domingo, 11 de novembro de 2012


A visita da Chanceler Alemã.


Vem aí a senhora Angela Merkel. Há quem aprove a vinda dela e há quem não aprove. Há até quem esteja revoltado e furioso com a vinda da senhora, não contesto o direito de cada um à sua (deles) indignação e revolta, mas, para esses e essas, eu digo o seguinte:

Oh meus amigos e amigas, a Merkel apenas nos emprestou o dinheiro, ou seja, a banca alemã. Fomos nós que lhes fomos pedir, eles não nos obr
igaram a endividar. Eles não nos obrigaram a gastar o dinheiro dos fundos estruturais como o gastámos, fomos nós e apenas nós que o fizemos e até muitos aplaudiram e até iam votando nos mesmos para que se continuasse a perpetuar a questão. Não sabiam que um dia haviam de ser chamados a pagar a factura? Ah não sabiam? Mas então são burros ou quê? Pois, isso mesmo, nós é que fomos burros e, pelos vistos, queremos continuar a ser, pois até queremos morder a mão de quem nos está a alimentar neste momento. Ou seja, já viram o que nos aconteceria se de repente deixarem de nos emprestarem dinheiro, depois de toda a dívida "colossal" que fomos fazendo ao longo dos anos? Era a banca rota e aí sim, iríamos ver e conhecer de facto o que é miséria, parece que não sabemos muito bem o que isso é, e com essa miséria, se calhar, nem uma vez por mês iríamos cheirar a carne ou um bife, quanto mais comê-la e pior, se calhar nem haveriam Bancos alimentares para nos ajudarem, simplesmente porque não haveria comida para isso. Estou talvez a exagerar, mas já vi disso noutros lugares. Pois é, então não era uma criancice pagar as dívidas e com as mesmas, o que era preciso era geri-las, sendo que, as dívidas eram eternas? Claro, agora queixam-se e protestam? Pois, mas é tarde. Os alemães depois da 2ª Guerra Mundial tiveram o País dividido, ficou todo destruído. Fez-se um Plano Marshal liderado pelos USA, que muitos por cá e pela Europa fora também gostam muito de criticar, e que veio a contribuir para o renascimento da velha Europa. Os alemães aproveitaram bem essa ajuda, trabalharam, esforçaram-se, conseguiram unir o seu País, após a queda do muro de Berlim, passaram muitas dificuldades por causa das desigualdades entre ambas as partes do mesmo País e hoje são senhores da Europa, economicamente e politicamente falando e podem dar-se ao luxo de terem o que têm. Ainda querem deitar-lhes a culpa da desgraça dos outros que não souberam fazer o que deviam de ter feito com as ajudas que receberam? Tenham dó, por amor de Deus. Os culpados somos todos nós. E é escusado dizer que a culpa não é do enfermeiro, ou do médico, ou do doente, ou do desempregado, ou do estivador, ou do padeiro, ou minha, ou do vizinho, ou de quem quer que seja. O país somos todos nós, e fomos todos nós que nos endividámos. Temos pena, mas essa é a realidade. Agora toca a pagar e para a próxima oxalá já tenham aprendido a lição, o que eu duvido, pois esta já é a terceira vez desde o 25 de Abril que estamos sob programas de ajustamento financeiro. Sem contar com a banca rota na 1ª República que levou ao golpe de Estado de 1926. Por isso, digo que julgo que nada vamos aprender com mais esta vez. Parece que somos demasiado burros para isso. E lamento ter-me que incluir nessa descrição, pois não me vejo como tal, mas sou português e quanto a isso...

sábado, 10 de novembro de 2012




Em modo de reflexão, acabei por escrever este texto. 




Ainda acerca das palavras proferidas pela Senhora Jonet.

Uma das coisas que parece ter feito mais furor, foi o facto de ela ter dito que em Portugal não havia miséria. Esquece-mo-nos, antes de criticar, é de perguntar à senhora, comparativamente a quê é que ela afirmava que não havia miséria em Portugal. Embora suponha que ela sabe que até existe localizada nalgumas famílias e até em algumas zona
s restritas do país. Digo isto porque, de facto, se ela se referia comparativamente, por exemplo, ao que se passa em certos países da África sub-sahariana, então, de facto, em Portugal não há miséria, embora haja pobreza. Enquanto houverem instituições como o Banco alimentar, e não faltar a comida à grande maioria do povo, a miséria será comparativa ao poder económico de cada um de nós em tempos anteriores, e será sempre relativa a essa comparação. Para mim, ou para qualquer um de nós, por exemplo, poderei considerar-me na miséria se, diferentemente que antes, hoje não possa comprar um carro novo e tenha que andar com um carro com muitos anos, se em vez de poder comer carne todos os dias apenas o possa fazer uma ou duas vezes por semana, se tiver que aceitar a ajuda da família para poder suprir a qualquer das minhas necessidades ou dos meus filhos, entre outras coisas do género. Isso poderá ser considerado miséria por quem antes poderá ter tido uma vida mais abastada. Mas miséria de facto, e suponho que era nessa perspectiva que a senhora Jonet se expressou, é aquela em que quando se quer comer, nem isso se possa fazer, porque simplesmente não há, nem ninguém a tem e até se morre à fome, onde se quer um copo de água e se morre infectado pela poluição da própria água, ou simplesmente se morre na tentativa para a conseguir. Eu assisti a esse tipo de miséria quando estive a viver em Angola, no meio da guerra civil, após o 25 de Abril. E mais digo, apesar de ter muito dinheiro na época, cheguei a passar fome muitas vezes, dentro da própria cidade de Luanda, porque nem o dinheiro servia para comprar comida porque ela não existia mesmo, e a que ainda ia aparecendo, de vez em quando, era tão escassa que só com um pouco de sorte se chegava a tempo de se conseguir comer para matar a fome. Mas até nessa altura, eu era um privilegiado, porque com o meu dinheiro conseguia sempre melhores facilidades que outros, portanto, a minha miséria nem era tão miséria assim, comparativamente a outros, aliás, havia quem achasse que eu era um menino rico cheio de sorte. Até cheguei a poder almoçar lagosta com cerveja, a partir de determinada altura, embora, depois o jantar, já pudesse ser coisa realmente mais difícil e perigosa. Por isso, quanto a miséria, depende dos padrões comparativos donde se queira começar a falar. Não gostei muito do que ela disse, mas não é caso para tamanho problema, havendo por exemplo, outros problemas bem maiores como a greve dos estivadores que prejudicam e empobrece ainda mais o nosso País, mas que parece não importar ninguém ao ponto de se resolver essa situação. E afinal porquê? Porque é mais fácil atacar e criticar uma mulher como a senhora Jonet que até tem anos de bom trabalho? Parece-me mesquinhez a mais ou o lugar dela já está na mira de alguém.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012





O QUE POR AÍ SE VAI DIZENDO


Ontem dei-me conta destes textos escritos por alguém que conheço. Quanto ao ponto 1 e 2 pouco posso dizer e quem de direito com certeza o fará. Já quanto ao ponto 3 não posso deixar passar sem dizer de minha justiça.  

