quarta-feira, 9 de maio de 2012

A moda da futurologia. 

Diariamente, vou ouvindo certos "iluminados" tecerem previsões sobre a evolução da economia, do desemprego e sobre outros temas que, no contexto do futuro, são, já por si mesmas, imprevisíveis, dadas as circunstâncias que temos vivido nos últimos anos. E são imprevisíveis no que concerne á precisão que querem dar á questão numérica das percentagens relatadas, como se de alguma ciência exacta se tratasse. Não é, por isso, fora do habitual, virem depois, a terreiro, alterar, rectificar, etc., os números anteriormente apresentados. Claro que há coisas que são previsíveis, mas previsíveis se olharmos ao passado e á experiência que se pode aprender com a história, com a qual se pode ainda aprender alguma coisa. E o que o passado e a história me podem dizer, de forma a permitir-me prever alguma coisa, é que, a continuarmos nesta política económica, fiscal, etc., o desemprego vai aumentar, a recessão vai aumentar, a economia vai fragilizar-se, o poder de compra vai diminuir, as falências vão aumentar, as empresas vão deslocar-se mais rapidamente para outras paragens e os nossos jovens vão cada vez mais rumar para o estrangeiro. Quanto a números, a única certeza que tenho, é que 2+2=4 e, apesar de todas as engenharias financeiras que me queiram meter na cabeça, não vão modificar isso, ainda que, por piada, se diga que 2 e 2 são 22. É que, apesar da matemática ser considerada uma ciência exacta, a futurologia não o é. Daí que, se querer prevêr números exactos, percentualmente falando, para o desemprego, para o crescimento económico ou outros do género, só podem dar erro. Por isso, seria mais razoável, perderem tempo com aquilo que é possível prever, ou seja, o aumento do desemprego, seja ele qual fôr, a diminuição do poder de compra, que não é difícil de prever, a derrocada da nossa economia, que há muito se verifica e, com isso, encontrarem meios credíveis e aplicáveis para inverter essa mesma previsão. Bom, já que estes "iluminados" gostam tanto da futurologia, sempre podiam contratar, como consultor/a, um/a qualquer conhecido/a profissional do ramo, por exemplo, a Maia. Podia ser que assim, sempre houvesse alguma possibilidade de acertarem, uma vez que fosse.