, que fizeram com que este País se levantasse da "lama" onde estava enterrado, e que grande parte do seu povo pudesse levantar a cabeça, para poder voltar a ter orgulho de ser português. Os invejosos, oportunistas, traidores, idealistas também, juntos com os ambiciosos de chegarem ao poder a todo o custo, fizeram, com a desculpa da guerra Colonial e do sistema ditatorial do Governo de Salazar, o 25 de Abril. Razões até poderiam haver, não contesto, mas 37 anos depois, o que vemos? Quanto a mim voltámos atrás á época do final da 1ª República, com algumas ligeiras diferenças no que respeita a betão e asfalto, feito, ainda por cima, com dinheiro emprestado, que levaram as nossas finanças á ruina. Mas atenção, alguns dos projectos de asfalto já se encontravam iniciados no seu tempo, como a Auto-Estrada para o Porto. A Marginal Lisboa-Cascais foi feita na sua época. O Hospital de Stª. Maria e o de S.José também foram obras do seu tempo. A ponte 25 de Abril também. A Ponte Óscar Carmona, mais conhecida pela ponte de Vila Franca de Xira, também. Há quem acuse que no seu tempo não haviam escolas. Pode até haver alguma verdade, mas quando tomou conta do Governo, muitas foram feitas, bastantes dessas escolas ainda funcionam nos dias de hoje, algumas deixaram de funcionar porque, pós 25 de Abril, não houve o cuidado suficiente com elas e com a educação. Mas houve mais obra feita, sem nos endividarmos, houve barragens, houve estradas, houve bairros sociais, houve muita coisa feita de bom que, alguns a quem não lhes interessa que se saiba, tentam esconder com mentiras e com raiva ideológica sem sentido. Alguns dos responsáveis pelo retrocesso que hoje se verifica, em que se volta a ter que pedir sacrifícios para a salvação do País, andam por aí á solta e são, alguns, considerados de heróis. Não é injusto? E ainda falam o que falam de Salazar? Deviam era de ter vergonha de não lerem e estudarem o suficiente sobre a nossa história recente, e até da do Mundo á época, antes de acusarem um dos Governantes que melhor conduziu as finanças deste País, e que tinha uma visão geo-estratégica fora do normal para a sua época, relativamente ao restante dos portugueses, no que se referia ás nossas ex-Províncias Ultramarinas, que muitos dos que o criticavam, nem com muitos anos de aprendizagem sobre estratégia global do Mundo dessa época, iriam compreender. Não foi tudo bom? Pois não terá sido. Mas também não foi tudo mau e isso há quem não queira vêr ou entender.

Armindo Cardoso

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012





O artigo do Jornal de Odivelas

E porque a política continua a ser feita por pessoas de baixo nível, mal formadas, com pouca ou nenhuma educação, que baseiam as suas acções no oportunismo puro, numa desesperada tentativa de obterem dividendos políticos, sejam lá eles quais forem, utilizando a mentira, aproveitando-se também da ignorância de quem não está informado sobre o que se fala e que eles apanham nas suas "redes", é que o País está como está. Salazar poderá não ter sido um Governante que tivesse agradado a todos, o que é impossível e não há nenhum que o tenha conseguido e o possa vir a conseguir, mas há acusações que lhe são feitas que eu, como português que sou, e que não sou própriamente um ignorante total, me custa lêr ou ouvir, o que certas pessoas dizem ou escrevem, sobre este nosso ex-Governante. Acima de tudo a verdade e, se houveram coisas más, que as houve, também houve muita coisa boa e não admito a ninguém que distorce a história do meu País, difamando tudo e todos, enlameando o nome de Portugal e de quem é realmente português, querendo deixar escrito na nossa história apenas aquilo que foi mal feito por um qualquer nosso governante que, ainda por cima, na minha opinião, foi mais português e patriota que muitos que o difamam. Eu digo que só fala totalmente mal de Salazar e do tempo do Estado Novo porque, das duas uma, ou não viveu na época, ou está mal informado, mas ainda arranjo outra opção, poderá ser um traidor disfarçado de democrata e anti-fascista. Não tínhamos escolas? Onde é que eu então andei? Liceu Camões, escola primária no Bairro S. Miguel entre outras, já cá as havia quando eu nasci em 1952. Hospital de Stª. Maria e outros também feitos nessa época, ainda cá estão para servir a quem diz mal de quem os mandou fazer, a ponte sobre o Tejo, a quem roubaram o nome inicial de quem a mandou fazer, foi feita e não nos deixou endividados, servindo a mesma agora, para encher os bolsos de alguns priveligiados que criticavam e criticam Salazar. A guerra? Pois, haviam demasiados interesses estrangeiros á volta daquilo que as nossas ex-Províncias Ultramarinas tinham, como o petróleo, diamantes, terras ricas para cultivo, e que queriam correr com os portugueses para se instalarem eles, os tais que apoiavam os grupos que nos faziam a luta armada, que não eram mais do que mercenários estrangeiros pagos por esses mesmos interesses. Americanos, Russos, Chineses e alguns países da Europa, invejosos por nós conseguirmos conservar as nossas províncias. A guerra estava ganha em Angola e, prácticamente, em Moçambique também (apesar de todos os cobardes e traidores que fugiram com a desculpa de serem objectores de consciência, ou de estarem contra as políticas de Salazar, segundo o artigo do jornal, 200.000), por isso, os interessados tiveram que arranjar alguns traidores a outro nível que lhes fizessem a vontade, e para que serviu? Para agora andarmos de mãos estendidas á esmola de quem quizer nos ajudar, a troco daquilo que já sabemos, sem contar que o povo está a passar mal e eles de bolsos cheios á nossa conta, claro, á conta dos patêgos. Salazar tinha essa visão sobre o que se passava com esses interesses, muito mais além do que aqueles que o criticam. Facista, chamam-no, mas sabem bem o que é o fascismo? Claro que não sabem, senão chamavam-no de ditador, autoritário ou outra coisa do género, porque, Fascismo, era na Itália, Nacional-Socialismo ou Nazismo, era na Alemanha, Franquismo na Espanha, Comunismo na Rússia, na China e noutros lugares que estavam debaixo do proteccionismo desses Países, etc.. Portanto, querem chamar a Salazar alguma coisa, chamem-lhe ditador. Sim, isso é verdade, foi um ditador, numa época em que eram habituais as ditaduras, mesmo as do proletariado como a da Russia e da China, com um comunismo tão querido por alguns dos que atacam Salazar que, pelo menos, nunca se deixou vender aos interesses estrangeiros em prejuízo do País que ele sempre defendeu, sem roubar o Estado, vivendo apenas do seu ordenado e sem acumular fortunas usando a sua influência governativa, como em democracia temos visto acontecer com alguns dos que criticavam e criticam Salazar. Mais não digo a não ser que, digam mal do que é mau, mas digam bem do que é bom. A verdade acima de tudo e a história não pode ser enganada e, a terminar, quero deixar bem claro que, para pensar assim, não preciso de pertencer a nenhum partido político, seja lá ele qual fôr.

Armindo Cardoso