quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Os comportamentos de agressividade protoganizado pelas nossas crianças, está piorando de dia para dia.
Segundo o Público de 8 de Dezembro de 2010, um profissional de saúde, coordenador da unidade de pedopsiquiatria do Hospital Garcia de Hora, onde são acompanhados mil doentes por ano, considera que "hoje as crianças têm mais comportamentos agressivos e reflectem o ambiente de crise vivido pelas famílias".

Não é novidade e isso já se vem verificando há anos. Os alertas e as denúncias têm sido feitas por algumas associações de pais, por professores e por mais pessoas ligadas ao ambiente escolar, quer pela sua profissão, quer por serem encarregados de educação de crianças em idade escolar.
A grande questão não é o dar-mo-nos conta da existência do problema. O cerne do problema é este facto que agora, mais uma vez, é descrito, não ter eco nos organismos competentes, nomeadamente no Ministério da Educação e nos Ministros/as que por lá têm passado que, teimosamente, continuam a não quererem encarar o problema de frente com a urgência necessária, pelo que, se continua a verificar um contínuo agravamento da situação.
Não sei do que se está á espera para se tomarem as medidas pertinentes. Provávelmente estamos á espera que os nossos filhos se tornem pequenos assassinos e elementos de gangs juvenis - como já vai acontecendo - para que se comece a fazer alguma coisa.
O facto deste profissional de saúde, ligado á área da pedopsiquiatria, levantar o problema, só vem reforçar aquilo que eu próprio há anos venho referindo e alertando.

Por outro lado, a destruição sistemática e contínua que o PS com a sua ideologia anti-família, tem vindo a fazer á célula familiar, com o retirar de diversos apoios ás famílias em geral, casamentos gays, liberalização de abôrtos a pedido, sem contar com o efeito destruidor que a exploração do homem pelo homem faz, obrigando o casal a ter que se desdobrar em sacrifícios e ao consequente abandono dos seus próprios filhos, devido ao número de horas as que ambos os pais são obrigados a estarem fora do seio familiar e, não poucas vezes, sujeitos a mais que um emprego, para conseguirem, ainda que modestamente, a subsistência da sua família, vem ajudar no mau sentido, ao que atrás foi referido no que respeita ás nossas crianças.

Se esta é a idéia de sociedade que o PS quer nos dias de hoje, com as consequentes agravantes no futuro, não pode continuar a Governar este País por mais tempo. É urgente mudarmos estas políticas e inverter o caminho para o abismo, não só no contexto económico, que é importante e factor de graves problemas sociais, mas também no contexto familiar, que é a base estrutural da nossa sociedade.

Armindo Cardoso
Notícia do Público dia 8 de Dezembro de 2010 na página do facebook:
Casos de agressividade entre pré-adolescentes aumentam, alerta especialista. http://www.publico.pt/
O coordenador da unidade de pedopsiquiatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde são acompanhados mil doentes por ano, considera que “hoje as crianças têm mais comportamentos agressivos e reflectem o ambiente de crise vivido pelas famílias”...

Meu comentário:

Tem piada, mas isso é uma coisa que já se vem verificando há anos. Os alertas e as denúncias têm sido feitas por algumas associações de pais, por professores e por mais pessoas ligadas ao ambiente escolar, quer pela sua profissão, quer por serem encarregados de educação de crianças em idade escolar. A grande questão não é o dar-mo-nos conta do problema, o cerne da questão é o problema não ter eco nos organismos competentes, nomeadamente no Ministério da Educação e nos Ministros/as que por lá têm passado que, teimosamente, continuam a não quererem encarar o problema de frente com a urgência necessária, pelo que, se continua a verificar um contínuo agravamento da situação. Não sei do que se está á espera para se tomarem as medidas pertinentes. Provávelmente estamos á espera que os nossos filhos se tornem pequenos assassinos e elementos de gangs juvenis - como já vai acontecendo - para que se comece a fazer alguma coisa. O facto deste profissional de saúde, ligado á área da pedopsiquiatria, levantar o problema, só vem reforçar aquilo que eu próprio há anos venho referindo e alertando.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Portugal está “insolvente” e terá de pedir ajuda, diz o Citigroup - Economia - PUBLICO.PT

Sabemos que as asneiradas foram muitas, que a incompetência foi para além do admissível, que provávelmente ninguém irá sentar-se no banco dos réus, mas estão todos desejando que Portugal se afunde mesmo, e quanto mais depressa melhor. Afinal quem é que vai lucrar com isso? Óbviamento o sistema financeiro, o mesmo que provocou a crise e que foi ajudado pelos diversos Estados com a injecção de muitos milhões, biliões de euros e dollars dos impostos pagos pelos cidadãos, aos quais agora se lhes continua a pedir que paguem a crise. Cambada de ladrões é o que são. Armindo Cardoso
Assassinato da 1ª mulher chefe de polícia no México.

Lembro-me de quando foi dada a notícia da sua nomeação, ter dito que não ia durar muito tempo até que fosse assassinada. Infelizmente tive razão. Isto é o que acontece quando um Estado deixa o crime evoluir sem controle. Quando se lhe quer pôr termo, tem-se que fazer como no Rio de Janeiro. Oxalá aqui em Portugal não cheguemos a estes extremos por falta de vontade política e incompetência do MAI. Mas com a falta de cursos para entrada de novos polícias, com a forma como as nossas leis penais encaram o criminoso, com todas as benesses que são dadas nas prisões aos criminosos de crimes violentos, á deficiente educação a começar nas primárias e a outras políticas pouco adequadas a uma boa segurança - falta de policiamento de proximidade, poucas viaturas em condições, falta de coletes á prova de bala, boas armas, etc. -, parece-me que caminhamos a passos largos para vivermos tempos idênticos aos do Brasil, México e outros.

Armindo Cardoso
Monarquia ou República?


Para que a Democracia possa ser plena, no que respeita ás escolhas pelo povo, do sistema representativo que deseja para a sua Nação, não seria despropositado que se fizesse um referendo. Claro que, numa República que nos chegou através de um assassinato, imposta com uma revolução, que deu durante anos um ambiente de guerra civil, que mostrou uma desenfreada luta pelo poder após a queda da Monarquia, que nos levou a 40 anos de ditadura e a uma pseudo Democracia pós 25 de Abril, que nos pôs outra vez á beira da falência total e mais uma vez á quase perda da nossa independência financeira, não sei se faz muito sentido a palavra Democracia neste caso do referendo.

Armindo Cardoso

Feriado nacional
1 de Dezembro de 1640. Dia em que se deu início, por um punhado de valentes Portugueses, á luta pela Independência de Portugal da Corôa Espanhola. Hoje, temos um bando de traidores que nos têm vendido a retalhos, desde há anos, aos diversos interesses estrangeiros. A nossa independência volta a estar em perigo!!!!
Armindo Cardoso

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Post incluido na página de Facebook de Paulo Portas.

Carlos, empresário agrícola, produtor de azeite, vítima da incompetência do Estado no PRODER (leiam este email exemplar)

.por Paulo Portas a Segunda-feira, 8 de Novembro de 2010 às 15:24.

Todos os dias recebo mais emails de agricultores, empresários agrícolas e cooperativas agrícolas descrevendo factualmente o que o Ministério da Agricultura está a fazer (ou melhor, não está a fazer) com o PRODER. São provas concretas de suspensão de pagamentos. Provas de uma prática inconcebível, que deixa os agricultores completamente endividados e “pendurados”.
Ainda há pessoas que julgam que as queixas dos agricultores não são fundamentadas (ou tentam dar dos agricultores a imagem de “mão estendida”).
Por isso, vou publicar aqui um email dos muitos que estou a receber. Apaguei, claro, nome, concelho, identificação da empresa (para evitar perseguições). É um email que diz tudo. Do desespero. Da violação da confiança. De um Estado sem palavra. Recomendo a todos a leitura, e que cada tire as suas conclusões.


“Caro Paulo Portas,

Tomei a liberdade de lhe escrever para partilhar um caso real, que por certo não será único, impulsionado pelo nosso Ministério da Agricultura.

Identificação

Para além de ser empregado por conta de outrem, sou um jovem agricultor com uma exploração no Norte e Sócio Gerente de uma recente PME dedicada ao azeite, localizada na mesma zona. A criação desta empresa data de 2009 e o seu único propósito consiste na instalação de um lagar de azeite para transformação de azeitona e comercialização de azeite.

PRODER contribui para falências (em forma sucinta)

A empresa apresentou uma candidatura ao PRODER em Dezembro de 2009. Esta candidatura foi aprovada, e demorou nove meses a ter o contrato assinado. O acesso aos formulários, através da plataforma, foi autorizado pelo IFAP somente em finais de Setembro.

Entretanto, o site do PRODER anunciava “Adiantamentos de 50% para as medidas de apoio ao investimento. Informe-se sobre as novas regras”. Depois de nos inteirarmos das novas regras, cumprimos todas as exigências, uma das quais consistia na apresentação de uma garantia bancária no montante de 110% do valor de adiantamento, junto da DRAPN em Braga, local onde o projecto é avaliado.

O processo de pedido de adiantamento (devidamente organizado incluindo a referida garantia bancária) está aproximadamente há um mês nas mãos dos diferentes organismos IFAP´s/DRAPN´s. Tivemos o cuidado de acompanhar os passos do processo, através do call center informativo para o efeito. Fomos informados que o pagamento seria célere, dia 15 de Outubro foi a 1ª data, que foi sendo adiada até ao dia 29. No último contacto comunicaram-nos o seguinte “…apesar do acerto de planos de pagamentos a 15 de Outubro, vamos dizer o que não devíamos…a verdade é que não há dinheiro para fazer os pagamentos a efectuar e aqui andam todos como baratas….em reuniões para ver o que decidem…não temos qualquer informação de datas….esperemos que nos informem ate ao final da semana…..nada podemos garantir….”.

Somos então confrontados com uma amarga realidade:

■Estamos a pagar ao banco os encargos da exigida garantia bancária, para estar na gaveta do IFAP.
■Sem o adiantamento não conseguimos honrar os compromissos com fornecedores de máquinas específicas que não se fabricam em Portugal, vêm de Itália e de Espanha.
■Dado tratar-se de um lagar de azeite, e a colheita da azeitona estar à porta e com a falta do PRODER, corre-se o risco do lagar não entrar em funcionamento este ano agrícola.
■Estamos, estávamos a trabalhar com objectivo de exportar o azeite. No momento ainda sem azeite temos encomendas. Teremos de cancelar estes pedidos.
Em súmula sem o pagamento do PRODER, não conseguimos honrar os nossos compromissos de clientes e fornecedores, as máquinas não são fornecidas, como não podemos efectuar os pagamentos os valores contratuais serão perdidos. É a falência da empresa! E a perda dos capitais próprios dos sócios! É o preço de ser empreendedor! É este o incentivo às PME?

Com esta situação tenho reflectido no seguinte:

■Para que existe então o programas Proder?
■Mas porque razão o IFAP exige uma garantia bancária de 110% do valor do adiantamento? (Hoje em dia existem bancos que já não emitem garantias bancárias, os juros são elevadíssimos para uma empresa recem criada sem histórico…as propostas variam de 5% a 7%, para além dos restantes encargos e condições.)
■Recentemente o Sr. Ministro da Agricultura andou pelo Norte a estimular a produção de azeite. Para que vem enganar as empresas e os agricultores?
■Onde está o Simplex?
■Afinal todo o trabalho e dinheiro dispendido em licenciamentos, regulamentos e todas as exigências de burocracia, para quê?
■São estas as medidas de apoio às PME? É que estas medidas com todo o jeitinho destroem as empresas e os sócios.
Com este processo, para além da empresa falir, não serão criados postos de trabalho, deixará de existir uma solução para a transformação de azeitona ao nível local, os sócios ficam sem dinheiro e provavelmente ficarão em condições de se inscreverem no rendimento mínimo. É justo sermos confrontados com uma medida que nos penaliza por querermos trabalhar e contribuir para o desenvolvimento do nosso Pais?

Esta é uma situação que nunca esperei passar na vida! E ainda por cima o IFAP continuará com a garantia bancária em seu poder, a PME a pagar juros altíssimos, e da forma como foi emitida segundo as exigências do IFAP, este poderá acciona-la junto do nosso banco quando bem o entender. Mais curioso ainda é que ninguém é responsabilizado….palestras e mais palestras do nosso Ministro da Agricultura….Por certo existirão outros casos idênticos!

Aproveito para lhe agradecer o bom contributo que tem dado para a agricultura e para as PME, pois parece-me que é o único Líder politico com conhecimento das dificuldades na nossa agricultura e que apresenta verdadeiras soluções nesta matéria.

Com admiração pela politica por si praticada, apresento os mais respeitosos cumprimentos,
CARLOS

Depois de lêr, não pude evitar de escrever o comentário abaixo incluido:

A triste realidade de um Estado e seu governo, que se esquece de quem devia proteger, o seu povo, o povo que produz, que trabalha, que quer cumprir e honrar os seus compromissos, um povo que, apesar do destino maldito a que estes governantes teimam em enfiar-nos, ainda tenta arriscar para empreender algo de útil, para ele, para os seus e para o País que, como disse, lhe vira as costas. Coisa de tecnocratas e de burocracias, em que este País sempre foi fértil. Mas depois sabem vir cobrar impostos e mais impostos, mesmo antes da empresa têr recuperado o capital, quanto mais lucros e, como se isso não fosse suficiente, mal há um atraso ou esquecimento na entrega de um dos muitos papéis que são necessários para podermos cumprir com a nossa contribuição tributária, ainda passam multas, por vezes pesadas que, ao originarem ainda mais dificuldades nas PME, leva, muitas vezes, a atrazos no pagamento das mesmas o que, por sua vez, origina juros de mora, altos - na maioria dos casos até usurários -, que vai afundando cada vez mais a empresa e que, entrando em processo de penhora ou falência total, acaba de vez com qualquer esperança de salvação, quer da PME, quer dos postos de trabalho de quem lá trabalha. Mas, quanto a mim, isso faz parte de um plano maquiavélico para acabar com as PME e pôr toda a gente, ex-empresários, ex-patrões e seus funcionários, á procura de emprego, de forma a que as grandes empresas - as dos amigalhaços que se sentam á mesa do poder, ou que á volta andam esperando as migalhas -, possam negociar á sua vontade os vencimentos de futuros funcionários, situação facilitada pela maior oferta de pessoas á procura de trabalho e, ao mesmo tempo, ir acabando a pouco e pouco com qualquer concorrência que possa ameaçar os lucros fabulosos que podem têr para as suas coorporações, dividindo o mercado entre eles próprios, ou seja, entre os grandes.

Armindo Cardoso

domingo, 31 de outubro de 2010

Post no Facebook por Paulo Portas dia 31 de Outubro de 2010

E não é surreal o ministro assinar um acordo e depois dizer que faltam 500 M€?
Teixeira dos Santos nem deixou passar um minuto do acordo e foi logo explicando que faltam 500 M€ para cobrir os 500 M€ do acordo, insinuando que pode ir buscá-los a outros impostos.Pois... deve ser isto a que chamam sentido de responsabilidade.... Paulo Portas.


