segunda-feira, 4 de novembro de 2013



EU SEI, EU SEI...


Eu sei que estamos ainda a viver uma crise, onde muita gente já perdeu o seu emprego, onde as famílias e as pessoas estão a passar grandes dificuldades, onde os sem abrigo terão aumentado, onde muitas empresas fecham as portas todos os dias, talvez agora menos que há uns meses antes. 

Mas o que me faz estranheza, é tudo o que acontece nos dias de hoje, só estar a chamar a atenção de todos agora, especialmente dos partidos que se encontram hoje na oposição, dos média em geral e, actualmente, de muitas das pessoas que aqui no facebook vão comentando o que vai acontecendo no dia-a-dia, sendo que, tudo o que está acontecendo, que tanto revolta as pessoas, como o desemprego, famílias a passarem dificuldades, pessoas que perdem tudo e passam a viver na rua, famílias que em suas casas já nem dinheiro têm para pagar contas de luz ou do gás, entre outras coisas, assim como empresas a fecharem por todo o lado, já acontecia nos finais dos anos 70 e em meados dos anos 80.    

Que os mais novos não se lembrem, ainda compreendo, mas os mais velhos? 

ONDE ESTAVAM NAQUELA ÉPOCA? 

Ou naquele tempo não liam jornais, não andavam pelas ruas, não ouviam nem viam televisão? 

Ou então estavam tão bem de vida, sem serem atingidos pelos problemas, que os fazia não quererem saber realmente o que se passava? 

Assim mais ou menos como a avestruz, que enterra a cabeça na areia.

Os partidos que hoje, na Assembleia da República e nas Assembleias Municipais e de freguesias, tanto protestam contra o actual Governo, já se esqueceram de quem provocou a derrocada do nosso País? 

EU SEI, EU SEI.... POIS CLARO, NÃO CONVÉM LEMBRAR!!!!

Mas eu insisto em relembrar os mais esquecidos: 

Por um lado foi o PCP com as expropriações e as nacionalizações, ambas indiscriminadas e selvagens que provocaram o fecho de muitas empresas, a fuga de muito capital e o aumento do desemprego; 

O PS de Mário Soares, conjuntamente com o seu amigo da época, o PCP de Álvaro Cunhal, destruíram em poucos meses, o que nos levou 500 anos a construir, com resultados catastróficos para Portugal, acabando com o comércio com os nossos ex-Estados Ultramarinos, de um momento para o outro, sem qualquer preparação atempada e compensação palpável e, ainda por cima, levou a que retornassem ao Continente aproximadamente um milhão de portugueses, brancos e pretos, com uma mão à frente e outra atrás, como se costuma dizer, por terem sido, na sua grande maioria, espoliados e roubados dos seus pertences. 

AMBOS, PS E PCP, FIZERAM DESTE PAÍS O QUE ELE É HOJE.

O PS pediu por 3 vezes resgates financeiros para pagar as suas asneiradas. 

Enquanto houve dinheiro a fundo perdido da Europa para nos modernizarmos e nos prepararmos para o futuro, preferiu-se gastá-lo num Estado Social para o qual não estávamos preparados, nem produzíamos o suficiente para o pagar.
Tão pouco souberam como nos preparem para isso, durante os últimos anos da década de 80 e durante a década de 90.

Para fazer as grande obras que encheram o olho, com as quais se ganhavam votos, recorreu a empréstimos e a esquemas financeiros, chamadas de engenharias financeiras, que não são mais do que vigarizes, dando de ganhar fortunas a meia dúzia de amigos da mesma cor política, ou para pagar favores, e criando a ilusão de se criar emprego sustentável. 

Como faltava gente para as grandes obras públicas, porque os portugueses já não queriam trabalhar por pouco dinheiro e era fácil ficar-se a viver de um qualquer subsídio de desemprego, abriram-se as portas da imigração e entrou de tudo, acabando por vir a dificultar, ainda mais, os nacionais de encontrarem trabalho, quem realmente queria trabalhar, e acabou por, a médio prazo, criar uma concorrência desleal em certas áreas de negócio, que levou muitas empresas a começarem a ter grandes dificuldades. 

No meio de tudo isto, os impostos iam aumentando e os pedidos de empréstimos de dinheiro também, as empresas começaram a levantar asa a pouco e pouco, indo estabelecer-se noutras paragens, deixando cá um desemprego crescente, outras iam despedindo e falindo. Mas parece que ninguém estava cá, ninguém via nada, ou não queriam ver. Os problemas ainda iam batendo só na porta de alguns, especialmente dos que estavam longe dos olhares de quem agora tanto protesta. Será por isso que a memória está a falhar relativamente ao passado? 