É claro que quem escreveu tem toda a razão em dizer que a mentira tem perna curta, mas desconheço a que mentira se refere essa mesma pessoa porque, que eu saiba, e fui interveniente directo no assunto em causa, quando o CDS/PP de Odivelas aceitou o convite para fazer parte de uma coligação, foi porque se revia em grande parte no programa eleitoral defendido pelo cabeça de lista proposto pelo PPD/PSD para as eleições autárquicas. Nessa matéria continuamos a defender o que antes nos propusemos defender. 
Portanto, quanto à mentira, desconheço a qual se refere a pessoa em causa. 
Relativamente à memória curta do CDS/PP em Odivelas que é referida no que concerne aos resultados eleitorais autárquicos de 2005, está completamente enganado o Senhor, porque ninguém se esqueceu, nem sequer o PPD/PSD que, mesmo sabendo desses resultados, produto da coligação Governamental anterior tendo como 1º Ministro o Sr. Durão Barroso que acabou por "fugir" para ir aceitar um melhor lugar na Europa, e posteriormente um outro 1º Ministro, o Sr. Pedro Santana Lopes que um tal Sr. Presidente da República de orientação socialista se apressou a arranjar forma de fazer cair o Governo de coligação, mas, como dizia, ninguém se esqueceu de nada, e mesmo sabendo desses mesmos resultados ambos os intervenientes, CDS/PP e PPD/PSD sabiam que sem os resultados juntos, poucas hipóteses haveria de o PPD/PSD ganhar sequer uma junta de freguesia e muito menos a Câmara Municipal. Estando a Junta de Freguesia da Póvoa de Santo Adrião em perigo devido ao candidato e cabeça de lista dessa freguesia ser uma pessoa pouco estimada na região as expectativas viravam-se para a Junta de Freguesia de Odivelas, entre outra qualquer possibilidade em que as coisas pudessem correr bem e claro, a cereja em cima do bolo, a Câmara Municipal. Portanto, ninguém se esqueceu, tudo foi falado e demoradamente concertado com o maior respeito entre as pessoas intervenientes, pelo menos foi essa a impressão que sobressaiu. Quanto à ideia que o CDS/PP em Odivelas quer ser parasita do PPD/PSD, creio, mais uma vez, que o Sr. que assim escreve, está completamente enganado. Aliás, se bem se lembra, foi o PPD/PSD que convidou outros partidos a fazerem parte de uma coligação na qual queriam contar com o CDS/PP nesse projecto, não foi o CDS/PP que foi pedir para entrar ou fazer parte dessa mesma coligação. Aceitámos de bom grado por, como já referi, nos termos revisto nas linhas gerais do programa eleitoral que iria ser apresentado e por, à época, e julgo que ainda hoje, os intervenientes julgarem que, para o bem da população em geral, a união sempre é melhor que a divisão. Aliás, como mote de campanha o que se dizia era: Primeiro as pessoas. Lembra-se? 
Quanto à credibilidade das propostas que se tinha ou deixava de ter, apenas lhe digo que terão a mesma credibilidade que as do PPD/PSD ou do PS ou de outro qualquer partido e quem escolhe é o povo, que elege os seus representantes. Mas, pelos resultados actuais, bem vemos que as escolhas não terão sido as melhores ao longo das décadas, por isso, quanto a credibilidade, estamos falados.
Continuando, não posso deixar de lembrar que não foi o CDS/PP que quebrou a coligação assumindo-se como grupo autónomo, mas sim o PPD/PSD que, na noite das eleições, assim que deu a meia-noite e estava claro que não se tinha ganho a Câmara Municipal, declarou que a coligação tinha terminado naquele exacto momento e que o cabeça de lista podia ir à sua (dele) vida porque tinha sido contratado para ganhar e não para perder. Quanto a isso, não achei muito bem, mas, por outro lado, sou obrigado, ainda que me custe, a compreender. No entanto, já não consigo, ainda hoje, compreender como foi possível, logo nessa mesma noite, entrar em conversações com a cabeça de lista que ganhou as eleições, com o único propósito de se assegurarem lugares remunerados, sem dar uma única palavra aos parceiros de coligação ainda presentes no local onde se fazia a concentração de apoiantes e interessados em saberem os resultados. Portanto, se queria fazer alguma menção quanto a lealdade que tenha faltado ao CDS/PP, pense melhor e veja se ela não faltou ao PPD/PSD. Quanto à acusação sobre o abandono do CDS/PP do executivo da Junta de Freguesia de Odivelas, é verdade, abandonou-se o executivo, por motivos pessoais da representante, que passou a ocupar o seu lugar na Assembleia de Freguesia, mas, por respeito ao meu amigo e Presidente da Junta de Freguesia de Odivelas Victor Machado, escuso-me a fornecer qualquer outra informação adicional que, de todas as maneiras, não é a mim que me compete dar. Se o Presidente da Junta de Freguesia achar que lhe a deve de dar que o faça.
Para terminar esta já longa "missiva" apenas quero referir que em Odivelas, pelo menos que eu saiba, o CDS/PP não é obrigado a afinar pelo mesmo diapasão do Governo e, por isso, não gostando todos do "amarelo", poderá haver quem discorde de certas tomadas de posição do Governo, especialmente do Sr. 1º Ministro, do Sr Ministro Miguel Relvas e do Sr. Ministro das Finanças Gaspar. Quanto a dizer que só achamos os nossos ministros como sendo os melhores, vejamos, eles também são poucos, daí que seria muito mau se entre tão poucos ainda pudessem ser incompetentes ou pudessem trabalhar pouco. No entanto, não julgue que acreditemos que possam estar sempre certos ou que estejamos sempre de acordo com tudo o que fazem. Não só errar é humano, como também, como já referi, nem todos gostam do "amarelo", por isso, creia que, até nós, por vezes, criticamos os nossos. Na maioria dos casos, não temos cegueira partidária ou ideológica. Apenas pensamos e raciocinamos, de preferência com inteligência. Finalizo dizendo que, na minha modesta opinião, não estamos em tempo para este tipo de questões. Criticar sim, apontar orientações sim, dar opiniões sim, sugerir alternativas sim, divisões e acusações gratuitas não. 
Armindo Cardoso


1 – Sem título.
O Sr. Xara Brasil é muito célere a colocar no seu blogue as intervenções que o vereador Paulo Aido profere em reunião de câmara. Não me daria ao trabalho de comentar esses desideratos, porque na sua maioria são a mostra da ignorância de que quem os produz, não conhece o concelho nem os seus reais problemas, fazendo apenas demagogia sobre os mais variados assuntos. Mas como me enoja a mentira e a hipocrisia, coisa diferente do “combate” político, que é sempre legítimo, não vou permitir que uma mentira repetida tantas vezes se transforme em verdade.
Diz o sr. vereador Paulo Aido, que as terras descarregadas na urbanização da ribeirada, permitiram a quem lá as colocou o ganho de uns milhares de euros. Bem sei que a matemática não é ciência para todos, nem onde foi buscar tal tabela de preços, mas esqueceu-se de ir averiguar, ou sequer de me perguntar, se por acaso, o empreiteiro em causa tem um vazadouro? Ou se tem no concelho algum local que necessitasse de terra, para modelar as quotas para uma futura obra? Ou está preocupado que esta câmara esteja a trabalhar?
Bem sei que apenas o move o ódio aos empreiteiros e o ataque gratuito à câmara, escondido no slogan, que para ele estão primeiro as pessoas. Resta saber quais pessoas, porque por causa destes episódios e de muitos outros, as ditas pessoas fugiram e o resultado viu-se…
Carlos Bodião

2 - Acima de tudo, a verdade…

Esta na hora do vereador Paulo Aido contar aos odivelenses, quanto é que a comissão instaladora lhe pagava de avença, para não fazer nada. Sim porque eu nunca vi nada produzido por esse senhor, a quem o Dr. Fernando Ferreira deu a mão, num período em que este estava desempregado e que agora lhe paga, cuspindo-lhe no prato a quem lhe matou a fome. E de caminho explicar, porque é que todas as avenças são do domínio público e foram a reunião de câmara, menos a do gabinete dele. Não me digam que não sabiam, que este vereador também tinha um avençado no gabinete a ganhar uns milhares de euros? A moral é sempre para os outros.
Carlos Bodião

Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012

3 - A MENTIRA TEM PERNA CURTA

O CDS-PP tem memória curta e quer ser parasita do PSD no concelho de Odivelas. Estes são os resultados nas últimas eleições autárquicas, onde cada um foi na sua bicicleta, as Eleições Autárquicas 2005.
CÂMARA MUNICIPAL
PARTIDOS
Votos
Percentagem
Mandatos
CDS/PP
1203
2%
0
PSD
15926
27.6%
3
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
PARTIDOS
Votos
Percentagem
Mandatos
CDS/PP
1411
2.4%
0
PSD
15799
26.6%
10
O CDS-PP não elegeu NENHUM autarca no concelho de Odivelas, porque os odivelenses não deram credibilidade às suas propostas. Nas últimas eleições de 2009, por força da coligação ora estabelecida, e porque o PSD colocou em lugar elegível os candidatos do CDS, estes passaram a ter eleitos em todas as freguesias. Lembram-se do que aconteceu? Logo na tomada de posse, quebraram a coligação e assumiram-se como um grupo autónomo, hostilizando o PSD e insultando o seu presidente em Odivelas. Na freguesia de Odivelas abandonaram o executivo e deixaram o PSD em minoria na assembleia de freguesia. Por isso não me é estranha a posição do CDS em Odivelas, quando sistematicamente ataca o governo, Só os ministros deles é que são bons, aqueles que descobriram que se podia poupar no ar condicionado não usando gravata. Coitados!!! 

terça-feira, 30 de outubro de 2012


Refundar o memorando com a Troika ou Revisão Constitucional?

