quinta-feira, 3 de maio de 2012

 Sobre o acôrdo 
Sporting / Odivelas F. C.



Sem estar a querer dizer mal por dizer mal, e independentemente se, realmente, o acôrdo beneficia mais ou menos os Odivelenses, o O.F.C, as camadas de jovens desportistas, se é mais ou menos prejudicial, ou se há mais ou menos questões jurídicas que possam ser levantadas com prejuízos que, neste momento, não são quantificáveis, a minha pergunta centra-se no seguinte: 


Sabendo qualquer pessoa, minimamente informada, que a disponibilidade financeira da maioria dos clubes é pouca e, nalguns casos, nenhuma, sabendo que a maioria dos clubes se debatem com grandes dificuldades de liquidez e com cash flow de meter dó, muitos deles vivendo com apoios vários externos aos seus próprios meios de auto-financiamento e, sendo o Sporting um clube que se insere nesse grupo de clubes com dificuldades financeiras, falta de liquidez, baixo cash-flow e dificuldades de auto-financiamento, como é que se pode fazer um qualquer tipo de acôrdo em que estão previstos investimentos de vários milhões de euros? É, no mínimo, arriscado. 


Mas como já sabemos que quem paga os erros dos políticos nunca são eles, é sempre o povo, óbviamente que que se der problema, alguém vai cá estar, num futuro qualquer, para pagar, menos os que cometeram o erro. 
Esse é sempre o nosso drama de cidadãos, que elegemos os políticos para defenderem os interesses da nossa terra, país ou região. 


Em todo o caso, espero que me engane, pois não desejo mal a ninguém, mas que o bom senso aconselhava a não avançar com o dito acôrdo, lá isso é verdade. 
Geralmente eu pago do meu bolso os erros que cometo, e sempre paguei os erros que cometi e, pior que isso, sou obrigado a pagar os erros cometidos por outros, e será talvez por toda essa experiência passada, que eu acabe por ter uma sensibilidade muito diferente quanto à existência de uma qualquer possibilidade de serem cometidos erros. E este é um desses casos.