Meu comentário:

Mais 500 Milhões menos 500 Milhões, no meio da trapalhada toda dos últimos anos e no contexo da dívida global que temos, é uma gota de água no oceano. Em vez de perderem tempo em folclores políticos e palhaçadas que só servem para atirar areia para os olhos dos mais ignorantes e irritar o resto da população que já percebeu todo o jogo de xadrez que os políticos andam a fazer com a nossa vida, mais valia que o perdessem em traçar uma estratégia realista para relançar a nossa economia e desviar-nos do endividamento ao estrangeiro que nos está a fazer perder a nossa independência económico/financeira. Mas parece que a maioria destes "aprendizes de feiticeiros", para gáudio dos seus estúpidos egos, para defesa idiota das suas ultrapassadas ideologias e para perpetuarem a sua boa vida até irem para o caixão, brincam até com o futuro dos nossos filhos e netos. Deixem-se de "conversas da treta" e passem a falar de coisas sérias tais como: educação, como fazer as nossas crianças serem melhores alunos e não se juntarem a gangs; como fazer para que as mães não tenham que abandonar os lares entregando os seus filhos a quem quer que seja, para poderem ir trabalhar porque o seu marido não consegue ganhar o suficiente por ser explorado pela empresa para quem trabalha; como fazer para voltar a produzir em Portugal grande parte do que se necessita em vez de termos que importar tudo e mais alguma coisa; como fazer para nos livrarmos da dependência exagerada do petróleo que nos gasta grande parte das divisas; como fazer para não deixar as grandes empresas com monopólios de produtos de 1ª necessidade se sirvam dessa benesse para explorar os consumidores em benefício dos aumentos exagerados dos lucros dos seus accionistas; como fazer para reduzir a curto prazo o nº dos funcionários públicos sem provocar um aumento do desemprego e mais pobreza; como fazer para travar a entrada de produtos que, mesmo sem qualidade, são vendidos abaixo do preço de produtos que podemos fabricar e que fabricamos; como fazer... etc., etc., etc.. Querem perder tempo? Têm muito em que o perder, mas que seja em coisas que de facto valha a pena. E se fôr para isso, até estou dispôsto a pagar mais de imposto se vir uma luz ao fundo do túnel. De outra forma é apenas uma pura perda de tempo porque nos vão levar á ruina total e, para andarem a governar-se com o nosso dinheiro conseguido com muito sacrifício, não contem comigo. Eu não quero colaborar no afundamento do meu País.

Armindo Cardoso

sábado, 30 de outubro de 2010

Empresário Carlos Marques em prisão preventiva

Os "bodes expiatórios" vão caindo em defesa do chefão, qual máfia italiana. Assim sempre se vai acalmando a indignação popular e as hostes políticas poderão continuar a cometer as mesmas asneiradas sem serem julgadas pelas já anteriormente cometidas. Questão de estratégia para desviar as atenções do problema fulcral. Há que penalizar esses bandidos, se de facto ficar provado e bem provado que o são, que eu não gosto de injustiças. Se quem ganha dinheiro honestamente, porque é inteligente, sabe arriscar e aplicá-lo bem, tem agora que ser perseguido como numa caça ás bruxas qual inquisição dos tempos da idade média, então estamos a cavar um fosso ainda maior do que aquele que cavámos nos tempos da pseudo reforma agrária e das nacionalizações (roubos na minha opinião) a torto e a direito.
Resta-me apenas uma pergunta: Mas e quem não fiscalizou devidamente e com competência as actividades destes senhores, que castigo levou? Onde anda o responsável? Bem na vida pelo que sei.


Armindo Cardoso
Acôrdo assinado

Na minha opinião, apesar de já ser previsto que o acordo ia saír, o ruído á volta das conversações e das negociações foi fruto da necessidade dos médias venderem os jornais, revistas e terem audiências nas televisões bem como, da necessidade de protagonismo que alguns políticos/comentaristas e outros, necessitam de ter para se sentirem gente. Parece que vivem apenas para conseguirem os seus 15 minutos de fama. Quanto á questão do acôrdo conseguido, quanto a mim, é de somenos importância dado que, de uma maneira ou de outra, vamos ter que pagar os desvarios, as incompetências, as ilusões que nos foram vendidas nas últimas décadas, por esta cambada de meninos da mamã que, apesar de terem canudos e gostarem de serem chamados de Drs. ou de Engºs, aos quais não merecem que eu lhes chame de Senhores, não passam de uns pseudo-tecnocratas que não têm qualquer experiência de vida, vergonha na cara, palavra de honra, bom senso, visão de futuro, bem como não têm respeito pela história de Portugal nem por todos os que fizeram essa história e muito menos amôr á Pátria que os viu nascer, deixando que Portugal, devido ao seu próprio egoísmo, fosse vendido ao poder económico apátrida internacional sustentado pelos especuladores gananciosos que actuam a coberto das leis Democráticas sem fiscalização e regulação adequada. De qualquer forma, dê para que lado der, eles sabem muito bem que nunca irão pagar as asneiradas que fizeram, seja de que maneira fôr, e essa é, realmente, uma boa razão para a minha indignação. Já me basta pagar pelos meus erros, agora ter que pagar pelos erros dos outros? Dependendo dos casos até posso aceitar, mas tem que haver consequências para quem comete os erros que prejudicam terceiros, e isso, parece que não vai acontecer. Como se costuma dizer: "a culpa morre solteira".

Armindo Cardoso

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Post de Nuno Melo na sua página do facebook a 5/10/2010:

Acabo de ouvir num canal de televisão, que Alfredo Costa e Manuel Buiça, regicidas que mataram em 1 de Fevereiro de 1908 o Rei D. Carlos I, e o Príncipe D. Luís Filipe, são heróis da república.

Julgava-os apenas assassinos, que num momento e numa conjuntura específica, atentaram contra a vida do Rei, soberano legítimo de Portugal e do Príncipe herdeiro, como tal reconhecidos à época, no plano interno e no plano internacional.

Mas pelos vistos não.

Em heróis deste calibre, e nas virtudes que lhes descobrem, celebra-se a 5 de Outubro de 2010 o centenário da implantação da república.

Suponho que diz tudo dos tempos que correm. E do que dão que pensar !
Por:Nuno Melo

Meu comentário:

Esta República está podre porque assenta em pressupostos que não foram cumpridos. A República é implantada sobre o assassinato do chefe da Nação - o Rei -, cujos assassinos são considerados heróis como se o nosso Rei fosse algum traidor ou um estrangeiro invasor. Foi prometida a Democracia mas ela não existiu, o que existiu foi anarquia. O Estado Novo, depois de ter tirado o País do descalabro financeiro em que os actos dos tresloucados republicanos da 1ª República tinham posto a Nação Portuguesa, não soube modernizar-se e reformar-se a tempo de evitar a necessidade de uma revolução. O 25 de Abril trouxe a Portugal uma esperança que está morrendo a cada dia que passa por via do não cumprimento de promessas, tendo como sua atitude mais notória a entrega fácil e a troco de nada de 500 anos de História de África ao comunismo Internacional e ao capitalismo selvagem apátrida das coorporações estrangeiras bem como a sua - das Províncias Ultramarinas - entrega a lideres e movimentos/partidos que têm explorado o seu povo, empobrecendo aqueles que precisamente e supostamente estavam a defender da "exploração" praticada pelos portugueses. Ou seja, "estou confuso" - claro que não estou -, já não sei em que valores reais se fundamentam para comemorar esta República. Por mim continuo a comemorar a Independência de Portugal, quer a de 1143 legitimada pelo tratado de Zamora, quer a de 1640 marcada com a morte do traidor Miguel de Vasconcelos e a fuga da Duquesa de Mântua, representante do Reis Espanhóis da época. É com esse País que eu me identifico e não consigo me identificar com uma República que apenas em 100 anos só soube viver de revoltas e golpes de Estado, na troca de oportunistas nas cadeiras do poder, em Ditadura e depois, apesar de tudo isso, como se não bastasse, ainda quase que conseguiu destruir practicamente oitocentos anos de história de uma Nação, sem contar que, após o 25 de Abril deu cobertura á irresponsabilidade governativa que resulta no estado actual da Nação.

Armindo Cardoso
Notícia no FacebooK dia 5/10/2010 por Rui Nobre Pinheiro.

Sector Público (Funcionários) - Demasiados Direitos para que Produção? Quem é o maior empregador (directo e indirecto) do país? - O Estado. Ó diabo … No seguimento das Medidas* (:lol), anunciados pelo governo na passada semana, em particular, o corte nas remunerações do sector público, convém desmistificar.

Meu comentário:

Ao longo dos anos foram-se criando na sociedade portuguesa dois tipos de cidadãos: os de 1ª - funcionários públicos, políticos, governantes e afins do aparelho de Estado com empregos seguros e vitalícios e direito a reformas em conformidade e os de 2ª - todos os outros desgraçados que para eles trabalham sem emprego seguro e muitas vezes sem reformas adequadas aos muitos anos de trabalho -, em que os de 1ª se habituaram a viver á conta dos de 2ª e não estão dispostos a abdicar das suas regalias, mesmo que, para se continuar nesse caminho, os de 2ª tenham que perder todas as poucas regalias que ainda têm.


Armindo Cardoso
Resposta ao comentário de Paulo Jorge Ferreira na página do Facebook de Manuel Aranha sobre Monarquia e República.
5/10/2010

Caro Paulo, todas as revoluções ou mudanças que são feitas num pressuposto de melhoria de vida para o povo, que não se concretiza, e de promessas não cumpridas, pode-se dizer que são impostas. Foi o caso da implantação da República. Após a implantação do novo regime, verificou-se que muitas das promessas feitas, que suspostamente deviam justificar a queda da Monarquia, não foram cumpridas. Instalou-se o caos, a penúria financeira e a desorientação total até ter chegado o Estado Novo. Foram mais de duas décadas de absoluto inferno que a República trouxe á Nação e ao País. Aproveitando a insatisfação geral provocada pelo desgaste da guerra colonial, veio o 25 de Abril com mais promessas para justificar o acto e, 36 anos depois, parece que estamos a chegar ao estado em que nos encontrávamos no princípio da República. Será que não podemos considerar que nos foi imposta uma mentira? Para finalizar, a questão não passa pela discussão da Monarquia versus República, mas sim por melhores ou piores políticos e governos. Não acha que se o problema fosse a Monarquia, os Países que hoje são considerados, socialmente, os mais evoluídos, já não teriam Monarquia? A Espanha desde que voltou á Monarquia, não deu sinais de piorar, pelo contrário, melhorou e muito relativamente a Portugal, mesmo anos depois do famoso 25 de Abril que, supostamente, nos iria tirar do atraso em que se dizia que o Estado Novo nos tinha deixado. Mas se bem sabe, foi Salazar que trouxe o equilíbrio das finanças públicas e o crescimento da nossa economia sem precisarmos das esmolas da Europa. Mais, ficou no governo anos a fio sem enriquecer e sem mudar de carro, coisa que os novos aprendizes de políticos desta República não aceitam como exemplo de um patriota que só pensou na Nação e no País e que não se quiz deixar vender e vergar á vontade, quer do capitalismo internacional americano, quer do comunismo internacional da Rússia. Coisa que os vindouros, pós 25 de Abril, deixando-se comprar por interesses pouco claros, rápidamente fizeram a entrega das Provincias Ultramarinas ao controle do comunismo internacional, a troco de nada, estando agora as mesmas entregues ás grandes empresas capitalistas internacionais apátridas e aos senhores corruptos que as governam. Portanto, mais uma vez digo que a discussão não se prende por República ou Monarquia, mas sim da qualidade e competência de quem nos governa. Para mim, neste momento qualquer dos regimes servia, desde e quando tivéssemos patriotas competentes á frente dos desígnios da nossa maravilhosa Nação Portuguesa. E já agora, não estamos a falar de meia dúzia que vêm a Monarquia como alternativa a este estado actual. Se não há medo, porque não se deixar fazer um referendo? Eu por mi estou completamente á vontade e quanto aos outros, estarão? A Democracia não é isso mesmo, deixar o povo expressar a sua vontade?

Armindo Cardoso

sexta-feira, 17 de setembro de 2010



PENSAR ODIVELAS

Xara-Brasil encabeça
o projecto para dinamizar
o comércio local




Ontem, dia 16 de Setembro de 2010, e embora já saiba do que consta na generalidade este projecto, fui assistir á apresentação que foi preparada para alguns amigos e conhecidos que estão interessados em contribuir com o mencionado projecto. É de saudar este tipo de iniciativas. Claro que sou suspeito ao falar positivamente sobre o mesmo, uma vez que, sendo de iniciativa encabeçada pelo Xara-Brasil, vem conotado com o CDS/PP em termos políticos e eu, como muitos sabem, sou militante do CDS/PP, além de já ter sido Presidente da Concelhia sendo actualmente Vice-Presidente da comissão encabeçada pelo Xara-Brasil. Não obstante o facto de estar ligado ao CDS/PP como atrás referi, não posso deixar de salientar que iniciativas destas é o que o nosso Concelho precisa e o País em geral, e temos que acarinhar os cidadãos dispostos a porem em marcha tais projectos. Na apresentação de ontem constatei de facto o interesse demonstrado pelos presentes, não só no projecto, como também no quererem contribuir com idéias, o que é notóriamente agradável, segundo o meu ponto de vista. No entanto e apesar do exposto, continua-se a perder tempo na discussão de problemas que pouco ou nada vão adiantar ou ajudar no específico ao que se quer modificar. E para que fique claro, o que se quer modificar é o caminho que está sendo seguido pelos comerciantes e alterar, dentro do possível, as políticas utilizadas, quer pela Câmara, quer pelo Governo - no geral - no que respeita ao comércio. Não me parece, por isso, oportuno, perder-se tempo na discussão de questões que, embora sejam importantes, fogem á matéria em causa - a dinamização do comércio local -. Na minha visão global do problema, que deve importar discutir e resolver, a curto/médio prazo, para que se concretize essa vontade de dinamização do comércio local, passa pelos seguintes aspectos:

1 - Projectos como o que está em causa onde se prevê diversas actividades, eventos e ideias generalistas para apoiar o comerciante, serão sempre bem vindos, hajam mais.
2 - Pessoas, intituições, associações e outras forças vivas do Concelho, com disponibilidade e vontade para executarem o necessário com o objectivo de implementar o proposto e, claro, que acreditem. Será bom que apareçam muitas mais, será bom para todos, pois aumentar-se-á a possibilidade de postos de trabalho, trará benefícios quer, para o comerciante, quer para o consumidor.
3 - A segurança deve ser reforçada em todo o Concelho e especialmente nas zonas mais comerciais, pois é a base da construção de uma sociedade mais tranquila e mais confiante, não só para quem tem o seu comércio de porta aberta na rua, como também para quem anda na via pública fazendo as suas compras ou apenas passeando.
4 - A iluminação tem que ser melhorada, no mínimo, nas zonas mais comerciais do Concelho. Na minha opinião ajuda a que o cidadão se sinta mais seguro.
5 - A Associação de Comerciantes tem que ser mais interventiva, mais presente, preocupar-se com verdade e competência dar apoio real ao comerciante e promover a formação profissional.
6 - O comerciante tem que modificar a sua mentalidade no que respeita aos horários que pratica, na forma do atendimento ao público, na exigência na escolha dos seus colaboradores, bem como na escolha dos seus fornecedores relativo ás condições que lhe apresenta para venda dos respectivos produtos bem como as formas de pagamento, na exigência da relação qualidade/preço, na modernização dos seus estabelecimentos - para os que necessitem e que façam realmente essas modernizações, deve existir bonificações e facilidades para recorrerem aos empréstimos bancários, benefícios e isenções fiscais -, e por último devem acatar rigorosamente a lei do consumidor sob pena de continuarem a perder a confiança do mesmo. Mais assuntos poderiam ser incluidos na discussão do tema do comércio, todos sabemos a quantidade de assuntos que podem estar relacionados, mas estaríamos a desviar-nos da questão primordial: a dinamização do comércio local. É preciso ultrapassar a inércia e nada melhor que dar o primeiro passo que passa por pôr as pessoas a mexerem-se e a "Pensar Odivelas" procurando rápidamente levar o público em geral a terem razões para saírem á rua em vez de se enfiarem nos Centros Comerciais. Se noutras zonas e cidades, quer do País quer da Europa, isso foi conseguido, porque não se conseguir o mesmo no Concelho de Odivelas e na cidade de Odivelas?