Com o discurso de fecho nas jornadas parlamentares PSD/CDS, o 1º Ministro usou uma expressão que tem provocado um “terramoto” de opiniões e de dúvidas sobre o que quereria dizer quando a utilizou. Vieram a terreiro vários conhecidos da vida política acusando-o de, com isso, estar a dizer que quereria fazer uma revisão Constitucional. Fiquei curioso e, ao mesmo tempo espantado, com o problema causado por essa expressão: Refundar. E utilizou-a relativamente ao memorando da Troika e não a nenhuma revisão Constitucional. Devido às dúvidas causadas em pessoas que, supostamente não as deviam de ter tido, resolvi ir pesquisar o significado dessa expressão, não fosse ser eu que estivesse enganado. Pois bem, o que eu encontrei foi o seguinte:
Refundar –
1. Tornar mais fundo. Afundar, aprofundar
2. Tornar a criar, a estabelecer algo; fundar novamente.
Ora bem, desfeitas as dúvidas, fico a saber que refundar o memorando da Troika, não significa automaticamente qualquer refundação da Constituição. Poderia pensar que o 1º Ministro teria querido dizer várias coisas, mas nunca que pudesse automaticamente estar a dizer que se teria que alterar a Constituição. Claro, a não ser que eu quisesse causar de imediato quezílias e mau estar, para procurar notoriedade jornalística e tirar proveito político de qualquer natureza.
De qualquer forma, ainda que, para se fazer uma revisão profunda do memorando da Troika, se acabe por ter que rever algumas situações previstas na Constituição, não sei porque é que isso terá que provocar, como já o está fazendo, tanto alarme e convulsão entre os mais diversos actores políticos.
A Constituição Portuguesa, pelo que sei, teve o seu início em 1822, ainda na Monarquia. E nela constavam vários princípios entre os quais os que consagravam os direitos e deveres individuais de todos os cidadãos Portugueses (dando primazia aos direitos humanos, nomeadamente, a garantia da liberdade, da igualdade perante a lei, da segurança, e da propriedade) bem como o princípio fundamental de consagração da Nação (união de todos os Portugueses) como base da soberania nacional, a ser exercida pelos representantes da mesma legalmente eleitos. Outros havia que, em função com os tempos, foram sendo modificados e que deram origem a várias revisões. A Constituição de 1822, pouco tempo depois foi alterada com a Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa de 1826. Depois, foi novamente revista e alterada em 1838. Em 1911, após a implantação da República, que queria trazer a Democracia, embora ela já existisse, voltou a Constituição a ser revista. Mais uma vez, com a queda da 1ª República e com a instauração do Estado Novo, novamente a Constituição foi revista e alterada em 1933. Com a revolução de 25 de Abril de 1974, que foi feita com a promessa de nos voltar a trazer a Democracia, a Constituição voltou a sofrer revisão e alteração em 1976. Depois disso tem sofrido alterações e revisões pontuais que já se contam por várias ao longo dos anos. Portanto, ainda que se tenham que se rever alguns conceitos descritos actualmente na nossa Constituição não vejo onde está o grande “terramoto”. Por outro lado, fala-se tanto em Democracia e em defender os princípios dos direitos fundamentais previstos na nossa Constituição, mas sem procurar muito, encontro logo, na nossa Constituição, o espírito absolutista e ditatorial que foi vigente em outros períodos da nossa história e que se insere no seu Artigo 288.º, relativo aos limites materiais da revisão Constitucional e que, na sua alínea b, prevê que qualquer alteração ou revisão, ela não se possa fazer sem respeitar a forma Republicana de Governo. Já não bastou ter sido imposta uma República pela força das armas, aproveitando o descontentamento existente na época, para que, “democraticamente”, nos dias de hoje, se continue a permitir que ao povo lhe esteja vedado a possibilidade de escolha relativamente ao regime sob o qual quer viver e que quer para o seu País. Ou seja, podemos escolher entre a República e a República. Que grande lição de Democracia! Hipocrisia deste nosso Estado e destes nossos políticos que se dizem democráticos, mas que ficam logo muito aflitos quando se pode supor ter que rever a nossa Constituição, ainda que ela desde tempos da nossa Monarquia, tenha sofrido alterações em função do decorrer dos tempos. Do que eu tenho medo não é da mudança, mas sim de que nunca nada mude. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

E O CDS DECIDIU-SE


Tomou-se uma decisão, se foi a melhor ou não o futuro o dirá. Quanto a mim não foi a melhor. Mas, qualquer decisão, em circunstâncias idênticas, é sempre difícil para quem a tem que tomar, e mais fácil para os outros de criticar. Eu sei disso mas, ainda assim, a posição tomada, na expectativa de evitar uma crise política não me parece razoável e a desculpa do sentido patriótico, neste momento, perante os factos, já não me parece razoável, até porque, assim, vamos mesmo na direcção errada. E há quem pergunte: "E a seguir a uma crise política o que é que vinha?" Bom, em primeiro lugar, ela, a crise política, já existe, ou ainda ninguém reparou? Com uma agravante, a rotura definitiva entre o povo e a classe política foi agora consumada. Mas isso importa alguma coisa? Claro que não deve importar pois parece que o povo e os seus interesses não são os mesmo do País, ou seja, diz-se querer defender os interesses de um País, cujo povo não faz parte da desses interesses, é assim como que esse povo não fizesse parte do País. Um pouco surreal, mas enfim. De qualquer forma, à pergunta que tenho ouvido e lido como que a justificar uma decisão como a que foi agora tomada pelo CDS/PP: A seguir a uma crise política o que é que vinha? Eu apenas digo que, a seguir, vinha a responsabilidade do PSD de avançar com a sua (dele) política sem arrastar o CDS, e, mais importante que tudo, mas mesmo o mais importante, sem fazer o povo perder a esperança de que nem todos os partidos são iguais e que nem todos os políticos só querem "tacho", dando mostras precisamente do contrário, que ainda há políticos que falam verdade e que actuam em conformidade com o que prometem nas campanhas eleitorais, e que nem todos os partidos só pensam nos seus interesses sem que o povo conte para nada. Assim, não temos crise política, virá mais dinheiro (que nada indicava que não viesse, ainda que houvesse essa tal crise política que, de todas as formas já existe, embora parece que muitos se recusam a perceber que ela já está aí, um pouco como aconteceu com a crise, ela já existia e ainda havia muita gente que dizia que estávamos no paraíso), para continuar a alimentar os custos de um Estado pesado, cujo empréstimo terá que ser pago pelos mesmos de sempre, mas, em contrapartida, não sei se agora é que não vamos ter um caminho que nos vai levar aos resultados que verificamos na Grécia. Se era disso que queriam fugir, enganam-se. Havia uma encruzilhada com dois caminhos, foram escolher o caminho que vai levar ao que se queria fugir. E o meu desejo é que não venha a ser pior que a Grécia. Todos dizíamos e dizemos que não queremos ser como a Grécia e que não éramos como a Grécia, mas nunca nos perguntámos porque é que a Grécia chegou ao que chegou. Julgo não precisar de dar a resposta. Essa, acabamos de a ter aqui. Pela rotura total entre a classe política e o povo com a respectiva falta de esperança num futuro melhor. Espero firmemente estar enganado, mas infelizmente a história mostra-me que não.

terça-feira, 16 de outubro de 2012



E agora é que se queixam?



