terça-feira, 5 de outubro de 2010

Resposta ao comentário de Paulo Jorge Ferreira na página do Facebook de Manuel Aranha sobre Monarquia e República.
5/10/2010

Caro Paulo, todas as revoluções ou mudanças que são feitas num pressuposto de melhoria de vida para o povo, que não se concretiza, e de promessas não cumpridas, pode-se dizer que são impostas. Foi o caso da implantação da República. Após a implantação do novo regime, verificou-se que muitas das promessas feitas, que suspostamente deviam justificar a queda da Monarquia, não foram cumpridas. Instalou-se o caos, a penúria financeira e a desorientação total até ter chegado o Estado Novo. Foram mais de duas décadas de absoluto inferno que a República trouxe á Nação e ao País. Aproveitando a insatisfação geral provocada pelo desgaste da guerra colonial, veio o 25 de Abril com mais promessas para justificar o acto e, 36 anos depois, parece que estamos a chegar ao estado em que nos encontrávamos no princípio da República. Será que não podemos considerar que nos foi imposta uma mentira? Para finalizar, a questão não passa pela discussão da Monarquia versus República, mas sim por melhores ou piores políticos e governos. Não acha que se o problema fosse a Monarquia, os Países que hoje são considerados, socialmente, os mais evoluídos, já não teriam Monarquia? A Espanha desde que voltou á Monarquia, não deu sinais de piorar, pelo contrário, melhorou e muito relativamente a Portugal, mesmo anos depois do famoso 25 de Abril que, supostamente, nos iria tirar do atraso em que se dizia que o Estado Novo nos tinha deixado. Mas se bem sabe, foi Salazar que trouxe o equilíbrio das finanças públicas e o crescimento da nossa economia sem precisarmos das esmolas da Europa. Mais, ficou no governo anos a fio sem enriquecer e sem mudar de carro, coisa que os novos aprendizes de políticos desta República não aceitam como exemplo de um patriota que só pensou na Nação e no País e que não se quiz deixar vender e vergar á vontade, quer do capitalismo internacional americano, quer do comunismo internacional da Rússia. Coisa que os vindouros, pós 25 de Abril, deixando-se comprar por interesses pouco claros, rápidamente fizeram a entrega das Provincias Ultramarinas ao controle do comunismo internacional, a troco de nada, estando agora as mesmas entregues ás grandes empresas capitalistas internacionais apátridas e aos senhores corruptos que as governam. Portanto, mais uma vez digo que a discussão não se prende por República ou Monarquia, mas sim da qualidade e competência de quem nos governa. Para mim, neste momento qualquer dos regimes servia, desde e quando tivéssemos patriotas competentes á frente dos desígnios da nossa maravilhosa Nação Portuguesa. E já agora, não estamos a falar de meia dúzia que vêm a Monarquia como alternativa a este estado actual. Se não há medo, porque não se deixar fazer um referendo? Eu por mi estou completamente á vontade e quanto aos outros, estarão? A Democracia não é isso mesmo, deixar o povo expressar a sua vontade?

Armindo Cardoso

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