EU SEI, EU SEI.... 

É QUE AGORA ESTÁ A BATER À NOSSA PORTA E JÁ BATEU NA DO VIZINHO!!!! 

Para ir tapando e mascarando os números percentuais do desemprego em aumento, serviram-se de vários truques, por um lado a admissão de gente na função pública, por outro a criação de empresas com subsídios da Europa, mas que não eram devidamente fiscalizados, nem a atribuição dos subsídios, nem as empresas após receberem os mesmos, já sem contar com a posterior modernice das empresas municipais, que serviram, e ainda servem, para dar lugar a mais uns quantos da mesma cor política e/ou para pagar favores, ao mesmo tempo que podia ir ajudando à tal máscara dos números percentuais do desemprego e, claro, muito importante, ir assaltando os bolsos de muita gente, mas sempre dos mesmos, dos contribuintes, do trabalhador, do povo em geral. 

Já sem contar com aquela aberração da criação dos centros de inspecção obrigatória automóvel, que mais não serviu do que para empregar mais uns quantos, encher os bolsos de meia dúzia e servir de desculpa para assaltar os rendimentos da classe média. Diminuir a sinistralidade nas estradas? Uma mentira descarada para legalizar o assalto.

Claro que a corda esticou até ao limite e estoirou.

Mas ninguém estava interessado em saber de nada. 

ÓH GENTE!!!! E SÓ AGORA É QUE ACORDARAM???? 
VALHA-ME DEUS!!! 

Não acredito que tenham comido assim tanto queijo.
Se não fosse demasiado sério, ainda me dava era vontade de rir.

EU SEI, EU SEI.... 
DÁ VONTADE É DE CHORAR!!!!

Não se querem lembrar, provavelmente por não estarem no Governo os que nos puserem no actual estado de problemas, e depois deve de ser mais divertido, e útil também, protestar-se com os que não têm culpa, em vez de se exigir que se sentem em tribunal os culpados. 
É a estratégia de se desviar a atenção do essencial. Assim canaliza-se a ira do povo contra quem está no Governo e os malandros, os corruptos, os traidores e os ladrões, vão conseguindo escapar. 
Lá de vez em quando, para dizer a verdade, muito de quando em quando, é apanhado um "peixe miúdo" nas "malhas" da justiça, para ir calando alguns dos mais exaltados e distraídos, mas....

EU SEI, EU SEI.... OS "TUBARÕES" TENDEM A NÃO SER APANHADOS.

Dos que estão actualmente no poder só reconheço um culpado também, da derrapagem social e financeira do nosso país, Cavaco Silva, mas fora do poder e a falarem muito por aí, como se nada tivessem a ver com o caso, há vários culpados, um deles um grande traidor, mas parece que também ninguém quer saber disso. Ainda lhe dão voz na imprensa e há quem aplauda. 

Mas o que querem é protestar. Apenas isso, protestar. 
Já nem sabem muito bem porquê, mas protestam. 
Alguns até parece irem para a festa. As greves então são do melhor. 
Não é raro ver, quando são entrevistados, que nem sabem bem o que dizer. Apenas sabem que é preciso estar ali a protestarem, pois claro. 
Outros repetem o mesmo de sempre, que se sabe que não acontece por causa deste Governo em específico, mas que acontece desde há muito e muito tempo.

Já não sabem ou não querem saber porque chegámos até aqui, mas protestam como se as dificuldades só tivessem surgido agora. 
Está na moda protestar. Fica bem protestar contra o Governo, contra os políticos, contra tudo e contra todos. É a grande moda da actualidade.
Mudar o País? Mudar as mentalidades? Mudar certos hábitos? Pagar a dívida? Fazer sacrifícios? Julgar os que nos puseram neste estado? Isso não dá jeito nenhum.

EU SEI, EU SEI....
NÃO VALE A PENA MUDAR NADA. QUEM VIER ATRÁS QUE APAGUE A LUZ E FECHE A PORTA.

Também está na moda ser-se independente. Mas alguma vez alguém que se chame a ele próprio de independente é mesmo independente? E independente de quê? 
Independente sou eu e pertenço a um partido. Mas gostava, isso sim, que o meu país pudesse recuperar a sua independência financeira o mais rapidamente possível e, para isso, o que quero é que a classe política e os partidos se entendam.

