sábado, 17 de agosto de 2013

SERÃO SUFICIENTES?

O egoísmo natural do Ser Humano, leva a que, muitas vezes, no decorrer de trocas de opiniões sobre o estado actual do País, ouça dizer o seguinte: "Com o mal dos outros posso eu bem". Na realidade, não é que eu não concorde. De facto, com o mal dos outros.... Mas ainda assim denota uma grande insensibilidade relativamente a quem está sofrendo demais com a situação que foi criada em Portugal, mais a mais que, na quase totalidade dos casos, quem assim fala, normalmente tem emprego com vencimento, reforma que não a deixa passar muito mal e demais condições que lhe permitem estar numa situação invejável para muitos milhões de pessoas que actualmente estão sofrendo as agruras do que os políticos em geral fizeram a este nosso querido cantinho à beira mar plantado. Custa-me ver e ouvir, de quem tem ainda razoáveis vencimentos, que têm trabalho, ainda minimamente assegurado e remunerado, quer na função pública quer no privado, andarem por aí sempre a queixarem-se que ganham pouco, que está tudo difícil, que não têm para isto, nem para aquilo (assim como quando ouvimos o Sr. Cavaco Silva que, por acaso, é o nosso distinto Presidente, queixar-se que o que ganhava já quase que não dava para pagar as suas despesas), estão a ver o género, não estão? Mas depois encontra-mo-las, essas mesmas pessoas, com bons carros, nas compras, gastando o que querem e o que podem a comerem em restaurantes, a irem passar férias onde quer que seja (como a outra que foi para a comporta brincar aos pobrezinhos), nos cafés, esplanadas e jardins ou nas filas da Segurança Social, de cigarrito na boca e télélé nas mãos, mas acabo por compreender, que são as que mais falam mal do País, e mais protestam contra as medidas que somos obrigados a ter que tomar, devido à incúria e má gestão dos políticos que passaram pelas diversas governações, esquecendo-se dos que já estão sem casa, sem emprego, sem receberem qualquer subsídio mas que, ainda assim tentam e continuam e querem continuar a tentar, em vez de tanto protestarem e de mal dizer de tudo e de todos, conseguir fazer alguma coisa de útil, por eles, pelas suas famílias e pelo seu País. Não são as greves de funcionários públicos, nem os protestos de quem come do orçamento de Estado que vão levantar e salvar este País da ruína, são todos os que, como atrás referi, arregaçam as mangas e vão à luta. Por isso, deixo aqui um grande bem haja e o meu respeito, a todos os que, estando em grandes dificuldades, sejam elas quais forem, desemprego, falta de habitação, falta de dinheiro, etc., sem qualquer ajuda do Estado, mas com o mesmo Estado atrás para lhes tentar ainda cobrar/sacar/roubar o que quer que seja, a título do que for, ainda conseguem arregaçar as mangas e continuarem a seguir para a frente, em vez de passarem a vida a protestarem e a queixarem-se, pois será com esses que o País poderá contar para se afastar do abismo para onde está prestes a cair, e não com todos os demais. A minha pergunta é: Serão suficientes? Sinceramente não sei, mas tenho esperança que sim.

Sem comentários:

Enviar um comentário