Armindo Cardoso

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Comércio local

No dia 11 de Setembro de 2010, assisti á sessão solene do 95º aniversário da Freguesia de Caneças, que teve lugar no salão da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças, com a presença de vários autarcas e com diversos discursos dos mesmos. Foram entregues diversas medalhas em cerimónia própria a diversas individualidades de mérito reconhecido da nossa Freguesia de Caneças. Não obstante estar de acôrdo com semelhantes iniciativas, não pude deixar de ficar surpreendido pela entrega de uma medalha de reconhecimento á firma Carvalho e Lemos, sediada em Caneças, comerciante de produtos e equipamentos para a construção civil. Após vários anos a fazer compras neste local de comércio e, embora não sendo um grande cliente, o relacionamento cliente/comércio, poderia ser considerado bom. A surpresa referida, prende-se pelo facto de que, no final do mês de Julho de 2010, dirigi-me ao estabelecimento em causa da firma Carvalho e Lemos, LDA. e adquiri um equipamento eléctrico de pequena monta, mas que me fazia falta a sua utilização no imediato por tempo indeterminado.
Feita a compra, pus o dito equipamento a uso que de imediato mostrou não estar nas melhores condições. No dia seguinte á compra e após verificação do defeito, ao dirigir-me ao local onde tinha efectuado a compra pondo em apreciação o poblema foi-me dito que o equipamento teria que ir para a assistência. Achei estranho mas como era cliente habitual apenas perguntei se não trocavam por outro equipamento, uma vez que já se tinha verificado a anomalia. Sendo a resposta negativa, devido a que não era uso da dita casa fazer isso, referi que isso não era correcto ao que ficaram de me dar resposta depois de falarem com o patrão. Não sei se falaram ou não, o que sei é que alguns dias depois, estando a fazer-me falta o dito equipamento, dirigi-me á mesma casa e perguntei se o assunto já estava resolvido ao que, mostrando-me o equipamento onde o tinham posto, me disseram que ainda não tinha sido possível enviar para reparação, pelo que tinha que esperar por isso. Não tendo gostado da resposta, insisti que deviam, dentro do prazo legal, devolver o dinheiro ou substituir o equipamento perante a apresentação da factura por outro igual ou deixarem-me escolher outro pagando eu a diferença que pudesse existir, ao que me disseram, mais uma vez, que isso não era possível, até porque nem sequer sabiam se alguém não teria maltratado ou andado aos pontapés ao mencionado equipamento. Perante tal resposta comecei a ficar zangado com a falta de respeito que demonstravam por um cliente de vários anos e também por quererem fugir ao estipulado na lei. Perante a minha insistência, já com alguma alteração de disposição, procuraram contactar o fornecedor para saberem o que podiam fazer, tendo recebido como resposta que não deviam entregar novo equipamento como substituição ou devolverem o dinheiro. Depois de variadíssimas trocas de palavras, acabei por pedir o livro de reclamações e acabei por desistir do equipamento, sem ter recebido até hoje a sua devolução nem o dinheiro que gastei. Ou seja, ficou lá o equipamento e o dinheiro. Acabei por ir a outro lado comprar outro equipamento onde me dessem mais garantias e melhores condições, não sem antes ter que assumir o prejuízo que me causou a anterior compra. A lei é clara no seu artigo 4º dos direitos do consumidor do decreto-lei nº 84/2008 referido no Diário da República 1ª série - nº 98 de 21 de maio de 2008, onde vem escrito o seguinte:
1 - Em caso de falta de conformidade do bem com o contrato, o consumidor tem direito a que esta seja reposta sem encargos, por meio de reparação ou de substituição, á redução adequada do preço ou à resolução do contrato.
2 - Tratando-se de um bem imóvel, a reparação ou a substituição devem ser realizadas dentro de um prazo razoável, tendo em conta a natureza do defeito, e tratando-se de um bem movel, num prazo máximo de 30 dias, em ambos os casos sem grave inconveniente para o consumidor.
3 - A expressão "sem engargos", utilizada no nº 1, reporta-se às despesas necessárias para repor o bem em conformidade com o contrato, incluindo, designadamente, as despesas de transporte, de mão-de-obra e material.
Ora o que se percebe é que os comerciantes, na maioria dos casos o chamado comerciante tradicional, não querem cumprir a lei na sua totalidade ou fogem como podem ao seu cumprimento. Neste caso relatado o que era normal, e que é usualmente praticado pela maioria das grandes superfícies, é a substituição pura e simples dentro de, pelo menos, os 15 dias após a compra com a apresentação da factura. Com o tipo de procedimento descrito, valia a pena recorrer ao tribunal se, pela quantia em causa e pela demora e as despesas que isso representa, não se tornasse impraticável. E é por isso, que alguns comerciantes sabendo dessa situação de precaridade da nossa justiça, usam e abusam da pacividade do consumidor, não restando outra coisa ao cliente senão virar as costas ao comerciante e procurar fazer, no futuro, as suas compras noutro lado. E assim, o comércio local vai perdendo clientes a pouco e pouco, por causa destas e de outras situações que o consumidor vai verificando fazendo com que este desista de fazer as suas compras perto da sua área de residência nas lojas chamadas tradicionais. A juntar a esta situação temos ainda a questão dos horários, a questão dos funcionários que estão no atendimento, o fecho por férias, etc. etc. Com tudo isto, não se pode esperar que seja só com apoios e mais apoios, que o comércio local - tradicional - possa saír da letargia em que se encontra, mais a mais com a existência de uma crise profunda que ainda não tem fim á vista.

Armindo Cardoso
Comentário ao post de Xara-Brasil na página do FaceBook: Olival Basto - Comércio em estado de emergência.

Caro Xara, os apoios serão necessários, mas o essencial é que os comerciantes saibam adaptar-se ás novas exigências do consumidor. O comerciante chamado tradicional, continua isso mesmo, tradicional, mas sem inovar, sem modernizar-se e, por vezes, nem sabe como respeitar e lidar com o cliente, que entra pela porta dentro do seu estabelecimento. Para aqueles que queiram adaptar-se pode fazer toda a diferença os apoios e os incentivos, mas para aqueles que querem continuar a existir conforme o fizeram nas últimas décadas, o caminho será o fecho de portas. Não respeitar o artigo nº 4 do decreto-lei 84/2008 referido no Diário da República de 21 de Maio de 2008 relativo ao direito do consumidor e utilizar todos os truques para fugir a cumprir dito artigo da lei, sabendo de antemão - salvo raras excepções - que o cliente dificilmente recorrerá á justiça, fechar na hora de almoço e não quererem adaptar ás exigências actuais do consumidor todo o conceito do horário laboral que insistem em querer fazer, não serem mais exigentes com os funcionários que atendem os clientes no que respeita á forma e educação com que estes o fazem no contacto com o público, não serem mais exigentes com os artigos que vendem em matéria de relação preço qualidade e em matéria de stocks, naquilo que mais procura tem, não serem mais exigentes com a qualidade dos seus próprios fornecedores no que respeita ás condições que os mesmos oferecem para venderem os seus artigos, são algumas das questões que estão a levar o cliente em geral a fugir do comércio chamado tradicional. E os comerciantes do Concelho de Odivelas, não são diferentes nestas matérias, por isso, o seu caminho, será o mesmo que muitos outros de outras zonas ou localidades, o fecho de portas se não abrirem os olhos.

Armindo Cardoso

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Odivelas com Futuro Armindo Cardoso

Odivelas com Futuro Armindo Cardoso
Comentário sobre a forma de pagamento das SCUTS anunciada pelo Governo e vinda a público:

É a trapalhada geral á moda dos tecnocratas socialistas. Confuso, desigual e fora de propósito. Ou se paga ou não se paga, eis a questão. Uma decisão que não devia ser tão complicada de tomar. A meu vêr deve-se pagar para que quem não tem automóvel não tenha que as pagar com os impostos que paga. Em todo o caso acho abusivo os preços practicados nas portagens que só servem para encher meia dúzia de administradores e gestores assim como mais uns quantos priviligiados accionistas dessas empresas que, na maioria dos casos, nem sequer revertem esses dinheiros em investimentos para criação de emprego, apenas acumulando fortunas. Por outro lado não me parece razoável continuar a subsidiar com dinheiros públicos a utilização das auto-estradas por quem quer que seja, até porque, numa fase de contenção, não me parece ser uma practica de boa gestão dos dinheiros públicos, havendo outras matérias mais urgentes que requerem a nossa atenção e mais investimentos como a segurança, a educação, a saúde, a investigação, as energias alternativas, etc. etc., que serão muito mais úteis a médio/longo prazo e trarão, pela certa, maior desenvolvimento a Portugal e ao seu povo.


Armindo Cardoso

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Comentário relativo ao comportamento da nossa selecção na competição Europeia em 2010.

Tantos apoios, tanto dinheiro, vencimentos milionários, tudo em prol do futebol e é o que vemos. No entanto temos tantas outras modalidade em que os portugueses se evidenciam e nem uma décima parte dos apoios recolhem. O hoquéi em patins, a canoagem, o surf, o andebol, o atletismo, o judo, o kik boxing, etc. são algumas das modalidades onde portugueses têm vindo a mostrar o seu valor. Porque é que só quando fazemos má figura no futebol é que é preocupante? Para mim, preocupante é vêr desportistas, mesmo defendendo o nome de Portugal com bons resultados, não serem devidamente apioados. O futebol, cada vez mais, é uma modalidade que só está servindo para mostrar o pior que há no ser humano, não dignificando o espectáculo que devia ser. Por isso, apesar de também não estar a gostar do que se está a passar com a nossa selecção, não fico absolutamente nada preocupado, apenas lamento o dinheiro que se gasta com o futebol e com todos os mercenários que á sua conta vivem.

Armindo Cardoso
Notícia do público na página do facebook do dia 8/9/2010:

Portugal sofre de "ciganofobia", mais de 80% têm atitudes racistas contra ciganos.

Meu comentário:

E porque será? Em vez de perderem tempo em considerandos mais ou menos politicamente correctos, analisem-se os factos reais. Não será este o lugar apropriado para o efeito. Mas será que somos os únicos onde os ciganos - na sua maioria - não são bem vistos? E de ser assim - de não sermos o único País onde os ciganos na sua maioria não são bem vistos - seremos nós de facto os culpados? Quem pode gostar, em nome da solidariedade, vêr uma determinda comunidade e seus elementos serem protegidos, ajudados, dar-se-lhes casas, subsídios e demais apoios e sentirmos que estamos a ser enganados e muitas vezes prejudicados em nome dessa solidariedade? A criminalidade não existe só porque dizemos que existe, ela é um facto real cometido por pessoas que estão cá no nosso País, serão Nacionais alguns, mas esses temos que os aturar, mas temos os outros que, não agradecendo nada do que se faz por eles, desrespeitam a autoridade das nossas instituições e as nossas leis. O que fazer com esses? Continuar a dar-lhes tudo e ainda ao irem para a prisão continuar a dar-lhes comida, dormida e, depois quando sairem, mais apoios? Gosto de ajudar mas não sou parvo, e muito menos gosto que me façam de parvo contra a minha vontade. Sendo nós um País maioritáriamente Cristão, seria de esperar que déssemos a outra face quando somos ofendidos mas, com muita pena, não somos como Jesus Cristo, por isso, quanto a mim, a outra face poderá ser dada mas a quem merecer e, as oportunidades e os apoios, devem ser dados a quem relmente deles precisa e merece, e não a qualquer um em nome de uma solidariedade qualquer.


Armindo Cardoso

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Notícia do Público no dia 7 de Setembro de 2010 na página do Facebook:

Moita Flores quer reunir 100 mil assinaturas em defesa da tourada

Francisco Moita Flores quer recolher 100 mil assinaturas até Julho de 2011, contra "os talibãs que em nome dos direitos dos animais procuram destruir os animais, a economia que os sustenta, além da cultura a eles imanente".

Meu comentário:

Que ele consiga recolher as assinaturas, não é coisa que me estranhe. O que de facto me estranha é saber que, perante uma divisão de opiniões como a que existe, entre os que apoiam a tourada e os que acham que ela devia acabar, não se promovam debates, - como agora é hábito fazer para tudo - e se possam explicar as razões de uns e de outros, em vez de, cada parte se fechar nos seus radicalismos fundamentalistas á boa maneira dos que se acham donos da verdade. Por mim seria interessante assistir a um debate com as pessoas mais conhecedoras dos motivos de cada parte e entendidas na matéria. Por mim penso que, se fossêmos pela teoria da tradição, então ainda a esta hora seria razoável assistirmos a espectáculos com cristãos nas arenas a serem comidos por leões, ou então ainda tinhamos gladiadores a matarem-se uns aos outros para deleite da multidão, ou se enforcavam os delinquentes ou ainda se lhes cortavam o pescoço, tudo coisas muito tradicionais em seu tempo. Por outro lado, se a tradição de um País, pode ficar abalada pelo simples facto da existência ou não de um evento como a tourada, triste e pobre é a sua cultura que nada mais tem para se fazer valer dos seus costumes e tradições culturais. Quanto á questão posta por quem defende as touradas que a preservação do touro depende muito da tourada, então mal vai o tigre, o leão, o elefante e muitos outros animais que á priori para nada servem, sendo por isso dispensáveis. Nem sei bem até se o ser humano, em conformidade com a sua própria natureza egoista, malvada, de coração gelado e despida de sentimentos criando tantos males neste Mundo, a ele próprio como ser humano bem como a toda a natureza que o rodeia, não poderá também ser dispensável num futuro breve.

sábado, 4 de setembro de 2010

Passos Coelho disse:

" Se quiséssemos o Governo já tinha caído"

Pois bem, creio que é uma coisa que todos nós sabemos. Mas não é isso que me preocupa. O que me preocupa é vêr este dirigente político, continuamente com ameaças ao Governo, não ter propostas -por aquilo que me tenho apercebido - que sejam de facto alternativas para melhorar a vida do País. Apenas se têm feito referências a uma hipotética alteração á Constituição Portuguesa e pouco mais. Questões prementes como a educação, a segurança, a economia, o desemprego ou a falta de emprego, o aumento exponencial da pobreza, os apoios ás famílias numerosas e com deficientes a cargo, questões relacionadas com a defesa do território, as fôrças de segurança, a saúde e todos os problemas com ela relacionados e tantos outros problemas, não vejo nada dito por este líder partidário. Proponho por isso, se não tem idéias, se não sabe que rumo dar ao País, então junte-se ao CDS/PP, apoie as iniciativas de Paulo Portas e de seus seguidores e talvez faça um melhor serviço á Nação Portuguesa do que aquele que tem feito desde que chegou a Presidente do PPD/PSD.

Armindo Cardoso
Notícia publicada na página do facebook do público dia 3 de Setembro de 2010:
Provados actos sexuais praticados por Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto e Carlos Cruz.

Meu comentário:

Nalguns casos, muito duvidosa a prova feita. Palavra de uns contra a palavra de outros, muito duvidoso de facto. Espero que a justiça não esteja a ser feita para agradar á comunicação social e á população em geral, ficaria muito mal esse tipo de justiça. Quem comete crimes deve ser punido - embora possam haver atenuantes que joguem a favôr da aplicação de uma pena mais suave do que aquela que inicialmente poderia ser - e não deve haver gente a ser punida sem matéria de facto apurada - ou seja, inocente - para satisfazer demais interesses. Não sei se é correcto ou não - eu julgo que é correcto, mas cabe aos entendidos decidirem se é ou não -, mas sei que é hábito na justiça, quando a dúvida existe, decidir-se a favôr do réu. Ora neste caso, relativamente a alguns réus há de facto muitas dúvidas relativas á matéria de facto e á prova feita, pelo menos por aquilo que fui sabendo ao longo de todo o processo e que transpirou para a opinião pública. Mas os Srs. Juízes é que sabem o que fazem, digo eu, pelo menos para isso são pagos por todos nós, coisa que eles muitas vezes se esquecem, procedendo alguns como se fossem Deuses. De qualquer forma, partindo do princípio que a justiça não erra, as penas aplicadas estão apropriadas ás nossas leis. Lamento no entanto sentir a raiva, vontade de vingança e outros sentimentos menos dignos, de uma sociedade justa e democrática que se quer elevar a patamares mais evoluídos enquanto povo e País, que transparecem na maioria dos comentários sobre este caso. É de estranhar, no entanto, que haja tanta gente conhecedora dos diferentes processos, com tal profundidade e precisão, que lhes permita acusar todos os réus sem dó nem piedade e sem nenhuma réstea de dúvidas.