EU SEI, EU SEI.... 
MAS MUDAR O PAÍS PARA QUÊ? 

Armindo Cardoso

terça-feira, 1 de outubro de 2013



REFLEXÃO PÓS ELEITORAL 


Bom dia a todos/as. Ontem fui tendo a oportunidade de ir vendo e ouvindo ao longo do dia as diversas opiniões e comentários sobre os resultados eleitorais. Para uns foi uma vitória, para outros foi o esperado e ainda para alguns uma derrota. Independentemente da maior ou menor razão que cada um possa ter nas suas opiniões, eu acho que se alguém perdeu foi o país, sendo que ninguém ganhou. E porquê? 1º - Porque continuamos a confundir e a querer fazer de barómetro do governo umas eleições regionais/autárquicas, que não deviam de ser confundidas com as outras eleições para o parlamento, as eleições legislativas. Mas isso também é culpa, e tem sido culpa dos próprios políticos e comentadores, que ao longo dos anos têm vindo a tratar dessa forma as eleições autárquicas. 2º - Porque, assim parece, a maioria das pessoas que votam, demonstram uma verdadeira falta de memória, penalizando quem não tem culpa do Estado do País, ou cuja culpa é menor, dando o mérito a quem se pode culpabilizar pelo que hoje vivemos. 3º - Porque, tendo a abstenção continuado em valores altos, demonstra-me que as pessoas ainda não perceberam que não se podem alhear da política e deixar que outros decidam por elas. Mas depois gostam de protestar e de dar as suas opiniões, sendo que, por vezes, são os que mais refilam e dizem mal de tudo. 4º - Porque, os movimentos de independentes, que se dizem contra os partidos, ainda não entenderam que, no fundo, ao se constituírem em movimentos, não passam de isso mesmo, de partidos políticos, só que, com outro nome. Os outros, que são apoiados por partidos, e que se dizem contra os políticos e os partidos são, na maioria dos casos, pessoas que, por diversas razões, terão entrado em rota de colisão com os seus respectivos partidos e, em vez de lutarem contra o que achavam mal, acharam que, virando as costas fariam melhor. Sem contar com aqueles que saíram dos partidos zangados por uma ou outra razão. É difícil de fazer compreender à maioria das pessoas que os partidos são feitos por pessoas e que, fazendo falta à democracia a existência dos mesmos, só as pessoas os poderão mudar. Se achamos que eles não se estão a incluir devidamente na vida democrática do país e não estão a prestar o melhor serviço à população, lutemos contra isso. Não é virando as costas, formando movimentos, que não passam de partidos políticos, que se vai conseguir isso (Eu sei, agora é moda isso dos independentes). Não precisamos de mais partidos políticos, do que nós precisamos é de mais gente capaz, dentro dos diversos partidos que já existem e começarmos a ter a força suficiente para se correr com os oportunistas e mentirosos que vão aparecendo e que ainda por lá se encontram. Por tudo isto e ainda outras razões, que terei ocasião noutro post de dizer, acho que, quem perdeu, foi o País.

