terça-feira, 5 de outubro de 2010

Post de Nuno Melo na sua página do facebook a 5/10/2010:

Acabo de ouvir num canal de televisão, que Alfredo Costa e Manuel Buiça, regicidas que mataram em 1 de Fevereiro de 1908 o Rei D. Carlos I, e o Príncipe D. Luís Filipe, são heróis da república.

Julgava-os apenas assassinos, que num momento e numa conjuntura específica, atentaram contra a vida do Rei, soberano legítimo de Portugal e do Príncipe herdeiro, como tal reconhecidos à época, no plano interno e no plano internacional.

Mas pelos vistos não.

Em heróis deste calibre, e nas virtudes que lhes descobrem, celebra-se a 5 de Outubro de 2010 o centenário da implantação da república.

Suponho que diz tudo dos tempos que correm. E do que dão que pensar !
Por:Nuno Melo

Meu comentário:

Esta República está podre porque assenta em pressupostos que não foram cumpridos. A República é implantada sobre o assassinato do chefe da Nação - o Rei -, cujos assassinos são considerados heróis como se o nosso Rei fosse algum traidor ou um estrangeiro invasor. Foi prometida a Democracia mas ela não existiu, o que existiu foi anarquia. O Estado Novo, depois de ter tirado o País do descalabro financeiro em que os actos dos tresloucados republicanos da 1ª República tinham posto a Nação Portuguesa, não soube modernizar-se e reformar-se a tempo de evitar a necessidade de uma revolução. O 25 de Abril trouxe a Portugal uma esperança que está morrendo a cada dia que passa por via do não cumprimento de promessas, tendo como sua atitude mais notória a entrega fácil e a troco de nada de 500 anos de História de África ao comunismo Internacional e ao capitalismo selvagem apátrida das coorporações estrangeiras bem como a sua - das Províncias Ultramarinas - entrega a lideres e movimentos/partidos que têm explorado o seu povo, empobrecendo aqueles que precisamente e supostamente estavam a defender da "exploração" praticada pelos portugueses. Ou seja, "estou confuso" - claro que não estou -, já não sei em que valores reais se fundamentam para comemorar esta República. Por mim continuo a comemorar a Independência de Portugal, quer a de 1143 legitimada pelo tratado de Zamora, quer a de 1640 marcada com a morte do traidor Miguel de Vasconcelos e a fuga da Duquesa de Mântua, representante do Reis Espanhóis da época. É com esse País que eu me identifico e não consigo me identificar com uma República que apenas em 100 anos só soube viver de revoltas e golpes de Estado, na troca de oportunistas nas cadeiras do poder, em Ditadura e depois, apesar de tudo isso, como se não bastasse, ainda quase que conseguiu destruir practicamente oitocentos anos de história de uma Nação, sem contar que, após o 25 de Abril deu cobertura á irresponsabilidade governativa que resulta no estado actual da Nação.

Armindo Cardoso

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