Armindo Cardoso
Notícia publicada pela Câmara Municipal de Odivelas: As obras de proximidade continuam em marcha. Em curso ou em fase de arranque estão já algumas repavimentações e arranjos. Entre elas, as de várias artérias no Bairro do Chapim, na Quinta do Porto Pinheiro(Arroja Velha), do troço da Rua da Boa Esperança - Bº. do Borrageiro, da Rua da Associação no Bº. do Girassol, das Ruas das Lavadeiras e de Moçambique - Bº. Dos CTT e arranjo urbanístico na Av. Abreu Lopes junto à Policlínica Primavera, entre outras.
3 de Setembro de 2010

Meu comentário:

Que hajam obras que a população precisa, acho muito bem. Mas todos nós sabemos as dificuldades com que a Câmara e o País em geral tem com as contas Públicas. Será que haverá dinheiro suficiente para pagar a tempo e horas todas as obras que se querem fazer? E de não haver, não seria melhor esdudar as prioridades para benefício de toda a população, mesmo que elas não fossem tão óbvias para ganhar votos na hora de eleições? Nomeadamente nas escolas, que sei que se estão a fazer, apesar de algumas deficiências já vindas a público, na segurança onde ainda há muito trabalho e investimento a fazer, no apoio á terceira idade e á pobreza, no apoio ás famílias numerosas e com deficientes a cargo, entre outras. De qualquer forma não posso deixar de dar os meus parabéns a todo o executivo e demais elementos da Câmara Municipal de Odivelas, pelo esfôrço demonstrado para melhorar a vida quotidiana dos seus munícipes.

Armindo Cardoso
Notícia publicada no público dia 4 de Setembro de 2010:
Franceses protestam contra expulsao de ciganos.

Só pode haver quem proteste.
Se todos gostássemos do amarelo o que seria das outras côres?
Quanto ao assunto em causa, acho que, se essas expulsões se resumirem áqueles que, como li, se dedicam a actividades ilegais, que têm cadastro e continuamente mostram que não querem participar activamente no desenvolvimento do País que os acolhe e, ainda por cima, não se adaptam á sociedade onde pretendem inserir-se - em Roma sê romano -, então parece-me que a França está no caminho que deve e toda a Europa, incluindo Portugal, devia seguir o exemplo. Se de facto há injustiças e são expulsos apenas pela raça ou côr, bom, nesse caso, os protestos têm a sua razão de sêr e a França terá que revêr a sua posição.

Armindo Cardoso

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Em relação ao comentário de Paulo Portas na sua página do Facebook: Atenção ao pec 3 afinal o aumento de impostos ja é recessivo e os cortes nas empresas e consumos do estado eram ficção...

Faço o seguinte comentário:

Continuo estupefacto a vêr as asneiradas umas atrás das outras, e qual delas a maior. Gabo a paciência ao nosso Presidente Paulo Portas por ter de estar sempre a dizer as mesmas coisas, ainda por cima, coisas que qualquer mediano inteligente percebe e consegue vêr. Eu já quase que nem digo mais nada, pois a minha paciência está-se esgotando perante tanta incompetência. Quando julgo estar a falar para as paredes e vejo que é pura perda de tempo - como a vida é curta e tenho mais que fazer do que aturar incompetentes, vaidosos que só pensam na sua promoção pessoal e nos seus interesses particulares ou partidários - por vezes até deixo de dar as minhas opiniões. De qualquer maneira,desde 2006, eu previa o que está acontecendo e, para isso, não é perciso ser-se economista ou ter outra qualquer licenciatura, basta ter-se bom senso, ser-se medianamente inteligente, estar-se minimamente informado, ter-se lido bastante História - quer Universal quer de Portugal -, ter-se cultura geral e, fundamentalmente, ter-se feito a Universidade da Vida, que é o que falta a esta cambada de "meninos da mamã" tecnocratas insolentes e arrogantes, que tomam as suas decisões sentados nas suas secretárias apenas olhando para gráficos, por vezes desactualizados com a realidade, e fazendo contas com o dinheiro que não é deles sabendo que qualquer que seja o resultado, não são eles que pagam "o pato", mas que, quem se lixa é o "mexilhão".

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ACERCA DA REDUÇÃO DE DEPUTADOS


Pensando sobre a questão verifico que: 1º A redução de deputados é imperativa e necessária. Quantos mais, mais despesa e maior a confusão pois, segundo se diz, a cada cabeça sua sentença e só vejo que, não é por termos muitos deputados que o País tem melhorado, pelo contrário, aliás, há quem diga que quantidade não é sinónimo de qualidade e do que nós precisamos é de qualidade e não de quantidade. 2º - A par dessa iniciativa dever-se-ia avançar também para acabar com a quantidade de Governos Civis que quase não servem para nada e não se justificam, Juntas de Freguesia que, perante os poderes que têm, mais valia acabarem com algumas, assim como com Câmaras Municipais que têm menos população do que algumas Juntas de Freguesias de algumas localidades da Grande Lisboa e Porto. Em alternativa, descentralizar mais os poderes das Câmaras Municipais para as Juntas e de seguida reduzir o pessoal Camarário.
3º Quanto ao aspecto que parece preocupar algumas pessoas que, pelo facto de se reduzir os deputados, ficávamos entregues ora ao PS ora ao PSD, eu diria que é isso, de todas as formas, que se passa, por outro lado, em países como Inglaterra, não vejo que seja sinónimo de problema ou de atraso. Mais uma vez digo, o que queremos é qualidade e não quantidade, e isto também se aplica aos partidos. Não fico nada satisfeito de ver tantos deputados a comerem á custa do erário público para irem para a Assembleia discutirem demasiados problemas que não têm a ver com aquilo que mais interessa á Nação e que ainda por cima, lá estão a dormir ou por outro lado passam o tempo a ofenderem-se. Para isso não precisamos de tantos.

sábado, 22 de maio de 2010

Acerca da notícia do Correio da Manhã de 21 de Maio de 2010
Sócrates pede esfôrço patriótico


Esfôrço patríótico????? Mas ele sabe o que está a pedir? Então onde estão os que deviam ter feito esse esfôrço e não terem entregue de "mão beijada" as Províncias Ultramarinas ao Imperialismo Internacional do Comunismo e do Capitalismo? Onde estão todos os que gastaram á fartazana e irresponsavelmente durante o tempo em que os dinheiros dos fundos estruturais Europeus entravam no País? Onde estão os que ganharam fortunas e quando isto começou a dar para o torto puseram o seu dinheiro a salvo e foram para outras paragens? Onde estão os que levaram e ainda levam os nossos empresários com todos os apoios para irem investir no estrangeiro em vez de darem esses apoios para investirem no nosso País? Onde estão os que deixam entrar mercadorias de baixo preço e de qualidade inferior sem serem taxadas para concorrerem deslealmente com o produto fabricado em território Nacional, favorecendo a exploração do homem pelo homem nos países onde esses produtos são fabricados e sendo uma das causas do desemprego em Portugal e na Europa? Onde estão os que deixaram as nossas fronteiras escancaradas para tudo o que era imigrante - mesmo não fazendo falta ao País - poderem entrar para concorrerem deslealmente com o trabalhador Nacional e para facilitar o patronato menos honesto a terem mão de obra muito barata? Onde estão os que deixaram a nossa educação descer ao nível mais baixo de toda a minha vida? Onde estão os que deixaram a violência aumentar desmesuradamente sem nada fazerem para resolver o problema atempadamente? Esfôrço patriótico??? Claro, agora toca-nos a nós, os que não fugimos de cá, os que toda a vida nos temos sacrificado por este País, que lutámos por ele, mesmo quando outros diziam que se iam embora porque não queriam saber disto para nada ou que não concordavam com a política do momento, pois é.... esfôrço patriótico? Claro que vamos ter que o fazer, também não temos mais remédio pois ainda temos que tentar lutar por um futuro melhor para os nossos filhos, gostaria de saber é quem é que não o vai fazer e vão ser muitos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ACERCA DA PROMULGAÇÃO DA LEI QUE PREVÊ O CASAMENTO ENTRE DOIS SERES DO MESMO SEXO


O facto de dois seres do mesmo sexo quererem viver juntos, só a eles compete, é realmente uma questão de liberdade individual e de gosto pessoal. O que compete ao Estado Português, é prevenir juridicamente os mesmos direitos que um casamento entre homem e mulher- no que respeita a heranças, impostos, etc. - no entanto, sinto-me revoltado e enganado por este Governo da República Portuguesa por, quando me juntei e casei com uma mulher, em Portugal, tê-lo feito na base de um pressuposto de que essa união era uma instituição chamada casamento na língua portuguesa com uma regra própria. De repente vejo essa união, por causa, de uma minoria que quer que se lhe dê o mesmo nome a uma união que não pode ter o mesmo nome - poderá ter outro qualquer -, votada a uma igualdade que eu não reconheço, porque, simplesmente, não é igual - os direitos jurídicos sim, mas a essência não o é-. Talvez por isso teremos, os casados - homens com mulheres - passarem a divorciar-se e pedir ao governo que arranje outro nome porque, para confusões já bastam as que existem. É quase a mesma coisa que eu, como empresário, sentir-me descriminado, por, apesar de ter uma empresa, ter de a chamar de sociedade limitada em vez de sociedade anónima. Eu preferia que pudesse chamar-se de sociedade anónima, mas óbviamente as regras para uma não são iguais para outra, será, por isso, que eu tenho o direito de me sentir descriminado?

Armindo Cardoso
ACERCA DA NOTÌCIA DO CORREIO DA MANHÃ
Crise corta novas admissões na Polícia


Este governo tinha que arranjar mais uma desculpa para fugir a outra das suas responsabilidades que é uma condição obrigatória do Estado: Promover a segurança do cidadão. Com estes sinais errados que se dá e se têm dado, ao longo dos últimos anos, adicionando o agravar das condições sociais, não venham dizer que será preciso ser adivinho para se saber aquilo que já hoje eu sei: A criminalidade e a insegurança vão voltar a aumentar.
Armindo Cardoso
CDS/PP Odivelas
ACERCA DA MOÇÃO DE CENSURA DO P.C.P.
Na minha opinião agora não é a altura ideal para essas coisas. Mais vale discutirem-se as idéias, tentar que o 1º Ministro não seja tão teimoso e casmurro, deixar passar as eleições presidenciais, procurar estabilizar após o ataque especulativo que se sofreu e depois, então, pensemos em eleições antecipadas, se ainda se achar necessário.Sejamos mais responsávei para com o País e não tanto para com os interesses partidários ou ideológicos. No fundo, julgo eu, todos queremos o melhor para Portugal -pelo menos aqueles que são, de facto, portugueses -, os caminhos que defendemos para atingir o mesmo objectivo é que são diferentes, portanto, temos que nos acalmar. Saber ouvir e apresentar idéias alternativas é o que esperamos dos nossos deputados e não o circo de acusações e de palhaçada que se tem visto - lutar pelas idéias e por alternativas ás políticas do governo não obriga a más educações, até porque, o exemplo que passa para fora não é digno daquilo que representa a Assembleia da República-. Não esquecer que cada eleição custa muito dinheiro ao País. Será que é esse o melhor caminho? Temos que deixar que o povo que votou nele veja bem quem tem como 1º Ministro, não vá que se convoquem novas eleições e que sem querermos, voltemos a apanhar com ele - José Sócrates - e o PS no Governo. Uma coisa é a percepção que grande parte da população tem sobre o que se passa, outra coisa é o que se passa na cabeça dos eleitores na hora de irem votar, sem contar com os que preferem não votar.
Escrito a 17 de Maio de 2010
Armindo Cardoso
Presidente da Comissão
Política Concelhia do
CDS/PP Odivelas