Alguém geriu mal, não sei bem como, mas permitiram-se uma sucessão sucessiva de asneiras, deixámos que ladrões fossem roubando o Estado em proveito próprio, anos a fio, andámos entretidos, de forma egoísta com a nossa vidinha, muitos de nós, cidadãos, foram dizendo que não queriam saber nada de política, achou-se normal que, mesmo quando haviam fortes indícios de irregularidades, mentiras, enriquecimento em pouco tempo sem justificação, que pendiam sobre certos candidatos nas listas eleitorais, quis-se continuar a votar nos mesmos (Exemplo: Isaltino Morais, entre outros/as), ou, em alternativa, praticou-se a abstenção, voto nulo, voto em branco ( a cama, a praia, a diversão e o passeio eram melhores), achámos natural o empréstimo fácil, mesmo que não se ganhasse o suficiente para se terem certas coisas ( Exemplo: Automóveis novos, e quanto mais caros melhor, férias todos os anos no estrangeiro para depois poder-se mostrar as fotos aos amigos, casas com prestações altas nos melhores bairros porque era mais fino, etc.), e muitos/as que fui conhecendo até se achavam muito espertos por assim procederem, o burro era eu por não querer pedir empréstimos para comprar carros ou casas, etc., (eu ou tinha dinheiro e comprava, ou limitava-me a esperar por ter, trabalhando, honestamente, por isso não sou rico), e claro, não querendo dizer que não mereçamos gastar o que ganhamos, já não vejo que tenha havido o direito de gastar mais do que tínhamos e do que ganhávamos. E foi o que fizemos, não só a nível do País, como a nível pessoal (eu não), mas ninguém se preocupou e até aplaudiu. Foi uma questão de cultura adoptada durante décadas por todos nós, o sonho fácil que nos venderam. Por outro lado, não estivemos muito preocupados enquanto as empresas iam falindo, outras fechavam e iam estabelecer-se, primeiro nos países do leste, depois na China, entre outros lados, os impostos iam aumentando quase todos os anos, a indisciplina nas escolas ia aumentando a níveis nunca vistos, a insegurança foi aumentando sem parecer que preocupasse alguém, a não ser o próprio quando era assaltado, as obras para ganhar votos eram mais que muitas e bem vindas, mas ninguém queria saber como se ia pagar, em contra partida deixámos entrar nos País todo o "gato pingado" sem controlo algum, abrimos as portas a tudo o que era fabricado além fronteiras, mesmo podendo os produtos ser fabricados aqui (até era fino comprar-se lá fora ou comprar o que era estrangeiro, Nova York, Paris, Londres, Rio de Janeiro, Recife, Acapulco, entre outros sítios, eram os ideais para se gastar dinheiro, ah e o Algarve, quando o cinto começou a apertar), quisemos o Euro mas não se fiscalizaram os agentes comerciais na aplicação dos preços, e a inflação disparou, mas também ninguém se importou, foram-se admitindo pessoas na função pública para tentar controlar e mascarar os números do desemprego, também para dar lugar aos "boys", mas sem nos preocupar a competência dos que iam entrando, despedir era coisa de sacrilégio, subir na carreira era uma certeza, bastava andar por lá uns anitos, entre muitas outras coisas que fomos achando natural, ou seja, costuma-se dizer que, depois da casa roubada, trancas à porta e, nessa perspectiva, pergunto eu, e agora é que estamos preocupados porque nos estamos a sentir roubados? Bom, mais vale tarde que nunca, ainda que eu, durante anos, pelo andar da carruagem, já sabia onde isto ia parar, ou como se pode dizer também, já tinha visto qual ia ser o final do filme e, da mesma forma que dantes não pude fazer nada, a não ser falar, agora também não vejo mais solução que ir escrevendo, porque de resto vamos ter que deixar que nos "roubem", ou continuar a que nos "roubem", depende do ponto de vista (por mim, vamos continuar a ser roubados, que nunca deixámos de o ser, andávamos era distraídos), em termos fiscais, porque senão, por muita agitação que queiramos fazer, por muitas greves ainda que previstas nesta Constituição desfasada com a realidade dos tempos, entre outros disparates que sejamos levados a fazer, só vamos contribuir para rapidamente termos uma banca rota, e, nesse caso, antevejo piores situações que este "roubo" a que nos sujeitaram. Mas claro, a quem é que isso importa mesmo? Não sei, mas a mim importa-me, mas isso será por, se calhar, já ter vivido uma guerra colonial e uma civil, em África, e achar que os efeitos imediatos e os colaterais de uma situação dessas, serão bem piores do que aquilo que nos pedem neste "roubo". No entanto, por vezes, perante a inevitabilidade de uma determinada realidade, temos que tomar atitudes, ainda que não sejam as queiramos tomar. Em todo o caso, agora de nada nos serve chorar sobre o leite derramado, ou torcer a orelha para ver se sai sangue, porque ainda que o queiramos fazer, já é tarde. Agora, meus amigos e amigas, estamos nas mãos dos credores e dos especuladores da alta finança, que é o mesmo que dizer, que estamos nas mãos de quem tem o dinheiro. Escolhemos o caminho, ou fomos pondo-nos a jeito, e pronto, foi o que ganhámos. Ou fazemos o que querem, ou de um dia para o outro não vai haver dinheiro para pagar os funcionários públicos, pensionistas, desempregados, entre outros, e eu, que não sou nenhum dos que mencionei, não recebo nada do Estado, não contribuí para esta situação, nunca quis os comunistas, que começaram a estragar o meu País, já faz muitos e muitos anos, era eu ainda um jovem, bom, mas não era nem parvo nem cego, nunca votei PSD nem PS, B.E. muito menos, apesar do que referi, mais uma vez na minha vida, estou e vou, também, ter que sofrer as consequências das asneiras dos outros. Isto é que eu tenho uma sina!!!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012



A NOTÍCIA QUE EU CONTINUO À ESPERA DE OUVIR



Ora bem, a notícia que eu queria mesmo ouvir com as alterações a serem feitas para evitar a TSU e mais aumentos de impostos, seria mais ou menos assim: 

O Governo, depois de um ano de estudos e de investigação sobre o que faziam as Fundações e Institutos e qual o interesse tanto de umas como dos outros, encontrando muitos destes organismos sem qualquer interesse para o desenvolvimento do País, decretou a anulação de todo e qualquer apoio pecuniário que actualmente exista por parte do Estado a essas organizações. 

Com esta medida o Estado espera poupar XXXX milhões por mês. 

Neste mesmo dia, após contas revistas, o Parlamento vai eliminar custos em mais XXXX milhões por ano, cortando nas despesas a,b,c, que são situações perfeitamente dispensáveis, e vai reduzir custos em todas as outras com um melhor racionamento dos meios, o que, segundo cálculos avançados pelo estudo feito, poderá fazer uma poupança de xx milhões de euros por ano. 

O que, somando as duas situações, teremos uma poupança de XXX Milhões por ano.

Também a partir desta data, todos os automóveis oficiais topos de gama, com valores acima de 20.000 Euros, serão postos à venda em leilão, para serem substituídos por apenas alguns imprescindíveis de modelos e marcas muito mais económicos, que não poderão custar mais do que 20.000 Euros cada e só em casos muito especiais. 

Com esta medida espera-se poupar mais xx milhões por mês em gasolina, em motoristas, em manutenção, seguros, etc.. 

Em todos os organismos do Estado, a começar pelo Governo e Presidência da República, passando pelo Parlamento e não esquecendo as autarquias, o Presidente, Ministros, todos os Deputados, Assessores, Secretários, Secretários Adjuntos, Chefes de Gabinetes dos Secretários de Estado,  Vereadores, Presidentes de Câmaras, funcionários superiores, Chefes de repartições, Chefes de Divisões, Directores Gerais, Administradores executivos, Delegados e não só, passarão a ter para os seus gastos, apenas e só o vencimento previsto no contrato de trabalho para a profissão e o cargo inerentes, acabando todos os subsídios, ajudas de custo e outras benesses até à data atribuídas, além do vencimento previsto, em função do cargo que desempenham, sendo que, esse mesmo vencimento, sofrerá durante um período indeterminado, pelo menos até terminar a intervenção da Troika, uma redução de 30%.  