Armindo Cardoso
REFLEXÃO PÓS ELEITORAL  - 2


Vejamos, o PCP diz que ganhou e, de facto, conseguiu mais umas Câmaras. Pena que as pessoas, com falta de memória, se tenham esquecido de quem é que começou a destruir a industria, o comércio, a agricultura e as pescas deste país, com as expropriações e nacionalizações que fez, tentando instaurar uma ditadura do proletariado à laia duma ex-URSS, tentando, agora, digo eu, seguir as pisadas de uma Cuba ou, sei lá, até de uma Coreia do Norte, regimes e países tão ao gosto dos lideres comunistas. O PS ganhou a maioria das Câmaras, parabéns, foi um bom resultado para ele, mas deixa-me preocupado. Então o partido premiado é aquele que nos levou a uma pré banca rota, sem contar com as outras duas vezes que o FMI teve que cá entrar durante as suas governações? As Câmaras mais endividadas são precisamente as geridas por gente do PS, segundo informações que chegam até mim, e o povo entrega a maioria delas a gente que milita nesse partido? Claro que tenho que ficar preocupado. Qual o caminho que as contas dessas autarquias vão tomar? O mesmo que antes? O País não pode com esse nível de despesas. Depois queixam-se do Governo. Queixe-mo-nos de nós próprios que gostamos de confiar em quem mais nos promete. Nunca ouviram dizer que quando a esmola é demais o pobre desconfia? Pois, é que nós somos mesmo um país de pobres, mas não desconfiamos dos que por aí aparecem com uma enormidade de promessas. Mas ainda há um pormenor muitíssimo importante, quem é que de uma forma incompetente e traidora, contribui para que a Nação Portuguesa se desmembrasse, sem contra partidas nenhumas, depois de uma presença de séculos em terras ultramarinas? Pois, isso mesmo, Mário Soares, secretário geral do PS na época, primeiro ministro de Portugal que nos trouxe o FMI e, finalmente, Presidente da República, pelo que, fizeram o meu país e eu próprio sermos representados, ao mais alto nível, por um traidor. Mas a memória é curta. Mas temos mais, um B.E. que, apesar de numa determinada região terem pensado duas vezes e retirado a liderança da autarquia a esse partido, em termos gerais, noutras regiões, tiveram um aumento de votos. O que me leva a perguntar: Estará a aumentar a nossa loucura colectiva, nesta sociedade, dita moderna? Fico, mais uma vez preocupado, mas espero bem que não e que o bom senso deste nosso povo, não permita abusos que nos levarão a uma degradação familiar, social e moral. Não gostaria de ver o meu país assim destruído. Temos ainda o CDS/PP, ainda que não seja perfeito e que haja muita gente que o confunda com outras coisas, que nada têm a ver com a generalidade dos valores que o CDS/PP defende. a verdade é que, de 1 autarquia, passou-se para 5. Posso dizer que foi uma vitória. Isso deixa-me, de certa forma, esperançado de que, provavelmente, as pessoas começam a querer premiar os que menos culpa no cartório têm e os que mais coerentemente têm defendido os seus valores, reconhecendo também que, os que integram o governo de coligação, não estão a fazer assim um tão mau trabalho, dentro daquilo que é possível fazer, pois sabemos, ou devíamos saber que, quem manda, não somos nós, são os nossos credores, aqueles a quem os anteriores que nos governaram, foram pedir dinheiro e que, agora, temos que pagar. É bom não esquecer. Mas compreendo, convém, para alguns, esquecer esse pormenor.

Armindo Cardoso
REFLEXÃO PÓS ELEITORAL - 1


Tenho estado a ver os resultados eleitorais na página da Comissão Nacional de eleições. Chego a pensar que esta gente não quer endireitar este país, pois premeia quem nos conduziu quase à banca rota. Por muito que queira compreender, não consigo. Por exemplo, em Odivelas, é do conhecimento geral, ainda que com poucos pormenores, que a autarquia está seriamente endividada e com problemas ao nível de gestão, uma vez que tem feito alguns gastos sem nenhum retorno financeiro e que, supostamente, devia de o ter. Entre outras coisas que levam a uma despesa alta. Diz-se e vai-se sabendo. Daí que volto a fazer a mesma pergunta: Quem nos levou a uma pré banca rota? Sabemos, e isso está mais que claro, que foi o PS. Pois bem, ora quem ganhou? Não não foi outro qualquer, não, foi o PS. Vejam lá! Respeito a decisão dos eleitores, mas não consigo compreender, peço desculpa mas é demais para mim. Já em Loures, ainda que os eleitores demonstraram uma clara vontade de penalizar o PS, devido, também, ao conhecimento da má gestão que ao longo de 12 anos foi fazendo, a verdade é que entregou ao PCP os destinos da autarquia e do Concelho. Ainda que admita que os comunistas tenham uma boa fama de gerir mais ou menos bem as autarquias, com algumas excepções, como, segundo parece, em Setúbal, dá a sensação que esta gente já se esqueceu de quem foi o patrocinador da derrocada de Portugal, e quem foi? Isso mesmo, o PCP, e com quê? Com as nacionalizações e as expropriações, entre outras coisas, que afugentaram os investidores, provocaram o endividamento e a posterior falência das empresas, trazendo desemprego, só para falar no mais evidente, mas também foi o início da derrocada financeira deste País. Mas ainda temos, claro, a sua participação na traição à Nação Portuguesa, que também não é esquecida por mim, mas é evidente, pelos visto, que é esquecida por muita gente, logo, quem ganha em Loures? Isso mesmo, o PCP. Está tudo dito. O Zé povinho gosta mesmo é de ser masoquista, naquela óptica do: "Quanto mais me bates mais eu gosto de ti". O partido, ou partidos que nos querem tirar deste pântano, apesar dos condicionalismos a que somos obrigados pelos resultados do que anteriormente foi feito, são os penalizados como que querendo dizer, que desejamos que tudo se mantenha e que, se formos para a banca rota, não faz mal, alguém há-de pagar, nem que sejam os nossos filhos e netos. Eles que se lixem, pois o que interessa, é o dia de hoje. Bem ao jeito dos egoístas. Mais uma vez digo que, democraticamente, respeito a decisão dos eleitores, já como português e cidadão, não me identifico com tanta ignorância e egoísmo demonstrados ao longo de todo o processo de reestruturação do Estado e das contas públicas, pelo que, não há, neste momento, muitas razões, para me sentir orgulhoso de pertencer a este povo. Mas sou português e, por isso, continuarei a contribuir, da forma que me for possível, para a luta contra os inimigos deste povo e do meu país.