domingo, 9 de maio de 2010

REFLEXÕES SOBRE
EDUCAÇÃO, RELIGIÃO E SOCIEDADE


Nos tempos que correm parece que se perdeu a noção do que é a educação, por isso, fui ao dicionário de Português e instrui-me sobre, o que queria dizer educação num dicionário actual e, o que eu encontrei foi: “Acto ou efeito de educar; instrução; ensino; cortesia”. Ora muito bem, fiquei esclarecido, afinal não era diferente, daquilo que sempre foi e, daquilo que eu aprendi que era, ainda em tempos do ensino Salazarista / Marcelista. Mas, menos mal que ainda assim, no dicionário de Português, me consigo identificar com aquilo que é a educação, ou, pelo menos, com aquilo que deveria ser a educação. O mesmo já não digo da educação na sociedade em que vivo actualmente, 30 anos depois de uma revolução feita, segundo os intervenientes, para tirar o país da ignorância e do atraso em relação ao resto do mundo. Não me interessa saber de quem foi a culpa de estarmos agora com uma educação que permite todo o tipo de faltas de respeito, não me interessa e acho que não temos tempo a perder com essa questão, o que me preocupa é o facto de termos pessoas que depois de verem o que está a acontecer na nossa sociedade ainda procuram desculpas esfarrapadas para não dar importância ao que perante os nossos olhos se vai adivinhando, uma sociedade sem moral, sem respeito, sem valores de vida, enfim, uma sociedade verdadeiramente da pré-história. Há vários exemplos que podem ilustrar o porquê da minha preocupação e que desde há alguns anos tenho vindo a chamar á atenção para a questão do problema da educação, mas como não tenho “uma voz muito alta” e também porque parece que os senhores políticos no governo andam mais preocupados com números, gráficos, percentagens e outras coisas tais que lhes permitam ficar bem para as eleições seguintes, com o único objectivo de se manterem no poder pelo maior tempo possível ou fazerem vingar o seu programa político/ideológico, ainda se eu visse que era, sem sombra de dúvidas, para o melhor do nosso País…, mas não, o que vejo é que, cada vez mais, estamos pior, e a educação está nas “ruas da amargura” e, pelos vistos, não se está dando a devida importância aos sinais que, como atrás referi, desde há já alguns anos vimos a assistir de norte a sul do país. Na minha opinião, para se começar a parar a degradação da nossa sociedade e que deve ser feito o mais urgente possível é sem mais delonga parar com os ataques aos professores em primeiro lugar, e que seja reposta a autoridade que eles merecem e precisam para poderem conciliar educação de cortesia com educação de instrução/ensino e manter um bom funcionamento dentro dos recintos escolares. Não podemos continuar a querer que os nossos jovens estudantes tenham respeito por quem quer que seja se o nosso governo ele próprio não o tem por quem desempenha tão nobre profissão. È verdade que eu, quando jovem estudante, tive os meus “desaguisados” com a instituição escolar em geral e com alguns professores em particular. No entanto, nunca fui apologista da má criação e da falta de respeito, sem consequências, á instituição escolar e aos professores em particular. Aliás, eu tinha uns pais que sabiam dar-me educação no sentido da cortesia, eu respeitava os mais velhos, fossem quem fossem, eu era ensinado a respeitar os vizinhos, os colegas, os professores, enfim, eu era educado para respeitar todos os que faziam parte do meu mundo. Mas claro, os meus pais tinham, também eles, sido bem-educados e o que se vê hoje em dia é que muitos dos próprios pais dos nossos jovens, devido às atrocidades que ao longo dos anos se tem feito á nossa educação, como estudantes e como povo, como dizia, eles próprios, como pais, já não sabem que tipo de educação devem dar aos seus filhos. Daí que, era importante que as escolas pudessem ajudar um pouco nessa matéria, além de, simplesmente e apenas, darem exclusivamente o programa de ensino estipulado. Era útil que se pudesse ajudar os pais, criando aulas de formação pedagógica de apoio á educação dos seus filhos e alunos da respectiva escola, como condição obrigatória para o desenvolvimento escolar dos jovens. Eu sei que será difícil implementar semelhante ideia, pois os pais muitas vezes nem às reuniões para eles, feitas nas escolas com os professores, aparecem e, pior que tudo, normalmente não aparecem os pais daqueles alunos que mais problemas causam, nas escolas em geral e nas classes em particular, quanto mais aparecerem, mesmo que seja bom para o futuro dos seus filhos, nas aulas de formação para eles. Primeiro, porque quase todos os pais julgam saber o que é melhor para educar os seus filhos e em segundo, na maioria desses casos julgam que só eles é que podem dar educação aos seus filhos, a situação tornou-se de tal maneira preocupante que não são apenas casos pontuais aqueles em que pais aparecem nas escolas agredindo, ameaçando agredir ou insultando professores por qualquer castigo ou chamada de atenção por qualquer situação comportamental do jovem, quer para com os professores, quer para com a escola ou para com os seus colegas. Ou seja, quando não se consegue reconhecer um erro, como conseguir emendá-lo? Por isso é importante que a escola e seus professores passem a ter um estatuto de respeito e que, quer pais ou alunos, saibam que podem ser penalizados por qualquer falta de respeito para com a instituição escolar como para com os seus funcionários.
No tempo em que eu era um jovem estudante, sofri alguns castigos como quase todos os jovens naquela época sofriam de vez em quando. Não tenho memória de alguma vez os meus pais terem-me dado completa razão, mesmo quando eu sentia sem sombra de dúvidas que a tinha e, sobretudo, nunca se puseram contra os professores para me defender, pelo menos na minha presença. Hoje tudo é permitido mesmo em frente aos jovens alunos por estes pais aos quais eu digo que deviam frequentar aulas pedagógicas de apoio á educação dos seus filhos.
No que respeita á religião, aqui também começámos a perder pontos. Não que eu seja apologista de fanatismos religiosos ou de um estado fundamentalista religioso, mas reconheço que a religião quando ensinada por bons professores pode fazer bem quer ao individuo quer ao conjunto da sociedade. No entanto, num país maioritariamente católico, tivemos algumas “almas penadas” que resolveram transformar as aulas de religião e moral num mal a evitar. È certo que no meu tempo nem todos nós gostávamos de ir para as aulas de religião e moral, mas meus amigos, perguntem hoje á maioria dos nossos jovens quem é que gosta de ir para as aulas de matemática, português, de história ou de outra disciplina qualquer, há até cada vez mais jovens que até já nem querem simplesmente ir para a escola. Com isto quero dizer que, se não tivéssemos tido essas "almas penadas" que se lembraram de tirar do ensino escolar as aulas de religião e moral, provavelmente teríamos uma melhor sociedade, do que aquela que temos agora. É minha convicção de que deve haver liberdade religiosa e que, quem não é católico possa frequentar aulas com outras tendências religiosas, mas banir pura e simplesmente a religião do nosso ensino como se de uma coisa nefasta se tratasse, isso não. Aliás, não contado com os extremistas islâmicos ou outros do género, não conheço nenhuma religião que não seja adequada para contribuir com uma boa formação moral e de carácter de um ser humano e que não seja boa para contribuir para o melhoramento da sociedade em geral. A nossa sociedade de tanto querer ser laica está-se desviando dos princípios fundamentais daquilo a que se pode chamar ser-se civilizado. Para muitos, nesta sociedade dos dias de hoje, ser-se civilizado é ter grandes obras arquitectónicas, é ter internet, é andar de telemóvel para tudo quanto é lado, até ao volante do automóvel, é possuir todo o tipo de bens móveis e imóveis e de preferência com o mínimo de trabalho possível.
Se para isso tiver que haver pelo caminho algumas vigarices, também não tem problema, o principal é não se ser apanhado, isso sim é que é vergonhoso. A nossa sociedade, na ânsia de querer evoluir e de se assumir inteiramente laica, está-se atolando em problemas cada vez maiores, causados precisamente por um cada vez maior afastamento dos ensinamentos básicos da religião, que na nossa religião maioritária, que é a católica, se poderão traduzir pelos Dez Mandamentos e creio que, com isso, está tudo dito, todas as leis que os homens queiram fazer terão forçosamente que incluir o que é descrito nos Dez Mandamentos, obviamente que as nossas leis/justiça têm que ser mais amplas e pontuais para acudir aos diversos problemas relativos à evolução da nossa sociedade. Penso que, se queremos uma sociedade mais evoluída, com um futuro promissor para os nossos filhos e netos, temos que ter a coragem de travar o mais rápido possível a degradação dos princípios morais nomeadamente o aborto, a corrupção, a destruição da célula familiar tradicional, que é a base da nossa sociedade, aceitando de bom grado casamentos (pelo menos com esta designação) gays e adopções por famílias monoparentais, o crime generalizado, a falta de ética nos negócios, a ambição desmedida num culto exagerado dos números, etc. e a destruição da nossa educação não apoiando devidamente os professores, não exigindo mais disciplina quer aos alunos quer aos pais desses mesmos alunos, não procurando uma maior segurança dentro e fora das escolas, não querendo perceber que os programas estão desajustados, não sendo mais exigentes com a aprendizagem dos alunos em geral, continuando a permitir que, por vezes, apenas um aluno consiga desestabilizar uma classe inteira de jovens que querem aprender sem que alguma coisa aconteça para evitar isso, contribuindo para que alunos que têm vontade de estudar e têm boas notas acabem por se desinteressar pelos estudos e por fim, de ir á escola.

ESCRITO A 28 / 12 / 2008

Armindo Cardoso
CDS/PP ODIVELAS

sábado, 8 de maio de 2010

Reflexões sobre política Nacional

Tenho assistido aos vários discursos, comentários e opiniões dos diversos actores políticos e comentadores, quer a nível nacional quer a nível local, bem como tomadas de posição oficial dos diversos partidos referentes aos mais variados temas da actualidade Nacional.
Como tal, tenho vindo a observar, desde há muito tempo, aquilo que me leva agora a escrever estas linhas e que é um partidarismo ideológico, muitas vezes conotado com o fanatismo, na maioria das vezes observado nas diversas intervenções de que falo.
Como o exemplo vem de cima, ou seja da Assembleia da República e do Governo, não será de estranhar que a outros níveis de discussão política se proceda de igual modo e, às vezes, até de pior modo.
Na última transmissão da Odivelas TV sobre desemprego e desenvolvimento económico, bem como em alguns dos outros programas de entrevistas e de conversas políticas a que de vez em quando dou uma “olhadela”, ou melhor dito, “ouvidela” observo que, os exemplos do que é uma má política, se têm vindo a desenvolver cada vez mais no nosso seio cívico e político – um bom exemplo do que falo é o que se tem vindo a passar nas Assembleias de Freguesia da Póvoa de Santo Adrião -.
Parece-me que, para algumas pessoas, a boa política é aquela que se faz nas acusações de parte a parte, nas ofensas gratuitas e depois, parece-me que anda por aí muita gente preocupada, exclusivamente, com o ter os seus 5 minutos de fama, em vez de discutirem as ideias, livres de quaisquer condicionalismos ideológico - partidários.
Julgam eles, e a comunicação social por vezes ajuda a isso, que, para serem notados, têm que gritar, provocar, dizer mal de quem quer que seja, criticar tudo e todos, acusar mesmo que seja sem provas, ficando tudo no campo da dúvida.
Por outro lado, falar sobre o passado só serve se, com ele, se aprende algo.
Parece-me a mim, no entanto, que, mesmo os novos intervenientes políticos que querem e estão a aparecer, já vêm com os defeitos que se encontra em quase toda a classe política deste País e, infelizmente, não só neste País.
Se esta fosse a melhor maneira de fazer política, não tínhamos um crescente número de abstenções quando chega a hora das eleições.
Alguém por acaso pensa porque será melhor, por exemplo, ficar em casa num dia de chuva, ou ir para a praia no Verão no dia das eleições, em vez de ir votar?
Para mim é claro, os políticos estão a fazer um mau trabalho e mais grave ainda, parece que não querem entender os sinais que a sociedade lhes dá.
Por isso, continuam a julgar que as boas práticas políticas são as do confronto pessoal, as da defesa dos interesses ideológicos que se põem em primeiro lugar, desvalorizando o conceito do interesse Nacional, é o gritar mais alto que o adversário, é na ofensa que se ganha preponderância; é uma lástima esta forma de fazer política.
Quanto á população em geral e no que a mim me parece, o que interessa são as discussões das ideias, o que interessa é saber as opiniões que cada um pode ter para tirar este País do fosso para onde caminha.
Quanto ao desemprego já sabemos que é preciso ajudar quem está desempregado, mas não por isso temos que pagar para quem nada quer fazer.
No entanto o que é preciso saber é o que se deve fazer para rapidamente tirar o maior número de pessoas do desemprego. Essas são as ideias que nós todos queremos ouvir, o resto é “balelas”.
E onde estão essas ideias? Mal se começa a falar, alguém interrompe para criticar, tendo como objectivo a defesa das ideologias do seu partido, seja ele qual for.
È claro que eu tenho algumas respostas e já há muitos anos, mas gostaria de ouvir muitas mais em vez de ouvir essas defesas, raiando o fanático, das ideologias políticas.
Quanto às obras públicas já sabemos que não devemos avançar com o que está previsto, mas então que alternativas?
Eu tenho, mas também gostava de ouvir outras ideias livres de condicionalismos partidários.
E quanto ao desenvolvimento económico?
Será que também são precisos os partidos e as suas ideologias para se terem ideias sobre qual será a melhor maneira para se conseguir esse desenvolvimento?
Claro que não, apenas precisamos de bom senso, que é o essencial para se praticar uma boa política e que é coisa que tem faltado ultimamente por todo o lado.
Em primeiro lugar devemos pensar no País e no seu povo e depois então nos partidos e não ao contrário e muito menos em aproveitarem-se quer dos partidos ou do que seja para conseguirem aquilo a que eu chamo dos seus 5 minutos de fama.
Viva Portugal.
Escrito a 8 de Maio de 2010-05-08
Armindo Cardoso
Presidente da C.P.C.
do CDS/PP de Odivelas

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Reflexões sobre a crise económica/financeira
Texto escrito a 6 de Maio de 2009

Em meados de Outubro de 2008, fui convidado para ir a um colóquio sobre a crise, a qual, apesar de já ter dado mostras há muito tempo que estava espreitando a oportunidade para fazer estragos, só naquela época parecia que se começava a dar conta da sua existência.
Estiveram presentes várias pessoas que vinham preocupadas com as recentes notícias e que queriam ser esclarecidas sobre o porquê da mesma, inclusive eu próprio, porque, apesar de ter as minhas próprias ideias sobre o assunto, gosto de ouvir o que os demais têm para dizer e, claro, todos o dias são bons para se aprender algo mais. Uma vez que o colóquio era com um reputado economista, ex-governante, é claro que me ajudou a decidir a participar no dito colóquio, ansiando por aprender mais alguma coisa, sobre a matéria em causa. Até já tinha ouvido falar nas sub-primes, inclusive no canal parlamento o 1º ministro José Sócrates falou nelas acusando o PSD de ter sido um dos partidos a achar uma boa ideia essa coisa das sub-primes, mas apesar disso o facto é que para mim era um assunto que, tenho que admitir, eu percebia muito pouco. Sobre essa matéria em específico fiquei esclarecido, já foi bom ter ido, uma vez que, tive a oportunidade de aprender mais qualquer coisa. Quando chegou o momento das intervenções dos presentes, eu falei em 1º lugar e perguntei:
Quer dizer então que estamos neste sarilho por causa de umas “mentes luminosas” terem inventado um esquema de vigarices e aldrabices com o objectivo de ganhar dinheiro rápido e fácil com o dinheiro dos outros? E remato com a seguinte afirmação: Então, não há dúvidas de que é aquilo que eu já sabia que levou a mais esta crise, ou seja, a ganância, que é a mãe de todas as crises. Na altura até fiquei um pouco constrangido com a resposta que me foi dada, uma vez que a mesma foi dita por um economista que até já tinha sido governante e que foi a seguinte: Ó meu caro amigo, é claro que a ganância é sempre má, mas esta crise tem como origem, como já disse, a queda do mercado imobiliário americano que está provocando uma série de dificuldades nas instituições financeiras. Eu nem disse mais nada, pois pareceu que nem sequer sabia o que estava a dizer. O facto é que o tempo passou, já escrevi sobre esta crise noutra altura focando novamente a questão da ganância como a principal culpada desta e de todas as crises e acabo por verificar que, actualmente, já não sou só eu a focar esta questão da culpabilidade da ganância. Acabo por ouvir personalidades de renome a nível de Portugal e até Internacional a darem-me razão por focarem a mesma razão para a crise, a ganância desmedida de certos operadores do mercado financeiro, industrial e comercial, não que isso me deixe satisfeito, mas sim,
porque me dá mais a certeza de que esta crise vai demorar a passar e de que muito rapidamente teremos que tomar as decisões correctas para ultrapassar sustentadamente esta crise, se não queremos correr o risco de deixar um futuro muito negro para os nossos filhos. Há uma expressão oriental que expressa bem o meu sentimento quanto aquilo que estamos e não estamos a fazer e que diz:
-“ O Mundo não é uma herança deixada pelos nossos pais a qual podemos desbaratar como entendermos, mas sim, um empréstimo feito pelos nossos filhos com a esperança que o saibamos gerir bem”.
Na realidade o que eu vejo é que estamos entregues nas mãos de vigaristas, mentirosos, incompetentes, mafiosos, corruptos, egoístas, gananciosos e de toda a casta de indesejáveis que por aí proliferam. Não são bons augúrios para quem deseja ver o seu futuro com mais optimismo. Só nos resta acreditar que, apesar de tudo parecer mau, ainda há gente boa, honesta, que são capazes de ter bons desempenhos profissionais sem estarem á espera de enriquecer facilmente acumulando fortunas á custa dos demais com o simples intuito de acumular bens que, no fim, por muito que lhes custe, não levam para a cova. Também devemos acreditar que havemos de ter governantes que de uma maneira ou outra não se deixarão vender ao poder económico a troco de prejudicar a população e o país, mas nós em geral também devemos contribuir com o que podermos, no mínimo não virar as costas quando chegam as eleições, mas também ter como atitude aquela que para mim me parece o exemplo fulcral para passar esta crise e que em determinada altura da história dos U.S.A. foi referida por um seu presidente e que é : “ Não perguntem o que é que o país pode fazer por vós, mas sim o que é que vocês podem fazer pelo país”.
Nesta óptica do que podemos fazer pelo nosso país mais uma vez passo a escrever o que penso sobre o assunto.
No que respeita á crise em geral já o disse em tempos que seria melhor se a nível pelo menos da Europa, se tomassem medidas em conjunto, na época em que o disse houveram pessoas que me disseram que isto podia ser resolvido se o nosso governo fizesse alguma coisa de melhor. Mas vejo que hoje já há muita gente a achar que as medidas têm que ser tomadas no mínimo a nível Europeu. Apesar disso eu sei que vai ser difícil de o fazer, pois cada país “puxa a brasa á sua sardinha”. Como se isso não fosse suficiente não vejo de facto serem tomadas as medidas que na minha opinião seriam as correctas para que esta crise passe de forma sustentada e que são, independentemente da ordem e de haverem naturalmente outras, as seguintes:

1 – Baixa dos impostos em geral, especialmente aqueles que sejam provenientes do rendimento do trabalho e do rendimento das pequenas e médias empresas.
2 – Apoio ás pequenas e médias empresas especialmente aquelas que mantenham os seus postos de trabalho, embora também seja necessário apoiar aquelas que se queiram dedicar ás exportações ou aumentar o número dos seus trabalhadores devido a aumento de produção em que este aumento se justifique pela procura quer interna quer externa.

