sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012



CONFERÊNCIA SOBRE NATALIDADE
NASCER EM PORTUGAL


O nosso Presidente Cavaco Silva, promoveu uma conferência sobre natalidade com o título Nascer em Portugal. Acho muito bem que se preocupem com o tema. Mas teria achado muito melhor que se tivessem começado a preocupar há muito mais tempo. Eu, pessoalmente, que não tenho voz mediática, nem sou nenhum dos considerados "iluminados" que nos têm governado, há muito que alertei e falei no problema, ou na parte do problema que inseri no contexto do problema geral da família. Já lá vão 6 anos quando escrevi inserido num texto mais amplo, claro que se escrevesse hoje, algumas alterações seria normal existirem, o seguinte:

3 – APOIOS Á FAMÍLIA

Apesar de não estar de acordo com alguns subsídios que são dados por tudo e por nada como por exemplo: Se chove demais há subsídios, se chove pouco há subsídios, se há doenças no gado ou na criação há subsídios, se não se pode trabalhar há subsídios, toma lá subsídios para deixar de pescar, enfim, há subsídios para todos os gostos, eu até começo a pensar que o Estado é uma grande companhia de seguros, dá cobertura para todos os riscos até para aqueles que nós consideramos de desastres naturais, ou ainda, para aquela doença muito comum e cada vez mais generalizada, a preguicite aguda, que é, como todos sabem, difícil de curar. Pois bem, como eu dizia, apesar de não estar de acordo com a aplicação de alguns subsídios, não poderia estar mais de acordo com um que visasse o apoio á família e em concreto às mães deste pais que tratam dos seus filhos que são o futuro da nossa Nação.

Seria particularmente útil á Nação que se criasse um subsídio às mães que, por opção, quisessem tomar conta dos seus filhos menores, pelo menos até á idade escolar, não é novidade, no Canadá e na Inglaterra já o fazem há muitos anos, aqui em Portugal já houve um autarca que, com os poucos recursos que tem, já começou a ver aquilo que os políticos, em geral, parece que ainda não viram e começou, a subsidiar as famílias que vão para o seu concelho ter os filhos e estabelecer-se. É claro que, só isso, não chega. Teríamos que na mesma resolver o problema das escolas. Não vamos resolver o problema do envelhecimento da nossa população com leis a estimularem quase por decreto, que as mulheres se demitam da sua condição de mães para passarem a ser trabalhadoras assalariadas ou empresárias a tempo inteiro e que, até é bem visto, por opção profissional ou outra qualquer, no prazo permitido por lei possam abortar e mais, que o homem até nem tem nada a ver com isso, o corpo é delas e só a elas é que diz respeito, pois claro... e o desgraçado do bebé que está na sua barriga que não se pode defender, ninguém quer pensar nele? Pois por isso mesmo, e para haver o mínimo de desculpas para tão vergonhoso acto, é que eu digo que se deve apoiar a família e em particular as mães com subsídios próprios á natalidade e á sua opção de ficar em casa a tomar conta desse mesmo filho. É compreensível que uma mãe, que tenha um marido que ganha pouco, ou que tenha sido abandonada pelo marido ou pelo pai do futuro filho, se sinta tentada a abortar assim que saiba que está grávida, é compreensível mas não é aceitável, portanto, em vez de se andar a discutir se se deve despenalizar ou não o aborto, porque não criar então condições reais e concretas a esta e a outras mães para que possam ter e criar esses filhos? Não era mais inteligente?

A médio prazo resolveríamos o problema do envelhecimento da população com o consequente benefício para a segurança social no futuro através do aumento da população activa e ainda íamos conseguir que essas mães pudessem acompanhar mais assiduamente os seus filhos, pelo menos nos primeiros anos de vida escolar, de forma a poderem participar mais com a direcção escolar e intervir mais na educação dos filhos.

Também por isso, a médio prazo, iríamos ter benefícios porque, se as crianças crescerem mais acompanhadas pela família em geral e neste caso em particular pelas mães, teremos seguramente menos criminalidade juvenil e, a que houver, poderá ser muito mais rapidamente detectada, a fim de se poder desenvolver as acções de acompanhamento psicológico adequadas á situação, logo, também iria contribuir, a médio prazo, para a desagregação dos gangs que agora já são compostos por cada vez mais jovens criminosos, de menor idade.

Os jovens são o futuro da nação, em vez de os deixar-mos abandonados e porque o Estado não pode fazer de mãe e de pai deles todos, será melhor apoiar-mos convenientemente as mães deste país, que de facto o queiram ser, para que possam educar e fazê-los crescer adequadamente.

Eu sei que nem todas as mulheres querem ser mães, também sei que nem todos os homens querem ser pais, mas se os gays proclamam por reconhecimento e se se acham no direito de terem apoios para se casarem uns com os outros, em que sociedade é que eu vivo, que está preocupada com estes assuntos e está deixando as mulheres, que o querem ser através da maternidade, a serem mães escravas do trabalho e, ao mesmo tempo, a terem de cuidar dos filhos, filhos esses que elas às vezes quase nem vêm?

Quando há problemas nas escolas o normal é chamar os pais, na maioria dos casos não aparecem e, quando aparecem, vem a mãe porque, o pai, muitas vezes, não está ou ficou a trabalhar até mais tarde e, claro, como resultado, temos as crianças abandonadas e sem um seguimento familiar.

Se continuarmos assim a geração futura irá culpar-nos pelo agravamento que a nossa sociedade vai ter nos próximos anos em questões como segurança, criminalidade e abandono escolar para mencionar os mais óbvios.

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