domingo, 9 de setembro de 2012


EM HORA DE REFLEXÃO

Não vou querer comparar os nossos actuais e anteriores governantes com Stalin, Hitler, Idi Amin, Mao-Tsé-Tung, Kadafi, Saddam Hussein, entre outros loucos assassinos que este complicado Mundo tem produzido ao longo dos tempos, para que eu ache que possam merecer todos os nomes com os quais, muitos de nós, os temos vindo a brindar. Até de loucos assassinos já li de alguém que, dessa forma exagerada, se referiu sobre os nossos governantes.

E, embora ache que, tal pessoa, tem razão quando diz que os nossos governantes, ao longo das décadas, foram destruindo o nosso País, acabando com as pequenas e médias empresas num sucessivo rol de erros crassos, produto da falta de visão, que acabaram por originar o desemprego sempre em aumento, apenas poderei dizer que, no meu entender, o fracasso em que resultaram as sucessivas governações pós 25 de Abril, se deveu a que, normalmente, e a partir de determinada altura, com mais notoriedade, essas mesmas governações estiveram entregues, nos mais variados âmbitos da governação de um País, como o nosso, a incompetentes, vaidosos, egoístas, a amigos por serem apenas amigos, a licenciados por apenas serem licenciados, a advogados que, na generalidade, de outra coisa nada percebem, a filhos de boas famílias sem experiência nenhuma de vida, a lambe-botas da política e não só, a carreiristas vindos das juventudes partidárias que nada percebem e que ainda, em grande parte dos casos, nem sequer saíram debaixo das saias das mães, ou nem largaram as calças dos pais, não percebendo, também eles, nada desta vida.

Enfim, estivemos entregues a todo um rol de gente sem interesse nenhum para o bom funcionamento das instituições, sem contar com uns traidores pelo caminho e uns vendidos a todos os interesses e mais alguns, excepto os do próprio País, mais uns quantos mafiosos corruptos que formaram quadrilhas ao longo dos anos para defenderem os seus próprios interesses, sendo que, estes, formam um grupo bem mais perigoso que o anterior mas que, ainda assim, não consigo comparar (talvez eu esteja a ser demasiado ingénuo) com outros referidos ao início, de forma a poder apelidá-los, como disse já ter lido, de loucos assassinos.

Obviamente, perante esse assalto ao poder, executado durante décadas, cada vez foi sobrando menos espaço, até que acabou mesmo por não sobrar espaço nem lugar, para os verdadeiros Homens e Mulheres, honestos, competentes, patriotas, etc., ainda que estes e estas, não fossem licenciados, filhos de boas famílias, lambe-botas e carreiristas das juventudes partidárias, o que, perante a existência de governantes, na sua maioria pertencentes ao primeiro grupo, o dos incompetentes e afins, meninos da mamã, etc.,, o segundo grupo, bem mais perigoso, o dos mafiosos, traidores e afins, aproveitando-se do momento e do espaço vazio, criado pela falta de Homens e Mulheres competentes, patriotas, desligados do poder do dinheiro para poderem ser comprados por outros interesses que não os do País, e de outros atributos necessários para uma boa governação, foram ocupando a pouco e pouco, o espaço possível a todos os níveis do Estado, corrompendo aqui, ali e acolá, comprando poder num sítio e noutro, afastando quem podia fazer sombra aos seus desígnios e entrando nos partidos, a partir dos quais se ia tornando mais fácil concretizar os seus intentos, aproveitando os mesmos, os partidos, para se catapultarem na vida política, acabando por afastar os poucos honestos, competentes e patriotas que ainda pudessem haver.

Essa situação, ao longo dos tempos, levou a que cada vez mais, as pessoas honestas se fossem afastando da política, ao ponto de termos nas eleições, um sinal claro disso mesmo, uma cada vez maior abstenção, sem contar que, nos dias de hoje, o respeito pela política e pelos políticos, está num nível que nunca pensei poder ver, o que ajuda também, a quem tenha um pouco de vergonha na cara, que não goste de ser injustiçado e acusado do que quer que seja sem culpa nenhuma, que preze o seu bom nome, a se afastar.

Nisso a nossa imprensa sido uma ajuda fundamental, quando acusa sem provas, deixando a justiça cair na rua, enlameando o nome de quem quer que seja, fazendo precisamente o jogo dos que pertencem ao segundo grupo.

Mas, como sempre ouvi dizer que o mal só vence quando os bons nada fazem, está na hora de todos os que se acham e se consideram gente honesta, anticorrupção, patriotas, que não se deixam comprar pelo poder do dinheiro e que estão verdadeiramente interessados em que isto acabe bem, em que este País tenha uma solução viável para os nossos filhos e netos, como dizia, está na hora de dar um passo em frente, e lutar pelos ideais que defende, em vez de ficar apenas chamando nomes aos nossos governantes e criticar apenas pela critica.

O País precisa de todos os que podem fazer alguma coisa por ele, os nossos filhos esperam que sejamos nós a resolver o que deixamos estragar, e os nossos netos querem ter um futuro promissor que, neste momento, não vejo que possam ter.

Alguém disse: “O Mundo não é uma herança deixada pelos nosso pais, é um empréstimo feito pelos nossos filhos”.

Na óptica desse pensamento, com o qual concordo, não vamos continuar a esbanjar o que os nossos pais deixaram, coisa que já fizemos bem demais. Vamos, neste momento, e já estamos atrasados, começar a gerir bem o empréstimo que os nossos filhos nos fizeram. Eles merecem, o País merece e todos os que virão no futuro precisam que, agora, neste momento, seja feita alguma coisa por eles.