3 – Procurar com os sindicatos dos trabalhadores e com o patronato formas de se poder, em pouco tempo, aumentar o salário médio, pelo menos em Portugal.

4 – Suspender por tempo indeterminado os investimentos públicos de grande monta, como o aeroporto e T.G.V..

5 – Apostar em investimentos públicos na área da educação (novas instalações, recuperação das existentes que estejam degradadas e que sejam viáveis recuperá-las, novos e melhores programas de ensino, maior segurança dentro das instalações escolares, mais pessoal auxiliar, melhor aproveitamento dos tempos livres, mais meios para o programa escola segura, etc.).
Apoiar as empresas e empresários que queiram investir nas novas tecnologias.
Apoiar as universidades nos seus estudos de investigação.

6 – Reduzir os custos do Estado de todas as formas possíveis.

7 – Não privatizar empresas que sejam rentáveis e que possam continuar a ser exploradas pelo Estado.

8 – Premiar o mérito no funcionalismo público e fomentar o bom desempenho do mesmo para que traga o respeito do cidadão em geral pelas instituições do Estado.

9 – Apoiar e investir nas forças de segurança e nas forças armadas.

10 – Ser mais severo na legislação contra os crimes de sangue e violentos.

11 – Descentralizar mais poderes para os Governos Civis ou Autarquias no que respeita á segurança pública regional assim como á educação, embora possam haver outros poderes que estudados interessem ser descentralizados, com o objectivo de melhorar o funcionamento geral de toda a estrutura do funcionalismo público Nacional.

12 – Apoiar as famílias numerosas com reduções de taxas autárquicas e impostos em geral.

13 – Melhorar a eficiência da aplicação dos subsídios de desemprego e outros pela Segurança Social, com o intuito de quem realmente precisa poder ter acesso ás ajudas num prazo o mais curto possível e quem apenas usa os subsídios para nada querer fazer seja fiscalizado e anulado os apoios.
Melhorar a eficiência do S.N.S. para evitar situações como por exemplo: Uma pessoa que vá passar algum tempo fora da sua área de residência e tiver que recorrer ao centro de saúde da área o mais provável é receber de resposta que não tendo médico de família não poderá ter consulta, ou ainda outra situação caricata que é haver dias específicos para marcação de consultas como se as pessoas pudessem adivinhar quando vão estar doentes, ou ainda se quiser marcar uma consulta no próprio dia terá que ir para a porta do centro de saúde de madrugada porque senão não terá lugar para consulta nesse dia.

14 – Criar gabinetes de reclamações do cidadão em todos os Governos Civis e ao mesmo tempo criar grupos de fiscalização para que seja possível ao Governo Civil determinar onde e como os funcionários públicos não estão a desempenhar bem os seus deveres para que sejam determinadas as sanções a aplicar se para isso houver razão.

15 – Procurar dinamizar através dos consulados ou embaixadas feiras de mostras de produtos Portugueses principalmente onde houver comunidades de portugueses ou de descendentes de portugueses, para não ser preciso termos os nossos ministros a fazerem o trabalho de vendedores da “banha da cobra”.

16 – Não continuar na política de levar os nossos empresários em grandes grupos para o estrangeiro para aí irem investir e criar postos de trabalho que depois se podem virar contra nós como acontece por exemplo com a China, a Índia e alguns países do leste Europeu.

17 – Não continuar a dar todos os benefícios para a criação de grandes grupos estrangeiros em Portugal, que mal sintam um mal-estar na economia, fechem as portas rumando a outras paragens deixando-nos outra vez com os problemas do desemprego. Em vez disso apostar nas empresas e nos empresários portugueses que pelo menos com esses corremos menos riscos de á primeira dificuldade fugirem com os seus lucros anteriores para outras regiões do globo.

Muito mais se pode acrescentar se se pensar devidamente nas políticas que de facto interessem ao crescimento do nosso país e ao desenvolvimento da nossa sociedade em vez de estarmos preocupados com aquilo a que chamam de políticas de direita e políticas de esquerda, sem contar que ainda há as políticas do centro direita e do centro esquerda e as de extrema-direita e as de extrema-esquerda, por favor, tenham dó. Devemos de deixar de perder tempo a deitar sempre as culpas para quem esteve antes no governo, pois quando se vota nas eleições para que um governo tome as rédeas da governação é para que faça melhor que o anterior e não é para passarmos o tempo a ouvir os nossos deputados na Assembleia da República praticamente a ofenderem-se uns aos outros, sacudindo sempre “ a água do capote” para os outros, achando que está sempre tudo mal pela simples razão de que esta ou aquela medida é apoiada por um partido de diferente ideologia política, mostrando de facto, que não podemos ter esperança nenhuma nas melhoras deste país e do mundo. Termino com um desejo: Não queiramos ser os “Madoffes” da política contribuindo para a ruína do futuro dos nossos filhos.