Armindo Cardoso

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Campanhas e políticos

Os dias vão passando com mais esta campanha autárquica a decorrer. E, no passar dos dias, vou estando, dentro do possível, mais ou menos atento às propostas, ideias e promessas que, de Norte a Sul do País se vão fazendo, deste ou daquele partido, e continuo a dar-me conta daquilo que há muito me dei, mas mesmo muito tempo, é que, quanto mais se promete, mais fica por fazer, mais se mente, mais se engana o eleitorado. Claro que isso, para alguns, não tem qualquer tipo de importância, pois o objectivo é esse mesmo, o de enganar melhor para obter o melhor resultado de forma a poderem sentar-se na cadeira do poder. Para outros é só a forma correcta de fazer campanhas dentro daquilo que é considerado o politicamente correcto, e depois há os que, ingenuamente, talvez, acreditem que ainda seja possível cumprir aquele chorrilho todo de ideias e promessas. Em todo o caso, só os ingénuos continuam a acreditar em campanhas cheias de ideias para implementar e de promessas para cumprir. Arranjar frases e palavras bonitas não é difícil, e depois todos se copiam uns aos outros, além de que existem em todas as campanhas, umas mais repetidas do que outras. Promessas boas e ideias também não faltam, para todos os gostos, mas falta algo em todas elas, da esquerda à direita, passando pelos movimentos que integram os auto proclamados independentes, que não sei muito bem o que querem dizer (independentes de quê?), mas parece que agora é a grande moda do momento, a garantia de poderem cumprir o que dizem. E nisso, quase todos começam logo por falhar, e não digo todos para não ser acusado de exagerar, espero que hajam excepções que confirmem a regra, mas pelo que eu tenho visto e ouvido até ao momento.... Até hoje, quase que posso afiançar, com toda a certeza, que todos falham, mas falham mesmo e enquanto não se moderarem nas suas promessas e na apresentação de uma quantidade enorme de ideias para implementar, continuarão, sem qualquer sombra de dúvidas, a falhar. Como alguém disse, prometer é fácil, cumprir....Talvez por muita gente já se ter dado conta disso, a abstenção tem sido cada vez mais elevada, mas os políticos em geral, os pretensos políticos, os oportunistas da política e quase todos os que à volta dela se querem mexer, incluindo muitos dos que se auto proclamem independentes, ainda não perceberam e, pelo que consigo entender, estão a tardar em perceber. Ou talvez nem queiram perceber. É uma dedução lógica para quem já se apercebeu disso há anos e tem chamado à atenção para o assunto, como outras pessoas, sendo que, pelos vistos, os que fazem campanhas, os que saem para a rua em campanhas, quer por partidos, quer por coligações misturadas com independentes ou não, continuam na mesma, como se nada se passasse.

