Texto escrito a 13 de Março de 2010
Andaram a brincar com a segurança dos nossos filhos.
Foram vários anos a falar sobre a segurança, a educação, sobre segurança dentro e fora dos estabelecimentos escolares; Ficava perplexo por ouvir dizer, sempre que acontecia qualquer novo caso relacionado com o tema, que eram apenas casos pontuais e que, a taxa percentual de acontecimentos de indisciplina e de violência no universo escolar estava abaixo, relativamente, ao que se verificava noutros países da Europa.
Andaram a brincar com a segurança dos nossos filhos.
Foram vários anos a falar sobre a segurança, a educação, sobre segurança dentro e fora dos estabelecimentos escolares; Ficava perplexo por ouvir dizer, sempre que acontecia qualquer novo caso relacionado com o tema, que eram apenas casos pontuais e que, a taxa percentual de acontecimentos de indisciplina e de violência no universo escolar estava abaixo, relativamente, ao que se verificava noutros países da Europa.
Que pena a segurança e bem-estar dos nossos filhos, não tenham sido mais do que números e taxas percentuais, para ficarem bem nos discursos políticos de ocasião.
Hoje vejo, finalmente, uma Ministra, ainda que de um Governo PS, a admitir a existência dos problemas (só se pode emendar um erro ou resolver um problema, se tivermos a consciência de que ele existe) e que vai tomar providências para inverter a escalada de violência, anunciando, sem mais demoras, algumas medidas, ainda que, pelo menos por agora, somente medidas avulsas.
Infelizmente, não posso deixar de referir que, só acontece agora, depois de ocorrerem duas mortes, com as quais, estão relacionadas suspeitas sobre o Bullying, já há muito denunciado, mas que, só quem sofria os seus efeitos, é que ansiava por uma solução rápida.
Já há muito tempo que se sabia que não se estava a falar de casos pontuais, eu pelo menos sabia. Desde que me filiei no CDS/PP, e já lá vai mais de uma década, que este tem sido dos temas que nos tem preocupado e que tem levado o CDS/PP a levantar questões e a apresentarmos propostas embora, infelizmente, nunca ouvidas com a seriedade que se impunha.
Era mais fácil, e dava mais notoriedade pessoal e política, discutir-se outros problemas, mesmo que fossem fracturantes para a nossa sociedade, em vez de se ocupar o tempo, a discutir um problema que afecta todo o âmago da nossa existência, enquanto sociedade virada para o futuro do desenvolvimento da Nação Portuguesa.
Era preferível arranjar qualquer pretexto, para pôr a generalidade dos portugueses contra a classe profissional de professores.
Os agressores é que eram os coitadinhos, tanto aqueles que agrediam física como os que, verbalmente agrediam os colegas ou professores; Coitadinhos… era preciso dar-lhes apoio psicológico, mas o que se verificava, e desde há muito denunciado pelas associações de pais, é que esses jovens não apareciam e até nem queriam/desejavam esse apoio, inclusivamente, muitos pais até achavam mal esse apoio para os filhos deles, no entanto, os que eram afectados pelas atitudes desses jovens é que acabavam por precisar do apoio psicológico, mas claro, se usavam esse apoio, não faltava, da parte de alguns colegas, quem os diminuísse na sua condição de ser humano e, o mais grave, é que, não tendo a escola poderes e não sendo a autoridade dos professores reconhecida, dava o direito, com essa desculpa, a que a maioria dos responsáveis e intervenientes no universo escolar, não fizessem o necessário para inverter o que se estava adivinhando: O aumento da insegurança dentro e fora dos estabelecimentos do nosso parque escolar.
Mas… ALELUIA, parece que temos uma ministra que finalmente(?) vem ao encontro de algumas das propostas que o CDS/PP já vinha preconizando para a área da educação mas, às quais, o Ministério da tutela ao longo dos anos, vinha recusando dar ouvidos.
A culpa também recai sobre a grande maioria dos Srs. Deputados, na verdade, deviam ter sido mais insistentes, com o Governo, nesta matéria, (Mas como? Os filhos dos Srs. Deputados/as, na sua maioria, andam em escolas privadas, e muitos dos Srs. Deputados/as nem sequer filhos têm, por isso, não lhes parecia, ou ainda não lhes parece, urgente resolver este tipo de problemas) em vez de andarem entretidos com questões menores como casamentos, ou não, de gays, legalizar abortos, ou não, escutas para cá escutas para lá, cai governo ou não cai, tudo isto, não consigo pensar de outra maneira, para nos desviar dos problemas estruturais e reais do nosso País.
Veio a crise e, também essa, desviou a atenção para um outro problema sério, o desemprego, para o qual, passado este tempo todo, desde que a crise foi declarada oficial, não vejo a luz ao fundo do túnel para breve, embora, já tenha tido a ocasião de dizer que, com alguma sorte, consigamos começar a recuperar lá para meados de 2011 ou princípios de 2012, mas não com este PEC (Plano de Estabilidade Económica).
Até lá, podemos, pelo menos, tratar das nossas escolas e isso, não quer dizer fazer edifícios por fazer edifícios, porque, até nessa matéria, já foram detectadas obras, projectadas, construídas e fiscalizadas, por aquilo que se poderiam chamar de profissionais incompetentes.
Não estando na posse de todos os elementos para ter certezas da incompetência, ou não, e se sim, de quem afinal é essa incompetência, só se pode generalizar dizendo que os novos edifícios do nosso parque escolar, pelo menos no que concerne ao Concelho de Odivelas, não estão a ser devidamente projectados, executados e fiscalizados.
Vamos pôr mãos á obra e denunciar estas irregularidades porque, mais uma vez eu digo:
O que está em causa é o futuro dos nossos filhos e das gerações vindouras.
Armindo Cardoso
Presidente da C.P.C. do
CDS/PP de Odivelas
Armindo Cardoso
Presidente da C.P.C. do
CDS/PP de Odivelas
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