Armindo Cardoso
CDS/PP Odivelas
REFLEXÕES SOBRE PORTUGAL E A CRISE INTERNACIONAL

Escrito a 2 / 10 / 2008

Desde há algum tempo que vimos a assistir a várias notícias nos mais conhecidos e diversos órgãos de informação sobre os constantes altos e baixos do preço do petróleo e, como consequência, a uma dança alucinante nos preços dos combustíveis.
Se eu não soubesse o que sei sobre o assunto, poderia ficar admirado e até, talvez, passar um pouco á margem do problema fazendo o que a maioria faz, que é esperar que alguém resolva o problema, mesmo que, ele nunca venha a ser resolvido em tempo útil.
No entanto, como estou bastante preocupado, com a inércia e falta de visão de futuro dos vários governos, que, pós 25 de Abril, comandaram os destinos da nossa nação, gostaria de poder contribuir ainda que, modesta e precariamente, para agitar as células encefálicas deste nosso povo, para que, seja possível obrigar os nossos governantes a pensar mais no futuro da nação, em vez de, se preocuparem com ideias que só servem para lutas partidárias, com o objectivo de tirarem proveitos eleitoralistas e desviar a atenção do povo, do que é realmente importante para o futuro de todos nós e dos nossos descendentes.
Quando afirmo falta de visão de futuro, provavelmente também deveria adicionar a falta de informação, além da também pouca vontade de criar condições, para que neste princípio de século, pudéssemos estar na vanguarda dos combustíveis ecológicos e das energias alternativas, a igual que outros países como o Brasil, Dinamarca, etc.
Provavelmente os senhores da geração anterior e até da minha não tiveram acesso ás mesmas informações que, felizmente, tive através da leitura de vários livros, nomeadamente de uma enciclopédia juvenil oferecida pelo meu pai, para que eu pudesse saber mais alguma coisa adicional ao que, nas escolas da época, nos obrigavam a aprender.
Há mais de 40 anos, que eu sei que o petróleo tem o fim á vista. Não é verdade que as reservas estejam a caminhar para o seu esgotamento só agora, ou que só nos tenhamos dado conta do problema apenas há uma ou duas décadas, a verdade é que a previsão para o seu esgotamento já vem desde que os cientistas começaram a estudar todas as questões relacionadas com o petróleo. Mas claro que, a classe política tem sempre muita relutância em dar ouvidos aos estudos científicos, julgando que só eles, os políticos, são os donos da verdade, deixando para trás os avisos que a comunidade científica vai fazendo ao longo dos anos a respeito de um qualquer assunto. Normalmente a comunidade científica é apelidada de exagerada, alarmista, etc.. Pois bem, os cientistas, deviam ser mais ouvidos nas suas opiniões e devíamos aprender mais com os resultados dos seus estudos. Se não o fizermos não tem sentido todo o dinheiro que o Estado investe, em geral, na ciência e de pouco servem campanhas com slogans de “choque tecnológico”. Talvez, para quem não tenha sido informado antecipadamente possa ser apanhado desprevenido sobre o que se está passando no mundo, mas para mim é o desenrolar do que já há muito era previsível e não era preciso ter dotes de adivinho como o nosso “querido” 1º ministro Sócrates teve a coragem de dizer em plena assembleia da república a respeito do brutal aumento dos combustíveis, adivinhos era preciso que fossemos para saber em que dia e a que horas estas situações acontecem. Era previsível, claro que sim, tão previsível como a nossa morte, podia acontecer em qualquer altura, era só uma questão de tempo, tempo esse que nós não aproveitámos para estar na vanguarda das energias alternativas e dos combustíveis ecológicos. Seria natural, julgo eu, que os governantes da nossa nação, com cursos universitários, homens supostamente evoluídos e informados tivessem tido uma visão atempada sobre a evolução do mercado petrolífero, que nos tivessem permitido gerar políticas energéticas que pusessem Portugal neste momento na vanguarda da Europa e quiçá ao nível do nosso país irmão, o Brasil. A realidade a que assisto é que, dado os últimos acontecimentos, vamos continuar preocupados a discutir temas que só servem para desviar a atenção da população em geral, dos problemas de facto que requerem uma rápida solução e investimento de forma a recuperar o atraso em que nos encontramos. È claro que é mais fácil deixar o povo a discutir sobre questões morais, como o aborto, casamentos gays, adopção de crianças por parte de casais gays e outros temas que, embora, para alguns, possam fazer falta discutir os pormenores, não me parece que sejam os temas que levem este país a sair do atraso em que se encontra e a ultrapassar as dificuldades que já há muito se adivinhavam, de modo que, para nos entreterem, dão-nos estes temas para nos confundir e em compensação não nos preocuparmos com o resto porque eles é que sabem. Já nos meus tempos de jovem se falava em que o petróleo poderia acabar em 70 anos, isso quererá dizer que apenas teremos escassos trinta ou provavelmente quarenta anos em que poderemos ainda contar com esta energia fóssil. Quando ele acabar também virá alguém, provavelmente, dizer que não era adivinho para saber que o petróleo ia acabar tão depressa, ou seja, na época em que for, para se desculpar de não se ter feito nada atempadamente para ultrapassar o que é previsível. È como o que aconteceu durante o mês de Agosto em relação ao aumento da criminalidade. Surpreendeu alguém que isso se tivesse verificado? Era preciso ser-se adivinho para se saber que isso era o mais provável de acontecer? Claro que não, mas o Governo não tomou medidas atempadas, não recuou na lei disparatada que levou a pôr na rua uma série de criminosos, não previu que ao diminuir a entrada de elementos nas forças da ordem poderíamos dar a ideia errada aos que vivem do crime de que não seriam apanhados, por verem menos polícia nas ruas, não alterou a lei sobre a imigração que deixou entrar todo o tipo de criminosos no nosso país e esqueceu-se de governar para o País governando apenas em função de ideais partidários. Por isso, não é de estranhar que a população, em geral, se esteja a afastar da vida política e que, cada vez mais, se vejam abstenções maiores nos actos eleitorais além de que, apelidem os políticos de mentirosos e de só quererem o “tacho”.
Mas do que nós não nos podemos esquecer é que, apesar de algumas recentes notícias sobre descobertas de novas jazidas, os lençóis de petróleo não aumentaram, são precisos muitos milhões de anos para se formarem novos lençóis. Daí que, é fácil pensar que, dedução lógica, o petróleo vai acabar. Entretanto, enquanto acaba e não acaba, vamos continuar a assistir a este disparate mundial de estarmos reféns quer dos senhores das grandes companhias quer reféns dos países produtores de petróleo.
Ainda que, estes senhores das companhias e governantes dos países produtores, se tornem seres humanos com consciência humanitária mundialista, o que muito sinceramente não acredito, uma vez que a ganância, mãe de todas as crises, faz parte intrínseca deste tipo de pessoas, mas, como dizia, ainda que essa gente fosse diferente, para melhor, o custo de pesquisa, de extracção, de produção e distribuição, terão com certeza aumentos rectificativos e significativos, porque todas as desculpas vão servir para continuar, por todo o tempo que for possível, a encher os bolsos dos poderosos deste mundo louco. No futuro, nomeadamente em relação á extracção, na medida em que a mesma será cada vez mais funda e de difícil acesso, o petróleo por muito que se possa querer travar a subida do preço ele vai continuar a subir embora possamos ter algumas fases de acalmia que nos trarão de novo a ilusão de que tudo está a caminhar no bom sentido e que foi possível controlar a crise mundial.
Infelizmente não são só por esses problemas que vamos continuar a assistir a este Carnaval Dantesco das crises internacionais, outras razões bem mais nefastas poderão alterar repentinamente e sem aviso o preço do crude, basta que apareça, por assim dizer, um qualquer senhor da guerra que se julgue imortal e invencível ou com alguma especial demanda Divina, para desenvolver um medo generalizado de guerra, que por sua vez provocará novos aumentos do crude e instabilidade nos mercados financeiros.
Portanto, como somos vulneráveis a muitas situações que, por muito idealistas que sejamos e por muita vontade que tenhamos, não vamos conseguir modificar, resolver ou alterar, não é preciso ser adivinho para saber que as coisas vão piorar dentro em breve se não se fizer nada de concreto sem ser injectar dinheiro nos mercados financeiros que só vai servir para criar a ilusão de que é possível controlar situações de crises como esta actual. Aliás, na minha opinião, estas injecções de dinheiro são só decisões paleativas que não resolvem o problema de fundo, só vão servir para encher ainda mais os bolsos dos grandes especuladores das bolsas e dos bancos que tenham a sorte de conseguir pôr a mão nesses milhões todos. De uma coisa podemos ter a certeza, á população em geral, ao pequeno comerciante, ao trabalhador quer por conta própria quer por conta de outrem, não vai ajudar em nada, a mim, pessoalmente, só serve para me fazer sentir revoltado, por ver que me estão a fazer de parvo e eu não posso fazer nada para modificar isso. Como atrás disse, a ganância é a mãe de todas as crises, esta minha convicção vem do facto de que as grandes industrias, os grandes especuladores do mercado, enfim, os poderosos do dinheiro, apenas vêem números e quanto mais e maiores eles forem, mais satisfeitos ficam e mais poderosos se sentem, ficam embriagados e viciados nesse poder a tal ponto que se esquecem de olhar para todos aqueles que vivem com salários de miséria e até trabalham para eles em muitos dos casos. Com alguma sensatez, seria possível atempadamente superar estes problemas, mas como sensatez é coisa que tenho visto pouco não só a nível de Portugal mas também a nível Mundial e por muito que queiramos mudar a forma de pensar e de estar desses senhores, não vai ser possível, logo, quer dizer, que vão continuar a toda a força, a usar o poder da sua ganância desmedida e portanto a acumular fortunas que eles próprios nem em várias vidas, a viverem bem, conseguiriam gastar, devem com certeza pensar como os antigos faraós do Egipto que julgavam precisar das suas fortunas no além para continuarem a viver bem. Por mim, penso, com absoluta certeza, que ninguém vai precisar de dinheiro depois de morto. Enfim, partindo do atrás exposto, só vejo uma solução: Vai ser necessário os Estados, cujos políticos não se deixem vergar ao poder desses mesmos senhores, legislar leis, que protejam, tanto quem, arduamente trabalha honestamente, como quem, por ter possibilidades, investe e arrisca o seu dinheiro no comércio ou na industria. Claro que, qualquer iniciativa terá que ser tomada a nível global, o que se torna muito difícil, difícil já será que sejam tomadas medidas a nível europeu, pois nas questões essenciais não parece que nos entendamos, mais parece que nós europeus, ainda não percebemos, que se não estivermos unidos em todos os aspectos, vamos ser ultrapassados pelo resto do mundo, como por exemplo pela China. A China está despertando e também não é preciso ser-se adivinho para saber que mais tarde ou mais cedo vamos ter que aprender a viver com os chineses a mandar não só na economia mundial como também na política. E, pouco a pouco, enquanto, isso vai acontecendo, nós andamos entretidos apenas a puxar as “brasas ás sardinhas” de cada nação ou de cada partido político, perdendo tempo nas decisões necessárias para resolver os problemas de fundo que nos afectam não só em Portugal, mas também ao resto da Europa. Como é visível, de momento, medidas de curto e médio prazo, tomadas a nível, no mínimo, Europeu, serão bastantes difíceis e demoradas, ou não fosse bem real aquela frase que diz que “cada cabeça sua sentença”, portanto, visto que, ainda existe esta dificuldade de entendimento a um nível mais global, seria desejável que se pudessem tomar medidas concretas a nível Nacional, aproveitando para esse facto, exemplos com bons resultados de outros países, ou até exemplos que possam vir de estudos da história, recente ou não, quer nacional quer universal. Eu sei que por vezes caímos no erro de julgar que não é preciso saber história para se aprender o que quer que seja e de facto há uma frase que sublinha isso mesmo, “a história repete-se”. Hitler não aprendeu nada com Napoleão, quando decidiu invadir a Rússia, por exemplo, mas não vou dissertar sobre casos históricos até porque não é essa a ideia de momento.
Apesar de, já há algum tempo, vir ouvindo ou lendo, alguns comentários sobre a situação actual, quer da crise quer do país, não me tenho apercebido de que realmente estejamos bem entregues quer a quem nos governa quer a quem faz oposição, nem sequer aos variados comentaristas que por aí proliferam. È verdade que nalguns casos tenho estado de acordo com algumas posições quer da parte do nosso governo quer de quem emite opiniões ou faz oposição no parlamento. No entanto julgo que sendo o problema grave demais para nos calarmos e deixar que outros decidam por nós, julgo ser pertinente deixar aqui também a minha opinião sobre como julgo ser possível, pelo menos a Portugal, ultrapassar rapidamente, embora leve alguns anos, as visíveis dificuldades momentâneas.
Quanto á nossa exagerada dependência do petróleo, que nos deixa vulneráveis a qualquer pequena variação do mercado, é provavelmente o mais fácil neste momento de resolver a médio prazo. È certo que o governo tem estado a dar forma ao desenvolvimento das energias alternativas, no entanto julgo que é muito pouco dado ao que desde há alguns anos se tem verificado. Não vou cair na asneira de perder tempo com considerações de quem é que é culpado do atraso de Portugal nesta matéria, ( A título de curiosidade refiro que em 1907 um cientista português conhecido como Padre Himalaia ganhou um prémio internacional na feira de Nova York com a apresentação de um forno solar ), o que quero dizer com este parênteses é que a culpa já vem de longe, portanto, o que pretendo e julgo que muitos mais portugueses pretendem é que se faça muito mais e melhor do que aquilo que se tem feito até ao momento. Para isso, a tecnologia actual permite-nos diversificar as formas para resolver as diversas questões relacionadas com a energia e com os combustíveis. Estou de acordo que, sendo nós um país com Sol, com vários rios e montanhas, se aposte em força quer na energia solar, nas barragens hidroeléctricas, nas eólicas para citar as mais conhecidas, em vez de apostar num grande aeroporto que apesar de poder ser uma forma de mostrarmos o nosso desenvolvimento, não me parece que seja o investimento mais necessário e apropriado neste período que atravessamos, em primeiro lugar porque quando o aeroporto estiver pronto para funcionar, depois de ter servido para encher os bolsos de alguém, e de dar emprego á comunidade estrangeira que vive no nosso país ou que venha de fora de propósito contratada para isso, não só vamos ficar com um grave problema financeiro para resolver, como também é de duvidosa vantagem o seu funcionamento, na medida em que não sabemos a que preços vamos ter os combustíveis e se haverá ou não alternativa para os aviões ao querosene. Logo, se ainda não tiver acabado o petróleo, que provavelmente não terá acabado ainda, o preço é mais que certo que estará nas nuvens, por assim dizer. Daí que, ou temos companhias aéreas subsidiadas pelo erário público, para manter preços baixos e os salários dos trabalhadores, com o objectivo de quem anda de avião poder continuar a fazê-lo, ou então as passagens serão tão caras que só alguns privilegiados é que poderão fazê-lo, portanto para quê um mega aeroporto pago pelos contribuintes quer da Europa quer de Portugal, se o que nós precisamos urgentemente é aliviar a nossa dependência do petróleo questão esta que vai beneficiar todos os Portugueses e em última análise os Europeus em vez de beneficiar uns quantos que andam de avião.
Mas temos que reflectir também sobre se nos interessa o tão falado TGV, de qualquer maneira sempre é preferível esse investimento ao aeroporto, pelo menos nesta altura dos acontecimentos. Apesar do atrás dito, na minha opinião, não me parece relevante que seja imprescindível para o desenvolvimento do país tamanho investimento só para se conseguir chegar uns quantos minutos mais cedo ao destino. Há com toda a certeza melhores apostas para investir tanto dinheiro. Entre outras possibilidades parece-me adequado que se fomente e apoie o desenvolvimento rápido, digo mesmo acelerado, no que concerne aos combustíveis chamados ecológicos: Etanol, biodisel, etc.. Com esse desenvolvimento traríamos um acréscimo de emprego na agricultura, provocada pela procura das matérias primas necessárias para a produção do etanol e do biodiesel, nomeadamente o cultivo da beterraba, girassol, pinheiro, etc., além de fomentar postos de trabalhos nas unidades fabris que se viessem a desenvolver para a destilação dos diversos produtos necessários ao etanol e de produção de biodisel. Este plano não é irrealista, temos o exemplo do Brasil, não temos é tanto terreno para cultivo, mas temos um Alentejo para os grandes cultivos e uma particular apetência para o pequeno cultivo familiar que entre uma coisa e outra poderia de princípio superar as nossas necessidades de matéria prima. Depois, seria uma questão de acordos com Angola, Moçambique, Brasil ou até com todos ao mesmo tempo, não fosse falhar algum dos acordos, para grandes explorações agrícolas afim de superarmos as nossas necessidades de matéria prima. Enfim, ainda falta falar de outras possibilidades de investimento muito mais necessários ao desenvolvimento do país do que aquelas que o governo nos tem querido mentalizar como apropriadas para o nosso futuro. Nas eólicas vejo uma grande oportunidade para aprendermos rapidamente a tirar proveito dessa tecnologia, (em tempos não nos faltavam moinhos de vento de norte a sul do país, pois agora podemos começar a vê-los, salvo as devidas diferenças, espalhados por todo o lado). No entanto esta tecnologia tem de ser aliada a uma outra que é a energia solar, somos um dos países da Europa com mais horas de Sol, temos que aproveitar ao máximo essa vantagem da natureza. Da mesma maneira que vejo com interesse a realização de algumas barragens, embora os problemas ecológicos que provocam nas regiões onde são feitas não agradem a muita gente e em matéria de investimento ás vezes leva-nos a pensar se vale realmente a pena.
Outras questões servirão para ajudar á rápida recuperação deste nosso Portugal, é claro que é todo um conjunto de decisões e de investimentos que farão o êxito do progresso que desejamos. Eu sei que não é do agrado dos Presidentes das grandes instituições bancárias que se diga que os juros devem baixar, também sei que alguns economistas não acham essa ideia de bom grado, todos eles argumentam que isso ao ser feito temos que considerar que a inflação vai subir. È verdade, é a lógica, mas isso não quer dizer que não se possam tomar iniciativas legislativas que permitam controlar e sancionar quem especulativamente e abusivamente comece a aumentar os preços principalmente nos chamados produtos de primeira necessidade. Poderia dar aqui algumas ideias para isso mas suponho que os legisladores encontrariam com certeza as leis necessária para o efeito. Aliás se isso tivesse sido feito quando entrou em vigor a mudança do escudo para o euro, não se tinham verificado vários casos de abuso nos aumentos dos custos de certos produtos que, a título de exemplo, menciono o facto de num dia termos o café a 50 escudos e no dia seguinte, sem qualquer razão aparente, ele está a 50 cêntimos, o mesmo aconteceu com muitos outros produtos, isso de se deixar funcionar o mercado, nem sempre é desejável, nessa época teria sido desejável que o governo tivesse previsto que a ganância de alguns operadores e agentes comerciais iria fazer estragos e, portanto, tinha que ter dado soluções legislativas para controlar essa situação, também, mais uma vez, não era preciso ser-se adivinho para se saber que ia dar origem a um aumento da ganância e a um aproveitamento por parte dos mesmos gananciosos ludibriando o incauto. Ora, com uma baixa de juros com o qual se pode prever uma aumento da procura, por exemplo, de casas e do crédito ao consumo em geral, é suposto que o governo tenha preparada a situação com legislação apropriada. Portanto não tenho receio nenhum, nesse contexto, que haja uma baixa de juros que até é desejável e necessária. A instituição fiscalizadora até podia ser a ASAE, porque não? Ou outra qualquer criada em específico para o efeito. A inflação só se descontrola quando o Estado não faz o seu trabalho de fiscalização, já que quer fiscalizar tudo então que fiscalize também os lucros vergonhosos de certas empresas de serviços ou bens de consumo de primeira necessidade cujo único interesse é o de encher os bolsos dos seus accionistas com o total desrespeito pela população em geral, seus clientes, pagando ao mesmo tempo salários milionários aos seus gestores que, para o comum dos mortais nem em duas vidas conseguem juntar o que se torna provocador e ultrajante; o mesmo digo dos salários de alguns futebolistas, mas isso é outra história. Não serve dizer que a inflação se mantém num valor aceitável porque ela só se mantém nesse valor aceitável porque os preços de muitos produtos que não são considerados de primeira necessidade não só não podem aumentar o seu preço, porque senão ainda seria pior para a sua comercialização como ainda, nalguns casos, as empresas afectadas são obrigadas a comercializá-los a preços no limiar do prejuízo, o que leva a falências e a desemprego. Se queremos que a nossa economia se desenvolva de forma a criar emprego sustentado temos de acreditar que só o conseguimos com a baixa de juros, o controle dos preços, a aposta na medida daquilo que fôr possível nas energias e combustíveis alternativos, redução apreciável da carga fiscal, baixar 1% na taxa do IVA é só para nos fazer rir, mas enfim, antes descer que subir. Há quem diga que não