Reflexões sobre política Nacional
Tenho assistido aos vários discursos, comentários e opiniões dos diversos actores políticos e comentadores, quer a nível nacional quer a nível local, bem como tomadas de posição oficial dos diversos partidos referentes aos mais variados temas da actualidade Nacional.
Tenho assistido aos vários discursos, comentários e opiniões dos diversos actores políticos e comentadores, quer a nível nacional quer a nível local, bem como tomadas de posição oficial dos diversos partidos referentes aos mais variados temas da actualidade Nacional.
Como tal, tenho vindo a observar, desde há muito tempo, aquilo que me leva agora a escrever estas linhas e que é um partidarismo ideológico, muitas vezes conotado com o fanatismo, na maioria das vezes observado nas diversas intervenções de que falo.
Como o exemplo vem de cima, ou seja da Assembleia da República e do Governo, não será de estranhar que a outros níveis de discussão política se proceda de igual modo e, às vezes, até de pior modo.
Na última transmissão da Odivelas TV sobre desemprego e desenvolvimento económico, bem como em alguns dos outros programas de entrevistas e de conversas políticas a que de vez em quando dou uma “olhadela”, ou melhor dito, “ouvidela” observo que, os exemplos do que é uma má política, se têm vindo a desenvolver cada vez mais no nosso seio cívico e político – um bom exemplo do que falo é o que se tem vindo a passar nas Assembleias de Freguesia da Póvoa de Santo Adrião -.
Parece-me que, para algumas pessoas, a boa política é aquela que se faz nas acusações de parte a parte, nas ofensas gratuitas e depois, parece-me que anda por aí muita gente preocupada, exclusivamente, com o ter os seus 5 minutos de fama, em vez de discutirem as ideias, livres de quaisquer condicionalismos ideológico - partidários.
Julgam eles, e a comunicação social por vezes ajuda a isso, que, para serem notados, têm que gritar, provocar, dizer mal de quem quer que seja, criticar tudo e todos, acusar mesmo que seja sem provas, ficando tudo no campo da dúvida.
Por outro lado, falar sobre o passado só serve se, com ele, se aprende algo.
Parece-me a mim, no entanto, que, mesmo os novos intervenientes políticos que querem e estão a aparecer, já vêm com os defeitos que se encontra em quase toda a classe política deste País e, infelizmente, não só neste País.
Se esta fosse a melhor maneira de fazer política, não tínhamos um crescente número de abstenções quando chega a hora das eleições.
Alguém por acaso pensa porque será melhor, por exemplo, ficar em casa num dia de chuva, ou ir para a praia no Verão no dia das eleições, em vez de ir votar?
Para mim é claro, os políticos estão a fazer um mau trabalho e mais grave ainda, parece que não querem entender os sinais que a sociedade lhes dá.
Por isso, continuam a julgar que as boas práticas políticas são as do confronto pessoal, as da defesa dos interesses ideológicos que se põem em primeiro lugar, desvalorizando o conceito do interesse Nacional, é o gritar mais alto que o adversário, é na ofensa que se ganha preponderância; é uma lástima esta forma de fazer política.
Quanto á população em geral e no que a mim me parece, o que interessa são as discussões das ideias, o que interessa é saber as opiniões que cada um pode ter para tirar este País do fosso para onde caminha.
Quanto ao desemprego já sabemos que é preciso ajudar quem está desempregado, mas não por isso temos que pagar para quem nada quer fazer.
No entanto o que é preciso saber é o que se deve fazer para rapidamente tirar o maior número de pessoas do desemprego. Essas são as ideias que nós todos queremos ouvir, o resto é “balelas”.
E onde estão essas ideias? Mal se começa a falar, alguém interrompe para criticar, tendo como objectivo a defesa das ideologias do seu partido, seja ele qual for.
È claro que eu tenho algumas respostas e já há muitos anos, mas gostaria de ouvir muitas mais em vez de ouvir essas defesas, raiando o fanático, das ideologias políticas.
Quanto às obras públicas já sabemos que não devemos avançar com o que está previsto, mas então que alternativas?
Eu tenho, mas também gostava de ouvir outras ideias livres de condicionalismos partidários.
E quanto ao desenvolvimento económico?
Será que também são precisos os partidos e as suas ideologias para se terem ideias sobre qual será a melhor maneira para se conseguir esse desenvolvimento?
Claro que não, apenas precisamos de bom senso, que é o essencial para se praticar uma boa política e que é coisa que tem faltado ultimamente por todo o lado.
Em primeiro lugar devemos pensar no País e no seu povo e depois então nos partidos e não ao contrário e muito menos em aproveitarem-se quer dos partidos ou do que seja para conseguirem aquilo a que eu chamo dos seus 5 minutos de fama.
Viva Portugal.
Escrito a 8 de Maio de 2010-05-08
Armindo Cardoso
Presidente da C.P.C.
Presidente da C.P.C.
do CDS/PP de Odivelas
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