O Estado com esta medida espera poupar mais xxx milhões de euros por ano. 

Com estas medidas não serão necessárias mais medidas de austeridade, poder-se-à disponibilizar dinheiro para a economia, os salários dos trabalhadores não serão mais reduzidos, pelo contrário, vai ser já reposto o poder de compra no principio do próximo ano com um aumento de xxx no salário mínimo e de xxx nas pensões dos reformados. Com esta medida o Governo espera que a retoma do mercado interno se revitalize e comece a ser capaz de aumentar o nº de postos de trabalho e/ou, parar com o aumento dos despedimentos já no próximo ano, invertendo a escalada do desemprego e das falências das empresas. 

Pois, eu sei, estou a sonhar e se calhar até poderei ser chamado de louco. Mas, em todo o caso, queria ver onde anda o HOMEM ou MULHER capaz de cumprir, porque, prometer é fácil, e já houve quem o tenha feito.

domingo, 9 de setembro de 2012


EM HORA DE REFLEXÃO

Não vou querer comparar os nossos actuais e anteriores governantes com Stalin, Hitler, Idi Amin, Mao-Tsé-Tung, Kadafi, Saddam Hussein, entre outros loucos assassinos que este complicado Mundo tem produzido ao longo dos tempos, para que eu ache que possam merecer todos os nomes com os quais, muitos de nós, os temos vindo a brindar. Até de loucos assassinos já li de alguém que, dessa forma exagerada, se referiu sobre os nossos governantes.

E, embora ache que, tal pessoa, tem razão quando diz que os nossos governantes, ao longo das décadas, foram destruindo o nosso País, acabando com as pequenas e médias empresas num sucessivo rol de erros crassos, produto da falta de visão, que acabaram por originar o desemprego sempre em aumento, apenas poderei dizer que, no meu entender, o fracasso em que resultaram as sucessivas governações pós 25 de Abril, se deveu a que, normalmente, e a partir de determinada altura, com mais notoriedade, essas mesmas governações estiveram entregues, nos mais variados âmbitos da governação de um País, como o nosso, a incompetentes, vaidosos, egoístas, a amigos por serem apenas amigos, a licenciados por apenas serem licenciados, a advogados que, na generalidade, de outra coisa nada percebem, a filhos de boas famílias sem experiência nenhuma de vida, a lambe-botas da política e não só, a carreiristas vindos das juventudes partidárias que nada percebem e que ainda, em grande parte dos casos, nem sequer saíram debaixo das saias das mães, ou nem largaram as calças dos pais, não percebendo, também eles, nada desta vida.

Enfim, estivemos entregues a todo um rol de gente sem interesse nenhum para o bom funcionamento das instituições, sem contar com uns traidores pelo caminho e uns vendidos a todos os interesses e mais alguns, excepto os do próprio País, mais uns quantos mafiosos corruptos que formaram quadrilhas ao longo dos anos para defenderem os seus próprios interesses, sendo que, estes, formam um grupo bem mais perigoso que o anterior mas que, ainda assim, não consigo comparar (talvez eu esteja a ser demasiado ingénuo) com outros referidos ao início, de forma a poder apelidá-los, como disse já ter lido, de loucos assassinos.

Obviamente, perante esse assalto ao poder, executado durante décadas, cada vez foi sobrando menos espaço, até que acabou mesmo por não sobrar espaço nem lugar, para os verdadeiros Homens e Mulheres, honestos, competentes, patriotas, etc., ainda que estes e estas, não fossem licenciados, filhos de boas famílias, lambe-botas e carreiristas das juventudes partidárias, o que, perante a existência de governantes, na sua maioria pertencentes ao primeiro grupo, o dos incompetentes e afins, meninos da mamã, etc.,, o segundo grupo, bem mais perigoso, o dos mafiosos, traidores e afins, aproveitando-se do momento e do espaço vazio, criado pela falta de Homens e Mulheres competentes, patriotas, desligados do poder do dinheiro para poderem ser comprados por outros interesses que não os do País, e de outros atributos necessários para uma boa governação, foram ocupando a pouco e pouco, o espaço possível a todos os níveis do Estado, corrompendo aqui, ali e acolá, comprando poder num sítio e noutro, afastando quem podia fazer sombra aos seus desígnios e entrando nos partidos, a partir dos quais se ia tornando mais fácil concretizar os seus intentos, aproveitando os mesmos, os partidos, para se catapultarem na vida política, acabando por afastar os poucos honestos, competentes e patriotas que ainda pudessem haver.

Essa situação, ao longo dos tempos, levou a que cada vez mais, as pessoas honestas se fossem afastando da política, ao ponto de termos nas eleições, um sinal claro disso mesmo, uma cada vez maior abstenção, sem contar que, nos dias de hoje, o respeito pela política e pelos políticos, está num nível que nunca pensei poder ver, o que ajuda também, a quem tenha um pouco de vergonha na cara, que não goste de ser injustiçado e acusado do que quer que seja sem culpa nenhuma, que preze o seu bom nome, a se afastar.

Nisso a nossa imprensa sido uma ajuda fundamental, quando acusa sem provas, deixando a justiça cair na rua, enlameando o nome de quem quer que seja, fazendo precisamente o jogo dos que pertencem ao segundo grupo.

Mas, como sempre ouvi dizer que o mal só vence quando os bons nada fazem, está na hora de todos os que se acham e se consideram gente honesta, anticorrupção, patriotas, que não se deixam comprar pelo poder do dinheiro e que estão verdadeiramente interessados em que isto acabe bem, em que este País tenha uma solução viável para os nossos filhos e netos, como dizia, está na hora de dar um passo em frente, e lutar pelos ideais que defende, em vez de ficar apenas chamando nomes aos nossos governantes e criticar apenas pela critica.

O País precisa de todos os que podem fazer alguma coisa por ele, os nossos filhos esperam que sejamos nós a resolver o que deixamos estragar, e os nossos netos querem ter um futuro promissor que, neste momento, não vejo que possam ter.

Alguém disse: “O Mundo não é uma herança deixada pelos nosso pais, é um empréstimo feito pelos nossos filhos”.

Na óptica desse pensamento, com o qual concordo, não vamos continuar a esbanjar o que os nossos pais deixaram, coisa que já fizemos bem demais. Vamos, neste momento, e já estamos atrasados, começar a gerir bem o empréstimo que os nossos filhos nos fizeram. Eles merecem, o País merece e todos os que virão no futuro precisam que, agora, neste momento, seja feita alguma coisa por eles.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Correcção sobre a notícia relativa ao 
Vereador Hugo Martins da C.M.O.

Afinal, desta vez, segundo notícia ouvida esta manhã, o senhor seguia no seu carro particular. Do mal o menos, como se costuma dizer, mas ainda assim, segundo parece, ficam várias questões nada próprias de quem ocupa um cargo público, assim como, de quem é presidente local da Concelhia de um Partido como o PS, tais como: não ter respeitado um sinal stop, tendo provocado um acidente, ter-se recusado a fazer o teste de álcool e, com se o restante já não fosse suficiente, agressão a um agente da autoridade. A serem confirmadas estas atitudes, mantenho o que já disse, ainda que a justiça possa vir a ser benevolente, se este senhor tiver vergonha na cara, demite-se, e quanto mais depressa melhor. Na minha opinião, este tipo de exemplos não são aceitáveis e não podemos tolerar estas atitudes vindas de quem se propõe nos governar, quer seja numa autarquia ou no governo central, sendo que estamos perante uma reincidência.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Acerca do Vereador Hugo Martins