Armindo Cardoso

sexta-feira, 6 de setembro de 2013


LIMITAÇÃO DE MANDATOS


Bom dia a todos/as. Mais uma vez vejo-me a reflectir sobre esta questão da limitação de mandatos. Isso deve-se a que, logo de manhã, nas notícias ouvi, mais uma vez, uma série de opiniões sobre a mesma lei. Cada um dizendo de sua justiça, mas todos se achando com mais razão que os outros. Sendo assim, também direi de minha justiça. Primeiro começo por reflectir sobre a minha provável maior ou menor inteligência que me permite pensar sobre qualquer assunto. Portanto, partindo do princípio que, há uns anos, entre um grupo de 20 pessoas, que se candidatavam a apenas uma vaga de chefia numa grande empresa, num teste para avaliação do Q.I. dos diversos candidatos, fiquei em 1º lugar, e como creio que, com o passar dos anos, não tenha perdido qualquer das capacidades que me eram reconhecidas nessa altura, relativamente à minha inteligência, leva-me a poder considerar-me suficientemente inteligente para emitir uma opinião racional e lógica, ainda que não perceba muito sobre certos assuntos, ou sobre um assunto em particular. É como esta questão da limitação de mandatos. Não conheço com o rigor de um jurista ou de um constitucionalista, se a lei é mais ou menos legal, ou se deve de ser mais assim ou assado, ou ainda se está ou não mais dentro do previsto pela Constituição ou não. Portanto, resta-me pensar dentro da lógica e com apenas o que a minha inteligência me dita, abstraindo-me assim, de interesses partidários, pessoais, ou de quaisquer outros. E o que se me oferece dizer sobre esta lei é que é muito pouco democrática, não faz sentido num país em que ainda se ouve dizer que o povo é quem mais ordena e em que, julgo eu, é nas urnas que se decide quem o povo quer para gerir o seu destino e velar pelos seus interesses. Logo, julgo que este tipo de leis, ao serem feitas, apenas servem para complicar a existência desta nossa Democracia, já por si, cada vez mais complicada, e fazer com que se tenha matéria política para se "degladiarem" uns aos outros em recados de uma lado para o outro, sem que isso traga benefícios palpáveis a todos nós. Não me parece benéfico nem para o país, nem para a democracia e muito menos para o povo. Então, pergunta lógica: A quem beneficia? Eu não sei, mas posso imaginar.

sábado, 17 de agosto de 2013

SERÃO SUFICIENTES?

O egoísmo natural do Ser Humano, leva a que, muitas vezes, no decorrer de trocas de opiniões sobre o estado actual do País, ouça dizer o seguinte: "Com o mal dos outros posso eu bem". Na realidade, não é que eu não concorde. De facto, com o mal dos outros.... Mas ainda assim denota uma grande insensibilidade relativamente a quem está sofrendo demais com a situação que foi criada em Portugal, mais a mais que, na quase totalidade dos casos, quem assim fala, normalmente tem emprego com vencimento, reforma que não a deixa passar muito mal e demais condições que lhe permitem estar numa situação invejável para muitos milhões de pessoas que actualmente estão sofrendo as agruras do que os políticos em geral fizeram a este nosso querido cantinho à beira mar plantado. Custa-me ver e ouvir, de quem tem ainda razoáveis vencimentos, que têm trabalho, ainda minimamente assegurado e remunerado, quer na função pública quer no privado, andarem por aí sempre a queixarem-se que ganham pouco, que está tudo difícil, que não têm para isto, nem para aquilo (assim como quando ouvimos o Sr. Cavaco Silva que, por acaso, é o nosso distinto Presidente, queixar-se que o que ganhava já quase que não dava para pagar as suas despesas), estão a ver o género, não estão? Mas depois encontra-mo-las, essas mesmas pessoas, com bons carros, nas compras, gastando o que querem e o que podem a comerem em restaurantes, a irem passar férias onde quer que seja (como a outra que foi para a comporta brincar aos pobrezinhos), nos cafés, esplanadas e jardins ou nas filas da Segurança Social, de cigarrito na boca e télélé nas mãos, mas acabo por compreender, que são as que mais falam mal do País, e mais protestam contra as medidas que somos obrigados a ter que tomar, devido à incúria e má gestão dos políticos que passaram pelas diversas governações, esquecendo-se dos que já estão sem casa, sem emprego, sem receberem qualquer subsídio mas que, ainda assim tentam e continuam e querem continuar a tentar, em vez de tanto protestarem e de mal dizer de tudo e de todos, conseguir fazer alguma coisa de útil, por eles, pelas suas famílias e pelo seu País. Não são as greves de funcionários públicos, nem os protestos de quem come do orçamento de Estado que vão levantar e salvar este País da ruína, são todos os que, como atrás referi, arregaçam as mangas e vão à luta. Por isso, deixo aqui um grande bem haja e o meu respeito, a todos os que, estando em grandes dificuldades, sejam elas quais forem, desemprego, falta de habitação, falta de dinheiro, etc., sem qualquer ajuda do Estado, mas com o mesmo Estado atrás para lhes tentar ainda cobrar/sacar/roubar o que quer que seja, a título do que for, ainda conseguem arregaçar as mangas e continuarem a seguir para a frente, em vez de passarem a vida a protestarem e a queixarem-se, pois será com esses que o País poderá contar para se afastar do abismo para onde está prestes a cair, e não com todos os demais. A minha pergunta é: Serão suficientes? Sinceramente não sei, mas tenho esperança que sim.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A saída de Paulo Portas do Governo