é possível baixar os impostos, bom, isso depende das opiniões, eu acho que quanto mais aliviada for a carga fiscal mais desenvolvimento haverá o que contribuirá para menos subsídios de desemprego e mais consumo, que por sua vez gerará mais emprego e obviamente e apesar de mais baixos, maior quantidade de impostos, agora o Estado tem é de continuar na fiscalização do pagamento dos mesmos, porque não é por baixar os impostos que se iria deixar de fazer a fiscalização de quem não paga porque não quer ou de quem não paga porque comete fraudes. A natural reacção a uma baixa de impostos fará com que cresça uma atitude de maior alegria e esperança no futuro que se traduzirá numa apetência para arriscar em projectos novos, coisa que agora não se verifica pelo menos na maioria da população que poderia por iniciativa própria dar origem a uma maior criação de emprego e de riqueza do País. È natural que um governante, quando sente que faz falta dinheiro, vá pelo processo mais rápido e mais fácil, aumentar os impostos, sempre foi assim, já na idade média quando os senhores feudais ou os reis precisavam de dinheiro para travarem as suas guerras ou outra coisa qualquer, lembravam-se era de mandar os seus esbirros cobrar mais impostos e não era invulgar haver casas incendiadas, aldeias devastadas e pessoas mortas com o único objectivo de cobrar aquilo que os senhores feudais achavam que tinham direito. A questão da cobrança de impostos não mudou muito, só que é feito de uma forma mais moderna, agora não se incendeiam casas, agora tiram-se as casas mesmo que a dívida às finanças nada tenha a ver com o valor que foi pago pela casa e enfim outras coisas com as quais não concordo mas também não é agora o momento para escrever sobre o assunto. O que interessa é que todos nós sabemos que os impostos são necessários, creio que ninguém hoje em dia dirá que um Estado pode viver sem impostos, agora o que eu digo é que por vezes não é levantando os impostos como se fez em Portugal que se resolvem os problemas, os problemas que se querem resolver no imediato até podem ficar resolvidos ou meio resolvidos, mas a breve prazo teremos o reverso da medalha, mas parece que ninguém ensinou isso aos nossos governantes. O resultado está á vista as empresas que pertencem aos tais senhores vendidos á ganância do maior lucro custe o que custar, fugiram (e vão continuar a fugir), deixando um aumento considerável do desemprego ( que vai continuar a aumentar), o desânimo e desalento começaram a fazer estragos no desenvolvimento da economia( também vai piorar), os que puderam fugir ao impostos fizeram-no, e com tudo o resto, os que ainda se mantêm a funcionar, á excepção das grandes firmas detentoras dos tais produtos de primeira necessidade, estão com sérias dificuldades de sobrevivência em que algumas já têm que considerar se pagam os impostos nesse mês e fecham portas no mês seguinte, mandando várias pessoas para o subsídio de desemprego ou se arriscam a pagar salários para manter a empresa em funcionamento á espera de melhores dias e poderem ser encerrados pelas finanças para mandar tudo para leilão e engrossar as fileiras da segurança social, o que vai originar mais despesas ao Estado que por sua vez necessitará de aumentar mais os impostos, é um ciclo vicioso muito nefasto. Há impostos que não fazem qualquer sentido e por muita vontade que uma pessoa tenha em querer cumprir, sente-se revoltado cada vez que o tem de fazer, ora essa também não é a melhor maneira de criar um bom relacionamento com o contribuinte, passo a dar um exemplo: Uma pessoa tem uma casa (comprada, recebida de herança, dada, seja como for, é dona e senhora da sua propriedade, desde que legalmente), pagou ou alguém antes o fez, os devidos impostos relativos ao dinheiro que ganhou e que lhe permitiu adquirir essa mesma propriedade, no caso de ser uma casa tipo moradia que tenha mandado fazer, além do que pagou pelo terreno também pagou os impostos dos materiais e da mão-de-obra relativa á execução da obra, pagou as licenças e tudo o mais que é necessário, como taxas de abertura de água, recolha de lixo, ligação aos colectores, etc., etc., ao longo do tempo vai continuando a pagar as tais taxas ás autarquias e ainda tem de fazer arranjos periódicos se não quiser deixar a propriedade degradar-se e vir a perder valor ou a deixar de ter condições para nela se viver e, como se isto tudo não bastasse, para poder viver na sua própria casa tem de pagar um imposto que a meu entender é mais um aluguer á autarquia que outra coisa. Eu sei que o Estado precisa, mas não brinquem connosco. Qualquer cidadão tem o direito de não ser tributado para estar naquilo que é seu. Os exemplos poderiam fazer escrever mais umas linhas, o certo é que, com um pouco de senso comum se conseguiria arranjar forma de os contribuintes não se sentirem roubados pelo próprio Estado o que provoca um desânimo cujos efeitos poderão ser piores que os de qualquer crise. Outra coisa que não consigo entender e pelo que sei mais uns quantos milhares de portugueses, é porque é que os seguros inventaram e o Estado permitiu e apoia, que cada carro tem que ter um seguro, entende-se que quando se compra um carro a crédito que tenha que haver um seguro contra todos os riscos pelo menos enquanto o carro não estiver pago, agora o que não é compreensível á priori, é que qualquer veículo o tenha que ter para poder circular, não são os carros que têm os acidentes, são os condutores, eles é que provocam os acidentes, por todas as razões que são conhecidas, por isso, eles é que têm que ter seguros, as suas cartas é que têm que estar cadastradas para se saber quem é que provoca os acidentes e não respeita habitualmente a lei, não me refiro aquele que, por um pequeno descuido foi apanhado a 70 Km numa via em que só era permitido 40 ou 50 Km, eu refiro-me aos que habitualmente não são apanhados, mas que deviam ser, em excesso de velocidade em vias perto de escolas, no interior de vilas, que ultrapassam nas curvas sem visibilidade, que apesar de circularem com chuva mantêm velocidades perigosas até para tempo seco, etc.. Como eu, que tenho dois veículos porque é preciso sempre um operacional quando o outro vai á oficina ou se avaria repentinamente, haverão vários condutores, mas em todo o caso só conduzo um de cada vez, não me parece correcto ser obrigado a pagar dois seguros para ter um dos veículos sempre parado, a pergunta é: que acidente é que o meu carro parado pode provocar que obrigue a ter um seguro obrigatório de responsabilidade civil? Dantes havia o seguro de carta que era possível tirar, agora parece que só para motoristas profissionais, julgo eu. Poderão haver alguns entendidos que queiram arranjar os argumentos mais dispares para justificar isso, mas para mim o Estado está do lado das seguradoras no que respeita ao assalto desmedido dos nossos bolsos de proprietários de veículos. Aliás pelo que se percebe, em Portugal é muito mau ser-se proprietário do que quer que seja, porque, por tudo e por nada se tem que pagar pois para isso basta ter alguma coisa. São situações como estas atrás referidas e outras tantas que não vale a pena referir de momento que se pode instalar uma cultura de desagrado e de contrariedade contra o Estado e contra o País que faz com que os nossos jovens fujam para melhores paragens, por vezes ilusórias, os mais velhos já não tenham vontade de fazer nada e os que ainda fazem alguma coisa andem preocupados com a sobrevivência do dia-a-dia sem sequer pensarem ou, conseguirem ter, qualquer tipo de iniciativa. Os estragos que estas situações provocam são, a médio prazo, maiores que estas crises financeiras passageiras e são estas mesmas questões que fazem as crises demorarem demais a serem ultrapassadas. È por estas e outras razões que eu digo que para se poder ultrapassar esta crise envolve uma série de questões que são difíceis de, ao mesmo tempo, pôr em prática, mas vou continuar a reflectir sobre mais alguns outros assuntos que me parecem importantes para a solução do nosso problema sem querer pôr uns em primeiro ou em segundo lugar na importância uma vez que os mais importantes já foram referidos no início destas linhas.
O governo tem dado destaque á sua actuação na área da educação. Pois eu acho que sim, a educação é dos assuntos mais importantes, é nas escolas que se começa a traçar o futuro da nossa nação e pelo que está á vista actualmente, o nosso presente não foi bem pensado no passado quando se dedicaram aos problemas da educação pós 25 de Abril. Cometeram-se erros que hoje estamos a pagar por isso. A minha preocupação não é que o Sr. 1º ministro ache ou não importante a educação, que aliás tem demonstrado que se preocupa, a questão é que os métodos para resolução dos problemas não são os mais indicados e estamos a cometer erros que daqui a mais 20 ou 30 anos vamos estar, eu não, que provavelmente já cá não estarei, mas como dizia, vamos estar a sofrer as consequências. E para dar alguns exemplos só menciono dois, não por serem mais importantes mas sim porque calhou, os livros, que deveriam ser fornecidos pela escola para evitar os custos elevados todos os anos das famílias com esse encargo, e por outro lado, não menos importante o peso a que as nossas crianças são sujeitas a transportar às costas todos os dias e que com o tempo acabam por ter problemas de coluna que poderão vir a dar custos elevados não só no SNS como também em medicamentos para as dores e faltas ao trabalho no futuro o que prejudicará a produtividade global. Mas ainda falta falar na avaliação de professores com a qual, da forma como foi planeada, não concordo, dos meninos aos quais se lhes facilitam as passagens de ano porque assim não ficam traumatizados, a falta de auxiliares, o fecho de escolas mesmo quando ainda há um aluno que vai para aprender, a violência entre colegas e contra os professores, em resumo a falta de segurança. Portanto estou de acordo que a educação deve ser para todos mas já não estou de acordo quando é mais para uns que para outros. Sobre a educação ainda havia que falar sobre o porquê de ter-se um ou dois alunos numa classe de 20 ou mais alunos e que, pelos seus comportamentos não deixam os professores darem como deve ser as aulas além de prejudicar os outros que querem aprender e estar com atenção nas aulas, e ainda assim, não se pode enviar essa criança para outras classes com professores mais preparados para lidar com elas, em que tivessem apoio psicológico, que os pais sejam responsabilizados, ou ainda outra solução que neste momento não vou adiantar. Já houve quem me disse que qualquer destas soluções seria uma forma de descriminação, por amor de Deus, discriminação? Então e que digo eu das outras crianças que querem estudar e aprender, e dos professores que profissionalmente já têm um desgaste enorme e ainda têm que aturar a malcriadice de certos alunos sem poderem fazer nada? Isso arruma com os nervos de qualquer ser humano, será que não estamos a descriminar a maioria por causa de uma minoria que não respeita a maioria nem dos colegas, nem dos professores e ás vezes nem aos próprios pais têm respeito? Isto acontece porque uma grande parte dos pais pós 25 de Abril não souberam nem me parece que estejam a saber educar os seus filhos, o que me leva a pensar que, os próprios pais, ao serem responsabilizados pelos actos dos seus filhos nas escolas, deveriam eles mesmos serem obrigados a frequentar aulas de educação infantil/juvenil para aprenderem a educar os seus filhos.
Deixando por agora o tema da educação, passemos a outro tema também importante, a segurança.
Para o desenvolvimento tranquilo e sustentado de um país como o nosso, ou outro qualquer, é indubitavelmente necessário que haja segurança em geral, segurança na rua, segurança nas estradas, segurança para quem trabalha, enfim, SEGURANÇA. No seguimento destas linhas quero por agora debater a questão da segurança nas ruas. No que respeita á criminalidade a nossa segurança numa escala de 1 a 10 eu poria a nossa situação no escalão mais baixo talvez 2 ou mesmo 1, este é o sentimento que tenho em relação á segurança, e se calhar não seria o único a pensar assim, claro que na realidade estarei a exagerar até porque a nossa polícia apesar de todas as limitações com que é confrontada até que faz alguns milagres. Pena é que a justiça não acompanhe o esforço das nossas forças de segurança. Mas isso é outro tema que, apesar de estar intrinsecamente ligado tem que ser analisado á parte. No meu entender, a segurança é um tema que requer toda a nossa atenção porque na falta dela o nosso país pode-se tornar tão mau como qualquer país em guerra com a consequente fuga de capitais e potencial humano. Eu acredito que todas as forças políticas e o governo
têm interesse em que se mantenha um estado de direito na base de uma segurança democrática próxima do óptimo. Não vejo é que se tivessem tomado as decisões apropriadas e atempadas para que não tivéssemos que assistir ao Agosto calamitoso a que todos nós assistimos e ao que ainda estamos a assistir embora já em menor grau. Costuma-se dizer que o inferno está cheio de boas intenções, pois é o que eu digo da classe política governante, eles tinham vontade de resolver os problemas da segurança…mas não o conseguiram. Esse é o facto, agora não vale a pena deitar culpas para ninguém até porque ninguém se dá como culpado e todos sacodem a água do seu capote para cima dos outros. A culpa vem sempre de trás e é nesta mentalidade que vamos vivendo, deixando-nos disso, seria provavelmente mais fácil conseguir encontrar as fórmulas para se ultrapassar rapidamente esta situação. Por mim penso que seria bom investir nos aumentos de ordenados das nossas forças de segurança, mais apoios no caso de serem feridos no cumprimento do dever, e outros que a própria associação tem vido a pedir, isso iria criar uma maior moral e maior ânimo no cumprimento do dever. Melhores equipamentos quer em esquadras quer em armas quer ainda em melhores e mais veículos, etc.. Não serve de nada virem com números e estatísticas para nos confundirem que não é preciso ser-se muito informado para se saber que os carros estão velhos, muitos estão parados á espera de poderem ser reparados, em alguns casos quando sai um carro a esquadra fica sem nenhum de reserva e não vale a pena querermos esconder esse facto. È certo que o governo já fez alguma coisa, mas o que me irrita é ver que quando se faz alguma coisa mesmo que pouca, já é muito e por outro lado avança-se logo para o habitual confronto dos números para provar que antigamente estávamos pior, mas afinal para que é que um governo é eleito, não é para fazer melhor que o anterior? Então para quê tanta gabarolice quando se faz alguma coisa que apesar de já ter sido necessária há mais tempo ainda sabe a pouco? O que interessa é que é preciso mais polícia, polícia de investigação e polícia de proximidade de preferência, para isso a polícia necessita de maiores incentivos para atrair novos e capazes elementos, de esquadras perto das zonas de maiores focos de insegurança para apoio rápido caso seja necessário, e não serve de nada ter esquadras para depois estarem lá apenas um elemento porque os outros ou estão de baixa ou pura e simplesmente nem sequer existem, ou ainda estão nas secretarias a preencher papéis. È preciso melhores comandantes que não mandem dar cacetadas por tudo e por nada quando é enviada para controlar uma manifestação de trabalhadores que protestam para receberem os seus salários. O que se pretende é uma polícia que não tenha medo de disparar uma arma quando apanha um criminoso em flagrante delito ou que, tendo sido instado a parar ainda tente atropelar o agente da autoridade, sem que este esteja preocupado se a sua carreira vai ou não sofrer com isso, primeiro porque, se é um agente da autoridade já tem que ter licença para atirar e depois, porque em última análise a vida dele pode correr perigo. Na América quando o crime ficou descontrolado em Nova York o mayor dessa cidade só conseguiu travar
a criminalidade que estava altíssima quando apoiou a polícia sem restrições no cumprimento do seu dever. Aqui a nossa polícia ainda tem que pedir por favor ao criminoso que fuja para ele não o ter que prender senão acaba por ter uma série de horas de papeladas e antes que ele termine o expediente já o criminoso está de volta para mais uns assaltos ou praticar outro tipo de crimes quaisquer, solto por um qualquer juiz. Quero dizer com isto que além de tudo o resto também é necessário aligeirar a burocracia a que a polícia está sujeita sempre que prende um criminoso. Assistimos e continuamos a assistir a operações por todo o país, para uns é exagerado para outros até que fazia falta, bom em que é que ficamos é mau ou é bom? Na minha opinião dadas as circunstâncias não temos mais remédio que aturar esse tipo de actuação, quem não deve não teme, mas por outro lado senti como se nos tivessem tornado a todos os que pelo menos conduzem automóveis suspeitos de qualquer coisa, mais parecia que estávamos a viver aqueles tempos em que havia recolher obrigatório e em que até á saída dos cinemas éramos confrontados com cordões de tropa que nos revistavam e pediam documentos a todos. E quando digo que nos tornaram suspeitos de qualquer coisa é porque, sem razão aparente, somos mandados parar e somos fiscalizados, eu por exemplo não ando baixo de investigação de nada que eu saiba, a matrícula do meu carro não está referenciada como roubada, a minha condução não supõe qualquer ameaça á segurança rodoviária mas ainda assim posso ser mandado parar numa operação stop para ser fiscalizado no intuito de me apanharem nalguma distracção, portanto assim sem mais nem menos eu e mais uns milhares de condutores, por causa das medidas que não foram tomadas atempadamente para não deixar a criminalidade subir desmesuradamente, fomos tomados de suspeitos de algum crime no maior desrespeito das liberdades individuais. Como disse aprovo em última instância a actuação da polícia porque de facto não havia outra forma de rapidamente dar uma clara imagem de força e de presença da polícia para, não só dar tranquilidade aos cidadãos como também para que o criminoso pudesse sentir que já não ia ser tão fácil continuar na senda do crime. Ainda tem servido para uma coisa que julgo que há muito tempo também era necessária que é a fiscalização dos emigrantes ilegais que só estão cá para viver do crime ou de outro expediente qualquer, desses emigrantes que vivem do crime, não precisamos.
Embora eu ache, como atrás referi, que precisamos de políticas comuns a nível Europeu, por enquanto julgo ser urgente tomar algumas iniciativas a nível Nacional no que respeita á nossa economia no intuito desta ajudar o nosso país a ultrapassar a crise em que nos encontramos. Uma dessas medidas não passa com certeza de ter governantes que levam empresários ao estrangeiro e se calhar com os gastos pagos por todos nós para que os mesmos encontrem oportunidades de investimento no estrangeiro. Por favor, o que nós precisamos é de empresários que apostem no nosso país e de preferência que sejam Nacionais, para não levantarem asas facilmente, quando as coisas se complicam, deixando por resolver os problemas do desemprego criado pelo fecho das suas empresas. Portanto, seria desejável apoios concretos não só para quem quer iniciar uma actividade que possa criar postos de trabalho e que seja legal, como também para quem ainda, mesmo que com dificuldades, se mantém e quer continuar a lutar por manter a sua empresa a funcionar, de preferência com lucros, mesmo que pequenos, porque numa empresa do tipo familiar que possa dar de comer a duas pessoas por exemplo, são menos dois subsídios de desemprego que é preciso dar e no caso dessa empresa poder progredir outros postos de trabalho poderão vir a existir. Digo isto porque o Estado tem muito a mania de subsidiar o que quer que seja mesmo que sejam firmas que não dão lucro e pelo contrário dão milhões de prejuízo, com o objectivo de defender os postos de trabalho. O problema é que nem sempre vale a pena e isso é uma questão que tem de ser bem estudada. Ou são os gestores/administradores que não servem ou é a empresa que tem de ser reconvertida, o que pode provocar algum desemprego que, por sua vez, pode ser absorvido por um aumento de empresas que iniciam a actividade ou por aquelas que, com ou sem apoios, aumentem o nº de colaboradores.
Convinha também que se aumentasse a promoção dos nossos produtos no mercado estrangeiro, aproveitando para isso a nossa influência em zonas de comunidades de portuguesas assim como a possibilidade que se poderia ter do desenvolvimento do trabalho dos adidos comerciais das nossas embaixadas ou consulados. Haverão mais algumas ideias que eu próprio defendo já há alguns anos para que se consiga este objectivo de aumentar as exportações portuguesas, em todo o caso nenhuma delas passa por levar os nossos empresários para o estrangeiro na procura de novos investimentos, nem tão pouco por acordos com países com os quais não tenhamos quaisquer reais possibilidades de retorno económico. Que eu saiba não somos um país rico para fazermos acordos de ajudas a troco de nada, principalmente quando depois vejo outros países irem buscar as benesses que possam haver desses países com os quais mantemos acordos de ajudas. Muito mais há por dizer e reflectir mas, por agora, fico por aqui.
Haverá outras questões que, a seu tempo, reflectirei no papel a minha opinião, se é que algum dia irá servir para alguma coisa.
Temas como a saúde, a sinistralidade nas estradas, a pedofilia, o aborto e o direito á vida, os casamentos homossexuais, as adopções de crianças pela comunidade gay, a agricultura, as pescas, as forças armadas, as pensões dos idosos, as avaliações de professores, os subsídios por tudo e por nada, etc., são tudo temas que podem, por si só, ser objecto de reflexão e proporcionar opiniões diversas, a seu tempo, de cada uma, darei a minha, até porque, estou todos os dias a ouvir notícias que me levam a ter vontade de escrever (tenha eu tempo e estímulo para tal) sobre esses mesmos temas noticiados e por isso novos temas vão surgindo.

Armindo Cardoso
CDS/PP ODIVELAS