Sem querer deixar de ser solidário com quem precisa e, neste caso, com alguém que, num momento menos feliz, não se portou bem, quero deixar a minha opinião sobre a situação. Em primeiro lugar, segundo parece, já não é a primeira vez que acontece uma acusação de agressão a agentes da autoridade por parte deste vereador. Em segundo lugar, também parece que, das duas vezes que os eventos menos felizes se deram, ele se fazia transportar num veículo automóvel da autarquia, ou seja, carro de serviço. Em terceiro lugar, a igual que outros, porque ocupa um lugar público, tem por obrigação de dar o exemplo, o que me parece que, pelas notícias que se sabem, não foi, não é e nunca poderá ser, o melhor exemplo. Por fim, pela idade que tem, já tinha idade para ter juízo, uma vez que já não é nenhuma criança, ou, por assim dizer, já não tem idade para se comportar como um adolescente irascível e mal criado. Perante esta minha análise dos factos noticiados, antes e o mais recente, espero que seja castigado de forma a servir de exemplo para quem, ocupando cargos públicos, não julgue, ou continue julgando que tudo podem fazer e que se podem comportar da maneira que lhes apetece, mesmo que essa maneira seja dar o pior exemplo á sociedade em geral. Por outro lado, se aos GNR de Amarante, o Ministério Público recorreu da sentença que os tinha deixado ilesos quanto à acusação de peculato, pelo uso de um veículo de serviço para irem às compras, espero que, neste caso…. Bom, quero ver o que o Ministério Público vai fazer, quanto ao uso do veículo de serviço para outros fins que não os que deveria. Já sem contar com, a provar-se, a alegada agressão a agentes da autoridade. Aguardemos pelo desenvolvimento do caso, para tirar as ilações devidas. Em todo o caso, mesmo que a justiça venha a ser benevolente, quanto a mim, deveria demitir-se e já. Isto se tiver um pingo de vergonha na cara. Não tendo, vai fazer tudo por tudo para continuar agarrado ao lugar, como se a sua vida disso dependesse.

domingo, 2 de setembro de 2012




A propósito da privatização 
ou da concessão da RTP 
ou de outra empresa qualquer 
do Estado.





Como disse há pouco tempo a Ministra da Justiça, e eu estou de acordo, ainda está por provar que o sector privado administra e gere melhor que o sector público. O que acontece, e digo eu, é que no sector privado, ainda que com algumas limitações, se somos confrontados com um incompetente nas nossas empresas, despedimo-lo, enquanto que, no Estado, ao longo dos anos foram ficando, e onde o despedimento, acaba sempre por ser um grande entrave. Sem contar que, na generalidade, nesse mesmo Estado dos dias de hoje, ainda há a filosofia de que as coisas não são para se fazer, são para se ir fazendo. E eu sei do que falo porque, por alguns meses, fui funcionário do Estado, tendo-me despedido por não querer pactuar com essa filosofia, mas muitos dos que nessa altura eram funcionários do Estado, ainda o são, portanto.... Agora o que me parece é que, como em muitas coisas, ainda andamos num processo do 8 ou 80, embora se saiba que no meio é que está a virtude. Quer dizer, depois do 25 de Abril, roubou-se tudo e todos com as nacionalizações indiscriminadas, promovidas pelos camaradas comunistas, invejosos daquilo que era dos outros, à laia do que foi feito em certos países africanos, relativamente com os colonos brancos e com aquilo que era deles, ou ainda à semelhança do que foi feito na Revolução Francesa, uns séculos antes, ou ainda na Revolução dos sovietes de 1917, acabando por se ter destruído o tecido industrial, e não só, do País, ao longo dos anos, e foi o 80. Agora estamos no 8, quer dizer, nada do Estado, tudo privatizado, ainda que tenhamos andado a investir durante anos numa determinada empresa, ainda que uma empresa possa ser rentável, se bem gerida, ou até seja mesmo rentável, o que interessa é privatizar tudo. O que me dá a ideia é que se andou anos e a anos a deixarem-se mal gerir certas empresas, colocando nas administrações delas as pessoas indicadas para que os resultados fossem esses mesmos, prejuízos atrás de prejuízos, ainda que com ordenados fabulosos, para que, com os anos, a sociedade, todos nós, ou pelo menos a maioria, pudesse acabar por estar favorável à concretização de uma política ideológica que se centra na privatização de tudo a todo o custo, da mesma forma que a opinião popular foi orientada, por lavagem cerebral ideológica, para o roubo efectuado pelas nacionalizações de tudo e de mais alguma coisa, pós 25 de Abril. Portanto, na minha opinião, o problema não é se devemos ou não privatizar ou concessionar a RTP, mas sim se o Estado deve ou não ter mão em sectores que poderão ser considerados estratégicos para o País, como a electricidade, os combustíveis, as comunicações e, porque não, a informação. Todas estas coisas nas mãos de privados e apenas de privados, e ainda por cima estrangeiros, não me dá tranquilidade nenhuma, enquanto português nascido neste território à beira mar plantado. Poderá já não constituir problema nenhum para outros que, provavelmente, ainda que nascidos portugueses, não estejam preocupados com a Nação e com o País, ou que estejam vendidos a outros interesses que não os de Portugal e os do seu povo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Acerca do código do trabalho, lembrei-me de uma história:

Há muitos anos, quando esse traidor do Mário Soares nos levou à intervenção do FMI, criei um empresa que chegou a ter 100 funcionários. Essa empresa foi criada do nada, sem contar com empréstimos nem com apoios Estatais. Foi começada apenas com as parcas e escassas possibilidades que eu tinha, juntamente com o meu sócio à época. Anos mais tarde, depois de muito esforço e trabalho, correndo os riscos próprios de quem quer fazer alguma coisa, a empresa funcionava em velocidade de cruzeiro, completamente organizada e com objectivos bem definidos, relativamente ao caminho que pretendia seguir quanto ao seu futuro. Nessa época, um antigo vizinho e amigo de infância, vem a minha casa para interceder por uma pessoa das suas amizades, procurando que eu ajudasse a resolver a difícil e aflitiva situação que essa pessoa amiga vivia, criada pelo desemprego, fazendo o favor de a empregar na minha empresa. Imediatamente me dispus a ajudar, uma vez que sempre gostei de ajudar quem quer trabalhar e, sem mais questões, do tipo religião, raça ou política, pedi que a pessoa se deslocasse aos meus escritórios para entrevista. A entrevista foi feita por mim, e apenas me preocupei em saber, em que é que a dita pessoa podia ajudar na empresa, para saber em que departamento ou secção a podia inserir, e quais as expectativas relativamente ao vencimento, para saber se a podia contratar, assim como, quais as suas necessidades mais emergentes, para saber em que é que a empresa a podia ajudar. Acordados todos os itens necessários e contratada a dita pessoa, a mesma pôs-se, no dia seguinte, a trabalhar inserida numa secção, onde a chefe era uma prima da minha mãe, que tinha ido para a empresa logo nos primeiros meses de existência da mesma. Uns dias depois, uma pessoa da minha confiança, o marido dessa prima, que também estava comigo quase desde o início da empresa, vem ao meu escritório e faz-me a seguinte pergunta: "Oh Armindo, tu sabes quem é que meteste cá dentro"? Admirado por tal pergunta procuro saber a razão da mesma, ao que me respondeu: "Parece-me que terás que estar atento à pessoa que admitiste há poucos dias". Assim fiz, passei a estar atento e acabei por verificar que, a tal pessoa que eu tinha pretendido ajudar colocando-a dentro da minha empresa, e tentando prestar-lhe toda a ajuda urgente, como dinheiro adiantado e compra de passe social, apesar de, na altura, não estar propriamente a precisar urgentemente de mais funcionários, passava o tempo a instigar o restante pessoal a fazer greve, para protestar contra tudo e mais alguma coisa, a começar pelo vencimento que ela própria tinha acordado comigo e que estava acima, embora pouco, do determinado pela lei. Imediatamente dei ordem à secção da contabilidade para fazerem as contas e emitirem o cheque assim como ao departamento de pessoal para fazerem a carta de despedimento e, sem mais conversas, inclusive, sem falar com o advogado da firma, mandei a pessoa embora. Por acaso ainda não tinham passado os fatídicos 15 dias de experiência, o que era notoriamente muito pouco, em que se podia despedir sem mais problemas, mas se eu não tivesse sido avisado a tempo e horas, ou não tivesse prestado a devida atenção ao aviso feito, o tempo passaria e depois já seria uma carga de trabalhos para a despedir, inclusivamente no que se refere a indemnizações e até talvez a ter que ir responder ao tribunal do trabalho. Quer dizer, na minha casa não posso ter apenas quem eu quero e, para não a ter, ainda iria ter que lhe dar dinheiro, ganho com o meu esforço e o de todos os outros que lá trabalhavam. Isso é que era bom. Claro que sei que há patrões/empresários que não merecem qualquer tipo de consideração, que são exploradores e oportunistas aproveitando o problema da falta de emprego para tirarem vantagem dos seus funcionários, mas convenhamos, também há muita gente que se diz trabalhadora, que diz que quer trabalhar, e o que quer é um vencimento ao final do mês e a empresa, o patrão/empresário e até os próprios colegas que se lixem. Contrabalançar os interesses destas duas posições, o de quem quer trabalhar, ou diz que quer, e o do patrão/empresário, ou que se diz ser, é que é um verdadeiro problema de difícil resolução e que, quanto a mim, por muitas reuniões e acordos conseguidos, não vão evitar os conflitos laborais do dia a dia de uma empresa e/ou de um trabalhador. Uma das formas mais fáceis para resolver essas situações é, precisamente, a existência de uma maior oferta do emprego e, para isso, o patronato tem que ter um pouco de liberdade e de tempo para poder decidir quem quer ter dentro de sua "casa", senão, com medo, prefere não arriscar a admitir uma determinada pessoa, que até poderia vir a ser um bom elemento e que, também ela, poderia resolver o seu problema financeiro/profissional começando a trabalhar e a ganhar um ordenado. Para terminar esta história, apenas quero referir que, este episódio, me custou uma zanga imediata no mesmo dia à noite, dentro de minha casa, com o meu amigo, que me foi pedir explicações por a ter despedido e, durante anos, deixá-mo-nos de falar, sendo que, a amizade que existia, nunca mais foi a mesma. 
Armindo Cardoso

