domingo, 11 de novembro de 2012


A visita da Chanceler Alemã.


Vem aí a senhora Angela Merkel. Há quem aprove a vinda dela e há quem não aprove. Há até quem esteja revoltado e furioso com a vinda da senhora, não contesto o direito de cada um à sua (deles) indignação e revolta, mas, para esses e essas, eu digo o seguinte:

Oh meus amigos e amigas, a Merkel apenas nos emprestou o dinheiro, ou seja, a banca alemã. Fomos nós que lhes fomos pedir, eles não nos obr
igaram a endividar. Eles não nos obrigaram a gastar o dinheiro dos fundos estruturais como o gastámos, fomos nós e apenas nós que o fizemos e até muitos aplaudiram e até iam votando nos mesmos para que se continuasse a perpetuar a questão. Não sabiam que um dia haviam de ser chamados a pagar a factura? Ah não sabiam? Mas então são burros ou quê? Pois, isso mesmo, nós é que fomos burros e, pelos vistos, queremos continuar a ser, pois até queremos morder a mão de quem nos está a alimentar neste momento. Ou seja, já viram o que nos aconteceria se de repente deixarem de nos emprestarem dinheiro, depois de toda a dívida "colossal" que fomos fazendo ao longo dos anos? Era a banca rota e aí sim, iríamos ver e conhecer de facto o que é miséria, parece que não sabemos muito bem o que isso é, e com essa miséria, se calhar, nem uma vez por mês iríamos cheirar a carne ou um bife, quanto mais comê-la e pior, se calhar nem haveriam Bancos alimentares para nos ajudarem, simplesmente porque não haveria comida para isso. Estou talvez a exagerar, mas já vi disso noutros lugares. Pois é, então não era uma criancice pagar as dívidas e com as mesmas, o que era preciso era geri-las, sendo que, as dívidas eram eternas? Claro, agora queixam-se e protestam? Pois, mas é tarde. Os alemães depois da 2ª Guerra Mundial tiveram o País dividido, ficou todo destruído. Fez-se um Plano Marshal liderado pelos USA, que muitos por cá e pela Europa fora também gostam muito de criticar, e que veio a contribuir para o renascimento da velha Europa. Os alemães aproveitaram bem essa ajuda, trabalharam, esforçaram-se, conseguiram unir o seu País, após a queda do muro de Berlim, passaram muitas dificuldades por causa das desigualdades entre ambas as partes do mesmo País e hoje são senhores da Europa, economicamente e politicamente falando e podem dar-se ao luxo de terem o que têm. Ainda querem deitar-lhes a culpa da desgraça dos outros que não souberam fazer o que deviam de ter feito com as ajudas que receberam? Tenham dó, por amor de Deus. Os culpados somos todos nós. E é escusado dizer que a culpa não é do enfermeiro, ou do médico, ou do doente, ou do desempregado, ou do estivador, ou do padeiro, ou minha, ou do vizinho, ou de quem quer que seja. O país somos todos nós, e fomos todos nós que nos endividámos. Temos pena, mas essa é a realidade. Agora toca a pagar e para a próxima oxalá já tenham aprendido a lição, o que eu duvido, pois esta já é a terceira vez desde o 25 de Abril que estamos sob programas de ajustamento financeiro. Sem contar com a banca rota na 1ª República que levou ao golpe de Estado de 1926. Por isso, digo que julgo que nada vamos aprender com mais esta vez. Parece que somos demasiado burros para isso. E lamento ter-me que incluir nessa descrição, pois não me vejo como tal, mas sou português e quanto a isso...