quarta-feira, 18 de abril de 2012

Operação Mercúrio


Caros amigos leitores, cuidado com os excessos de velocidade, anda por aí uma Operação Mercúrio, dizem que feita a nível Europeu, destinada a "sacar" dinheiro aos incautos, com a desculpa da segurança rodoviária. Alguém que me responda se souber: Para quê se ter gasto tanto dinheiro, que fazia falta para outras coisas que não vou agora mencionar, em auto-estradas, ter-se que pagar portagens, permitir-se a venda de carros que andam a muito mais que o limite legal de 120 Km/h, se depois não podemos andar depressa nessas auto-estradas? E a pressa que é uma coisa que esta sociedade, dita moderna, nos incutiu e nos exige, cada vez mais, como forma de competição profissional e como factor de êxito. Essas obras, que nos custaram os olhos da cara, que vão continuar a custar, e vamos ter que pagar, afinal servem para quê? Por mim, serviram para ter enchido e continuar a encher os bolsos de meia dúzia de amigalhaços que frequentam o compadrio do poder político, por assim dizer, e para nos sacarem o dinheiro em coimas e demais questões, além da coima em si, como juros da dívida quando não paga dentro do prazo, tribunais quando não se paga depois dos avisos previstos na lei, e claro, mais custas de tribunal, etc., fazendo de todos, mesmo os que não tenham excedido o limite por hábito, criminosos, entre outras coisas. Foi e é para isso que nos vão obrigar a pagar essas obras? Então se é para se andar mais devagar do que aquilo que muitos carros, que custam fortunas, podem andar nessas auto-estradas, então apenas seria suficiente, terem feito boas estradas normais e arranjado as outras, em conformidade com as necessidades de cada estrada e região. Pelo menos tínhamos evitado o pagamento de portagens e já havia uma razão coerente para o limite de velocidade existir nessas estradas. Como tento sempre ser coerente com os meus pensamentos e não podendo deixar de pedir o mesmo aos outros, neste caso, digo que, se querem ser coerentes com a preocupação da Segurança Rodoviária e reduzir os custos provenientes dos acidentes que, segundo notícias, representam 1,5% do PIB, então proíbam a venda de automóveis que andem a mais de 120 Km./h. Assunto resolvido. Para quem teve a paciência de ler até ao final, o meu agradecimento, o meu bom dia e desejos que tudo vos corra bem. Atenção à velocidade!


Armindo Cardoso