Resposta á crónica de Carlos Manuel Castro saída no Jornal de Odivelas na edição de 15 de Outubro de 2009 e que o Jornal de Odivelas não quis publicar.
Em relação ao conteúdo da crónica acima mencionada, o Sr. Carlos Manuel Castro poderá ter mais ou menos razão nas afirmações que faz em geral, mas numa de certeza não tem e que é na seguinte afirmação: “Hernâni Carvalho, liderando as formações de direita, surgia com uma aura de dinamismo, mais por força do mediatismo pessoal do que pela razão de conteúdo programático, como se verificou ao longo da campanha eleitoral”.

Com esta afirmação o cronista denota uma falta de conhecimento real sobre as matérias programáticas levantadas durante a campanha da coligação “Em Odivelas primeiro as pessoas” e que eu aconselho a informar-se, assim como, parece querer chamar de ignorantes aos 22.747 eleitores, (o Partido Socialista só teve mais 1.190 votos, segundo os dados oficiais), que apostaram e acreditaram nessas ideias programáticas.

Uma coisa é gostar mais deste ou daquele programa, outra coisa é defender o conteúdo de um e dizer que, no outro, falta razão no conteúdo programático. E para que não julgue linearmente os resultados das eleições, olhe bem para os números das eleições de 2005 e os destas eleições e perceberá que o partido Socialista só ganhou por ter havido uma transferência massiva de votos da CDU directamente para apoiar a eleição de Susana Amador num claro voto útil e, ainda perceberá que, no conjunto das forças da coligação houve um aumento de votos o que aí sim poderá ser resultado da figura de Hernâni Carvalho ser conhecida da população de Odivelas, mas não só do tal mediatismo que lhe associa, mas sim por ele ter nascido e ter sido criado na sua juventude aqui no concelho de Odivelas.

Quanto ao projecto liderado por Susana Amador ser o único que mobilizava os Odivelenses mais uma vez tenho que lhe dizer que lhe falta conhecimento de causa (atrás já referi os números de votos), pois se vê que não assistiu aos diversos encontros levados acabo pelo candidato Hernâni Carvalho e também não assistiu às arruadas feitas durante a campanha em que se percebia perfeitamente que as pessoas acreditavam no programa que o Sr. diz não ter sido a razão do seu conteúdo que moveu as pessoas.

Em todo o caso, durante estes próximos 4 anos de mais uma gestão Socialista veremos o que não será cumprido e cá estaremos para julgar essa mesma gestão. Mas não se esqueça de uma coisa, não há liberdade democrática se não houver segurança, não me interessa ter jardins e espaços verdes se os não puder utilizar por medo da criminalidade e estar sujeito á ditadura desse medo, não me interessam esses locais se souber que ainda estão pessoas a dormir no meio da rua e a passar fome, não me interessa dar casas a todos se verifico que essas mesmas casas são mal estimadas e destruídas e por vezes até são entregues a quem menos precisa delas ou, pura e simplesmente, não quer trabalhar contribuindo de qualquer maneira para o bem comum, em detrimento de quem mais precisa, não me interessa que haja um tão propalado dinamismo na educação se ainda há alunos que não têm uma refeição quente por dia em condições e faltam livros escolares a quem não os pode comprar sem contar com as salas cheias, a falta de vigilância, o aumento da insegurança dentro e fora das escolas, etc., etc..

Muito mais havia por dizer, em relação aos jardins-de-infância, aos lares de idosos, á mobilidade dos deficientes, ao estacionamento, ao funcionamento dos centros de saúde, ao imposto do I.M.I., aos serviços dos SMAS, á polícia Municipal, á videovigilância, às esquadras da polícia e à falta dela, á criação da Divisão da P.S.P., a mais policiamento de proximidade, enfim, como disse, muito mais havia por dizer, mas fico-me por aqui.

Armindo Cardoso