Já tenho escrito várias linhas sobre este assunto na minha página pessoal do facebook, pelo que, agora, resolvi aqui também deixar umas palavras sobre a minha opinião relativamente ao assunto em epígrafe. Hoje, dia 5 de Julho de 2013, ouvi logo pela manhã nas notícias, que Nobre Guedes acha que Paulo Portas não mediu bem as consequências da sua decisão. Eu acho que mediu e bem demais, por isso demorou tantos meses até a tomar, pois, como eu algures já escrevi, por vezes é preciso dizer não com firmeza. Acha Nobre Guedes que Paulo Portas fez mal e errou, outros acham que fez bem, outros, ainda estão pensando o que acham e outros até esfregam as mãos, pois isso lhes dá maior motivo para pedirem eleições antecipadas. Numa Democracia com um comportamento destes, onde ninguém se entende, onde cada cabeça sua sentença e onde todos clamam por ter razão querendo que um qualquer Governo proceda como querem, sem contar com uma oposição para a qual tudo sempre está mal e apenas se critica negativamente tudo e todos, e não é de agora, como é possível ser a saída de Paulo Portas a culpa da instabilidade? Os mercados ressentiram-se por causa do pequeno "desaguisado" governamental e a culpa também se diz ser por causa da saída de Paulo Portas. Quando a mim até um espirrar de um chinês, uma dor de barriga de um americano, uma dor de cabeça de um qualquer grande administrador de uma qualquer empresa intercontinental, ou até simplesmente porque houve uma mudança no sentido do vento, faz assustar os mercados financeiros, e vêm-me dizer que a culpa de acontecer uma das variadíssimas e inúmeras alterações que ao longo de um ano acontecem nesses bem ditos mercados financeiros, é culpa da saída de Paulo Portas? Vá lá, não sou assim tão estúpido. Eles, os que vivem dos mercados financeiros, até gostam disso, pois é a forma de fazerem perder dinheiro aos incautos, para eles poderem-no ganhar e sabe-lhes tão bem que hajam muitos sindicatos e muitos partidos de determinada cor a fazerem todo este barulho. Ah tão bom que é os juros a subirem, e a terem 10 milhões de "pategos" para pagarem com "língua de palmo e meio de fora" os empréstimos que o País é obrigado a pedir. Eu também ficaria satisfeito, se estivesse no lugar deles, em haver tantos a conseguirem endividar um País, para depois precisarem de vir à minha mão pedir ajuda. Eu até agradeceria aos sindicatos, aos partidos ideologicamente contra o grande capital, pela ajuda e contributo que pudessem dar para eu aumentar a minha fortuna, fazendo chegar a eles alguma ajudinha financeira. Sou estúpido, querem ver?


Armindo Cardoso

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mais um texto de Xara-Braisil.
Transcrevemos mais um texto de Xara Brasil, o qual foi publicado na Coluna Pode Haver Luz do Diário de Odivelas.

ESTRANHO FRENESIM.

Muito se tem falado, nos bastidores, de candidatos e de nomes de candidatos. Este vai para aqui, aquele vai para ali, este não vai a lado nenhum, aquele está queimado, etc., etc… . Quantas não foram as pessoas que já me fizeram essas perguntas e quantas foram as pessoas que comigo já falaram ou tentaram falar sobre esse assunto, mas curiosamente ninguém me perguntou por projectos, por propostas ou por soluções, também nunca ouvi uma única conversa sobre este assunto.

É muito curioso, pois há muito tempo que colaboro no sentido de encontrar um projecto e um conjunto de propostas que, no mínimo, sejam capazes de devolver alguma esperança ao Concelho e aos Odivelenses, o que não é tarefa fácil, e ao ver todo este frenesim faz-me questionar, uma vez mais, se serei eu que estou errado.

Questiono-me desta forma porque não entendo como é que num Concelho que tem os problemas que todos conhecemos, como o elevado índice de desemprego, a pobreza, a insegurança, etc., etc., ninguém quer saber qual a receita e constacto que a grande preocupação é o aleatório, a composição das listas.

