terça-feira, 7 de setembro de 2010

Notícia do Público no dia 7 de Setembro de 2010 na página do Facebook:

Moita Flores quer reunir 100 mil assinaturas em defesa da tourada

Francisco Moita Flores quer recolher 100 mil assinaturas até Julho de 2011, contra "os talibãs que em nome dos direitos dos animais procuram destruir os animais, a economia que os sustenta, além da cultura a eles imanente".

Meu comentário:

Que ele consiga recolher as assinaturas, não é coisa que me estranhe. O que de facto me estranha é saber que, perante uma divisão de opiniões como a que existe, entre os que apoiam a tourada e os que acham que ela devia acabar, não se promovam debates, - como agora é hábito fazer para tudo - e se possam explicar as razões de uns e de outros, em vez de, cada parte se fechar nos seus radicalismos fundamentalistas á boa maneira dos que se acham donos da verdade. Por mim seria interessante assistir a um debate com as pessoas mais conhecedoras dos motivos de cada parte e entendidas na matéria. Por mim penso que, se fossêmos pela teoria da tradição, então ainda a esta hora seria razoável assistirmos a espectáculos com cristãos nas arenas a serem comidos por leões, ou então ainda tinhamos gladiadores a matarem-se uns aos outros para deleite da multidão, ou se enforcavam os delinquentes ou ainda se lhes cortavam o pescoço, tudo coisas muito tradicionais em seu tempo. Por outro lado, se a tradição de um País, pode ficar abalada pelo simples facto da existência ou não de um evento como a tourada, triste e pobre é a sua cultura que nada mais tem para se fazer valer dos seus costumes e tradições culturais. Quanto á questão posta por quem defende as touradas que a preservação do touro depende muito da tourada, então mal vai o tigre, o leão, o elefante e muitos outros animais que á priori para nada servem, sendo por isso dispensáveis. Nem sei bem até se o ser humano, em conformidade com a sua própria natureza egoista, malvada, de coração gelado e despida de sentimentos criando tantos males neste Mundo, a ele próprio como ser humano bem como a toda a natureza que o rodeia, não poderá também ser dispensável num futuro breve.

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