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Política económico/financeira de Esquerda 


Os ditos partidos e políticos de esquerda, na generalidade, reclamam mais endividamento do Estado. Achando serem os únicos preocupados com o problema social causado pelo desemprego, reclamam mais endividamento para criar os postos de trabalho que faltam, afirmando que o Estado deve ser o promotor de obras públicas para as quais não existe dinheiro; dizem que se preocupam com o estado da nossa saúde, por isso, acham que tem que haver mais investimento nesse sector, gastando o Estado o que não tem e, em geral, advogam mais gastos em todos os sectores como os transportes, etc., etc., afirmando que é um dever do Estado e que é a única forma de sairmos do estado actual em que nos encontramos. Logo, como não se consegue tanto dinheiro para isso, lá vamos pedindo mais empréstimos e, com isso, lá vamos pagando mais juros o que faz com que, cada vez mais, os impostos tenham que aumentar, entrando numa espiral perigosa, muito perigosa mesmo. Portanto, na minha opinião, está errado, não é por aí. O que esses senhores e seus correlegionários, que tanto atacam o capitalismo selvagem e o sistema financeiro que o suporta não entendem, é que estão precisamente a fazer o jogo desse mesmo sistema financeiro, e do seu "protegido" capitalismo selvagem. O actual Presidente da República Francesa, se seguir nesta senda do que os senhores, ditos de esquerda, advogam, prevejo em pouco tempo, a França a vergar-se perante o sistema financeiro como outros já o fizeram. O sistema financeiro, dominado pelos U.S.A. e seus amigos/parceiros, não querem outra moeda a dominar o comércio Mundial que não seja o Dollar, por isso há que acabar com o Euro. Por outro lado uma Europa junta e unida, também não é útil aos desígnios do capital, se esta - a Europa - não se vergar à sua - do sistema financeiro -vontade. Não tenham os verdadeiros políticos, patriotas e Europeístas, coragem, juízo e não abram bem os olhos, que o nosso futuro será o caminho para uma nova escravidão ou, provavelmente, um retrocesso a uma escravidão à laia do século 19, do tempo da "explosão" industrial. Só não vê isso quem anda distraído ou já está vendido ao poder do sistema financeiro e do seu dinheiro, ou, em alternativa, tem medo de ser mandado assassinar pelos senhores do dinheiro.
Abram os olhos e deixem-se de políticas de esquerdas e de direitas. Aqui só queremos uma política, a nossa, a de Portugal e de seu povo, e, já agora, a da Europa e do seu povo também. E para isso só podemos ter políticas que defendam os interesses dos Estados e que não defendam os interesses do capital e dos capitalistas selvagens, assim como não defendam o sistema financeiro comandado pelos interesses das grandes indústrias e empresas intercontinentais americanas com capitais e sócios chineses. Para finalizar, tenho que dizer que os ditos neo-liberais, a igual que os ditos esquerditas, também não estão a vêr bem a questão, neste caso com a ideia de tudo privatizarem e de tudo entregarem ao poder do sector privado, comandado precisamente pelo tal poder financeiro. As empresas não têm que dar prejuízo só porque estão no sector do Estado e também não vejo qualquer interesse futuro para o nosso País, que se entreguem empresas rentáveis aos "abutres" do vale tudo, porque estes, rapidamente, ficam cegos pelo brilho do vil metal. Expliquem-me qual foi, ou qual será a vantagem de, por exemplo, ter-se vendido parte da Galp ao sector privado? Principalmente recebendo dinheiro roubado a um povo esmifrado pela ditadura de quem se tem servido do poder para se enriquecer a si próprio e à sua família. É que, assim, apenas estamos a contribuir para a existência de falsos políticos e verdadeiros ladrões, que vão enriquecendo à custa dos seus povos e dos recursos naturais dos países que juram defender.

domingo, 27 de maio de 2012


Comportamentos e atitudes




Eu não estou convencido de que todas as medidas de austeridade que nos são impostas sejam necessárias para resolver o nosso problema; não estou convencido de que seja com brutais aumentos de impostos e constantes, pelo menos é o que se tem verificado ao longo dos anos, os impostos sempre em aumento, que o nosso País possa ter um futuro melhor; eu não estou convencido de que penhorar os bens das famílias e das empresas por tudo e por nada, ajude a resolver o que quer que seja, que beneficie o País e o povo em geral; eu não estou convencido de muitas outras coisas sobre as quais tenho falado e escrito, dando a minha opinião e alternativas, mas também não estou convencido de que a forma que muitos escolhem para criticar, quer o Governo na generalidade, quer os seus elementos, mostrando simplesmente uma grande falta de respeito, nos leve a algum lado, especialmente porque, a grande maioria que assim procede, não deixa ideias nenhumas nem alternativas razoáveis e credíveis. Posso me sentir revoltado e indignado, posso achar que estão errados os que nos governam, mas evitarei ofendê-los na sua dignidade e procurarei desviar-me de comportamentos que me possam identificar como mais um, dos muitos que por aí há, que parece nunca terem tido um pingo sequer de educação, daquela educação que habitualmente se chama de berço. Mas paciência de facto tem limites e se me "estala o verniz", ou se fôr suficientemente provocado, também poderei, como pode acontecer com qualquer Ser Humano, perder a noção das boas regras de comportamento. Espero não chegar a esse estado existencial, porque, se lá chegar, será mau sinal e será naturalmente óbvio, sem qualquer sobra de dúvida nenhuma, que estes políticos e suas políticas nos levaram a uma maior desgraça, pelo que poderei estar em "ponto de rebuçado", para defender os meus interesses, os da minha família, os do meu País e os do seu povo em geral, com todos os meios ao meu alcance, mesmo que outro remédio não haja, senão a violência. É que, por vezes, apenas a linguagem da violência é compreendida por quem, no seu egoísmo, fanatismo, ganância desmedida, maldade diabólica, etc., nos provoca uma vida de "inferno".

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A moda da futurologia. 