Penso sinceramente que Odivelas merece muito mais, merece que se trabalhe num projecto e em propostas que lhe deem corpo, para que seja possível não só minimizar o sofrimento de muitos, como também reabilitar para o futuro, de forma sustentada, muitas pessoas e muitas famílias.

Com cada pessoa ou instituição com que falo, em todas as reuniões de grupos de trabalho que tenho, ou até, enquanto coloco as ideias no computador, a minha certeza sobre a urgência e a importância de montar um projecto para Odivelas é cada vez mais forte.

Com tudo isto não quero dizer que o nome dos candidatos ou do candidato não é relevante, porque de facto também importa, mas a proporção da atenção dada à escolha do candidato e à elaboração de um projcto está na minha opinião completamente invertida. Não acha?
_______________________________________________//___________________________________________

Sem deixar de estar de acordo com o exposto por Xara-Brasil, ocorre-me escrever o seguinte:


A questão dos projectos e ideias quer para o País, quer para Odivelas ou outra 
autarquia qualquer, até existem, e já há muito tempo que existem, não é de agora, ou 
com este ou aquele candidato ou pretenso candidato, por vezes até são copiadas, 
dadas um cheirinho diferente para não ser reclamada a paternidade das mesmas, mas não deixam de ser copiadas, sendo que, ainda por cima, quando o fazem, nem sequer têm a honestidade de referirem a origem das mesmas e de quem elas são. Nem sempre pode ser coincidência. A questão é que, sejam eles quais forem, os candidatos e sejam elas quais forem, as ideias, acabam, os candidatos na sua maioria, por serem comprados pelo poder do dinheiro ou ofuscados pelo brilho do "vil metal", e as ideias, melhores ou não tão boas, mas que bem executadas até poderiam marcar alguma diferença, acabam nas gavetas. Resumindo, a questão é terem-se candidatos sem qualquer ligação ao poder financeiro, sem terem quaisquer patrões ligados ao poder do tal "vil metal", candidatos verdadeiramente patriotas, que não tenham medo de denunciar o que está mal, que consigam pensar no essencial mas que também saibam conciliar as diferentes partes, evitando guerrinhas partidárias/pessoais menores e que não levam a nada. Tendo candidatos assim, o que é difícil, os projectos e as ideias rapidamente aparecem e passam com a mesma rapidez do papel ou da cabeça, para o terreno. De nada valem as boas ideias e os bons projectos se forem só para se ganharem eleições, enganando os eleitores com falsas promessas. Prefiro um candidato sem projectos e sem ideias, mas honesto, sério, trabalhador que, com o decorrer do tempo vá conseguindo implementar as diferentes boas ideias que vão surgindo ( ao longo de um determinado período de tempo acabam sempre por surgir boas ideias sobre o que quer que seja que se esteja a tentar fazer ou a querer fazer), assim como os projectos que vão sendo propostos e que sirvam os interesses do conjunto da população, do que muitas ideias, ainda que boas e muitos projectos, ainda que maravilhosos, mas que depois, os candidatos que apresentaram semelhantes propostas, se ficam por isso mesmo, pela apresentação e sentados nas suas cadeiras do poder, esperando as regalias que os lugares lhes possam dar, além, claro, do vencimento e reforma entre outras vantagens que estão associadas ao poder como prestígio pessoal, futuro assegurado, etc.. Portanto, se é importante saber-se quem são os candidatos? Claro que sim, o mais importante, na minha opinião, pois, pelo que me toca, não quero oportunistas, egoístas, vaidosos e outros que tais a servirem-se dos demais para alcançarem o poder e depois, tendo-o conseguido, virarem as costas a quem os lá põe, os eleitores. A questão é que quase todos os que conhecemos vão cair no conjunto daqueles que a população eleitora já está farta e que eu tentei fazer um "desenho". Por isso, cada vez mais os eleitores mostram o seu desagrado na hora de votarem, pura e simplesmente não vão votar. A abstenção tem subido mas parece que ninguém quer saber disso, pelo menos é o que parece, desde que, quem detém o poder ou o possa ter, consiga sempre conciliar os seus interesses que, normalmente mais têm a ver com o encher dos bolsos que outra coisa, mas que também passa pelo tal prestígio que os leva a ter o futuro assegurado. O povo? Os eleitores? Apenas se tornam um meio para se conseguir um objectivo. E esse sim, bem claro: O poder e o dinheiro. O resto é filosofia.

Armindo Cardoso