Diariamente, vou ouvindo certos "iluminados" tecerem previsões sobre a evolução da economia, do desemprego e sobre outros temas que, no contexto do futuro, são, já por si mesmas, imprevisíveis, dadas as circunstâncias que temos vivido nos últimos anos. E são imprevisíveis no que concerne á precisão que querem dar á questão numérica das percentagens relatadas, como se de alguma ciência exacta se tratasse. Não é, por isso, fora do habitual, virem depois, a terreiro, alterar, rectificar, etc., os números anteriormente apresentados. Claro que há coisas que são previsíveis, mas previsíveis se olharmos ao passado e á experiência que se pode aprender com a história, com a qual se pode ainda aprender alguma coisa. E o que o passado e a história me podem dizer, de forma a permitir-me prever alguma coisa, é que, a continuarmos nesta política económica, fiscal, etc., o desemprego vai aumentar, a recessão vai aumentar, a economia vai fragilizar-se, o poder de compra vai diminuir, as falências vão aumentar, as empresas vão deslocar-se mais rapidamente para outras paragens e os nossos jovens vão cada vez mais rumar para o estrangeiro. Quanto a números, a única certeza que tenho, é que 2+2=4 e, apesar de todas as engenharias financeiras que me queiram meter na cabeça, não vão modificar isso, ainda que, por piada, se diga que 2 e 2 são 22. É que, apesar da matemática ser considerada uma ciência exacta, a futurologia não o é. Daí que, se querer prevêr números exactos, percentualmente falando, para o desemprego, para o crescimento económico ou outros do género, só podem dar erro. Por isso, seria mais razoável, perderem tempo com aquilo que é possível prever, ou seja, o aumento do desemprego, seja ele qual fôr, a diminuição do poder de compra, que não é difícil de prever, a derrocada da nossa economia, que há muito se verifica e, com isso, encontrarem meios credíveis e aplicáveis para inverter essa mesma previsão. Bom, já que estes "iluminados" gostam tanto da futurologia, sempre podiam contratar, como consultor/a, um/a qualquer conhecido/a profissional do ramo, por exemplo, a Maia. Podia ser que assim, sempre houvesse alguma possibilidade de acertarem, uma vez que fosse.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

 Sobre o acôrdo 
Sporting / Odivelas F. C.



Sem estar a querer dizer mal por dizer mal, e independentemente se, realmente, o acôrdo beneficia mais ou menos os Odivelenses, o O.F.C, as camadas de jovens desportistas, se é mais ou menos prejudicial, ou se há mais ou menos questões jurídicas que possam ser levantadas com prejuízos que, neste momento, não são quantificáveis, a minha pergunta centra-se no seguinte: 


Sabendo qualquer pessoa, minimamente informada, que a disponibilidade financeira da maioria dos clubes é pouca e, nalguns casos, nenhuma, sabendo que a maioria dos clubes se debatem com grandes dificuldades de liquidez e com cash flow de meter dó, muitos deles vivendo com apoios vários externos aos seus próprios meios de auto-financiamento e, sendo o Sporting um clube que se insere nesse grupo de clubes com dificuldades financeiras, falta de liquidez, baixo cash-flow e dificuldades de auto-financiamento, como é que se pode fazer um qualquer tipo de acôrdo em que estão previstos investimentos de vários milhões de euros? É, no mínimo, arriscado. 


Mas como já sabemos que quem paga os erros dos políticos nunca são eles, é sempre o povo, óbviamente que que se der problema, alguém vai cá estar, num futuro qualquer, para pagar, menos os que cometeram o erro. 
Esse é sempre o nosso drama de cidadãos, que elegemos os políticos para defenderem os interesses da nossa terra, país ou região. 


Em todo o caso, espero que me engane, pois não desejo mal a ninguém, mas que o bom senso aconselhava a não avançar com o dito acôrdo, lá isso é verdade. 
Geralmente eu pago do meu bolso os erros que cometo, e sempre paguei os erros que cometi e, pior que isso, sou obrigado a pagar os erros cometidos por outros, e será talvez por toda essa experiência passada, que eu acabe por ter uma sensibilidade muito diferente quanto à existência de uma qualquer possibilidade de serem cometidos erros. E este é um desses casos.

quarta-feira, 25 de abril de 2012



Em tempo de comemorações.






Hoje comemora-se a revolução dos cravos levada a cabo de 24 para 25 de Abril de 74. Passaram várias décadas, e não querendo comparar o que não é comparável, ou seja, uma vivência numa qualquer ditadura, ainda que a nossa não fosse pior nem comparável com a de Hitler, ou a do Pinochet, ou a de Mao Tsé Tung, ou a de Stalin, entre outras, e uma Democracia, ainda que a nossa não tenha chegado ao estado da Americana, que, na minha opinião, não é exemplo para nenhuma Democracia, fico-me apenas por comparar o que é comparável. E nesse contexto permito-me comparar as seguintes situações:

1 - Segurança Interna - No tempo antes do 25 de Abril e apesar da guerra Colonial, vivia-se com maior segurança pessoal e não era raro poder-se andar nas ruas até altas horas sem medo de se ser assaltado, era raro ouvir-se falar de assaltos ao comércio. Hoje vive-se numa ditadura de medo e o comércio em geral quase todos os dias contam com assaltos muitos deles violentos.

2 - Educação - Antes do 25 de Abril respeitavam-se as pessoas mais velhas, os pais, os professores, as autoridades, o País, a nossa história, a religião católica. Os jovens eram mais bem preparados com conhecimentos gerais. e não só. para enfrentarem uma vida profissional. Hoje vive-se num facilitismo e laxismo geral quanto à disciplina e quanto a conhecimentos dos estudantes tendo-se confundido liberdade com libertinagem.

3 - Obras Públicas - Foram várias a que foram feitas e não as vou mencionar, mas foram muitas e nem por isso, apesar da guerra, endividámos o País.

4 - Política interna - Se bem que não havia liberdade para todos se poderem expressar, a verdade é que os políticos antes do 25 de Abril, que eu saiba, não enriqueciam ao passar, quer pelo Parlamento, quer pelo Governo, nomeadamente Salazar, depois de tantos anos no poder, morreu sem fortuna própria. Hoje, todos se encheram, uns mais que outros, por apenas terem passado, ou pelo Governo ou pela Assembleia da República.

5 - Política externa - Ainda que antes do 25 de Abril estivéssemos um pouco isolados de grande parte dos países da Europa e nos condenassem na ONU pela guerra do Ultramar, a verdade é que tínhamos uma palavra própria que era ouvida. Hoje andamos a reboque da palavra do outros.

6 - Economia - Antes do 25 de Abril, tínhamos uma moeda forte, uma economia que se expandia e desenvolvia sustentadamente, apesar de se ter saído de uma banca rota deixada pela 1ª República, o Banco de Portugal estava cheio de ouro que sustentava a nossa moeda. Hoje vivemos da caridade da Europa, endividados, endividamento esse que vai durar várias gerações, já não temos moeda própria e o ouro, segundo sei, já quase que não existe, se é que ainda existe algum.

7 - Emprego- Se bem que antes do 25 de Abril, durante muitos anos a imigração era obrigatória para quem não tinha trabalho no nosso país, a verdade é que podíamos escolher ir para as nossas províncias Ultramarinas onde não faltavam oportunidades. Por outro lado, não esquecer que se estava lutando com as consequências provenientes, quer da 1ª República, quer da 2ª Guerra Mundial que, tanto uma como outra, complicou a vida deste nosso povo. Hoje, depois de uns anos de ilusão e de mentiras, os nossos jovens estão a ser obrigados a imigrarem para procurarem meios de subsistência e não podem escolher outra coisa, senão o estrangeiro.

Fico-me por aqui, porque, de comparações que não valem a pena fazer-se, já que, para o passado não se pode ir, já chega. Apenas desejo que se aprenda com os erros do passado, mas parece-me que cada vez se cometem mais. Ou seja não se aprendeu nada. Por outro lado desejo que não se fale só daquilo que era mau antes do 25 de Abril, mas que, a bem da nossa história futura e da verdade, se fale daquilo que foi bom, dentro das limitações a que o País, desgastado pela 1ª República e pela 1ª Guerra Mundial, podia fazer no Estado Novo, que também teve que passar pelas privações provenientes da 2ª Guerra Mundial, sem contar com os problemas ocasionados, ainda que poucos, com a guerra civil Espanhola, e a insurreição nas Províncias Ultramarinas. apoiada pelos países que queriam correr com os portugueses, para que esses territórios entrassem na esfera da sua influência, tirando todos os proventos que daí pudessem retirar. Liberdade sim, libertinagem não. Democracia sim, oportunismos não.